Geraldo Alckmin: Boa noite a todas e a todos. Dizer da alegria de estarmos aqui juntos. Cumprimentar o nosso presidente, o Luiz Carlos Motta, presidente do FECOMERCIÁRIOS; deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; o Arnaldo Faria de Sá, deputado federal; secretário do Trabalho, deputado Davi Zaia; o Nei, coordenador executivo do 20º Congresso; o Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da FECOMÉRCIO; a prefeita de Cruzeiro, Ana Karin; os líderes aqui sindicais, Miguel Torres, o Nivaldo Parmejani, o Serginho, o Sérgio Luiz Leite, Luiz Gonçalves, Marco Antônio, o Edson Garcia, de Goiás, a Nilda Santana, da Bahia, o Pastor Lucas, o Sérgio Luiz Machado, amigas e amigos.
Tem uma história, viu Paulinho? Disse que tinha um prefeito no interior, não é a Ana Karin, não, viu? Tinha um prefeito no interior que fazia muitas citações. Então aquilo era infindável. “Senhor governador… senhor deputado… presidente… secretário”, aquilo era enorme. Aí o governador chamou, falou: “Prefeito, economia processual. Você sempre que vá num lugar, faça duas citações. Você vai num hospital, profissionais de saúde e pacientes. Você vai numa escola, professores e alunos; você vai num local com muita gente, senhoras e senhores. Olha, duas”. Aí o prefeito guardou, tal, passado uns meses, houve uma solenidade no cemitério municipal lá da cidade. Aí a secretária já trouxe aquele pacote de fichas para ele, tal. Ele lembrou do governador, guardou as fichas, pensou, pensou, pensou. Falou: “Meus conterrâneos e meus subterrâneos”…
Amigas e amigos, é uma grande alegria voltar aqui no congresso, aqui na Praia Grande, 20º Congresso, começou em 1991. Dizia o Mota, que foi o Lucânia que tomou posse em 1990 e fez o 1º Congresso – hoje o 20º. Grandes conquistas. A mais importante federação de trabalhadores do país, dois milhões de trabalhadoras e trabalhadores. Queria destacar aqui a fortíssima presença das mulheres. Sindicato sem mulheres é como um céu sem estrelas. A participação… Trazer aqui o nosso compromisso com o mundo do trabalho, a importância, o Paulinho, que é um grande líder sindical, da organização dos trabalhadores. Não há como construir uma sociedade mais justa, melhor, sem a organização da sociedade civil. E um dos principais organismos da sociedade civil são os sindicatos, as centrais sindicais, as federações, as confederações, a organização dos trabalhadores. Muito das lutas são da esfera federal, né, o Brasil é muito centralizado. Então, a legislação trabalhista, previdenciária, são, muitas delas, federais.
Mas quero deixar o compromisso de São Paulo para ajudar nessas lutas e nessas conquistas da esfera federal. E fiquei muito feliz com a questão do aviso prévio, porque isso está na Constituição de 1988. Olha que se passaram 23 anos até que se conseguisse agora regulamentar e consubstanciar em lei, na prática. Quero, também, colocar aqui, em termos de qualificação dos trabalhadores, e o Davi Zaia volta amanhã, né, Davi? O secretário do Trabalho… Que nós estamos colocando, Motta, só nessa área do comércio, do comerciário, vários cursos, chamado Via Rápida para o Emprego, que são cursos de 100 horas, 200 horas, nível técnico, um ano e meio, as ETECs, e nível de faculdade, tecnólogo, as chamadas FATECs. Tudo totalmente gratuito.
Então, nós temos, no Via Rápida, o assistente administrativo, informática, gestão de vendas, assistente contábil, logística, auxiliar de escritório e isso a gente pode, inclusive, fazer Secretaria do Trabalho junto com a Federação do Comércio, para a gente poder participar, também, e oferecer a questão da qualificação profissional. Queria, também, dizer do nosso empenho na questão da habitação. Nós devemos assinar com a presidente Dilma, até o final deste mês, a nossa complementação ao (programa) Minha Casa, Minha Vida, porque, como em São Paulo o imóvel é um pouco mais caro do que na média do Brasil, especialmente nas Regiões Metropolitanas, então, nós vamos entrar com R$ 20 mil de subsídio pra poder viabilizar a moradia em São Paulo para todas as rendas. Vai de um salário até 10 salários, além dos próprios programas habitacionais do Estado.
Destacar o bom momento que o Brasil está vivendo, em termos econômicos, em um cenário internacional de incerteza, de baixo crescimento da economia do mundo; Japão parado, Europa parada, Estados Unidos parados, o Brasil vivendo um bom momento. São Paulo, nós éramos a segunda economia da América do Sul; era Brasil, Argentina, São Paulo, Colômbia… Aí ia descendo. Ultrapassamos a Argentina, hoje é Brasil, São Paulo, depois a Argentina, Colômbia… Então, economia crescente e quero saudar aqui o acordo coletivo, importante vitória do sindicato, da federação, os avanços conquistados nesta negociação importante entre capital e trabalho, e o Brasil deve cada vez mais valorizar o trabalho das pessoas. Aliás, essa é a marca de São Paulo, né, terra do trabalho.
Mas quero deixar um abraço muito afetivo aqui a todos vocês e eu vou encerrar, Motta, porque com o horário e nesse escurinho aqui, faz me lembrar um crítico literário chamado Agripino Grieco. Diz que, apresentado a uma moça, ele falou pra ela: “Nós já nos conhecemos”. Aí, ela não lembrava bem. Aí, ele falou: “Nós já dormimos juntos”. Aí ele falou: “Foi na conferência do professor Pedro Calmon”. Então, não quero correr esse risco, né?
Bom congresso a todos.
