Governador fala em apresentação de pesquisa sobre substituição de sacolas plásticas

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Estimado João Carlos Galassi, presidente da APAS; deputado Orlando Morando, líder do PSDB e vice-presidente da APAS; Rubens Rizek, secretário-adjunto […]

qui, 13/10/2011 - 18h35 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Estimado João Carlos Galassi, presidente da APAS; deputado Orlando Morando, líder do PSDB e vice-presidente da APAS; Rubens Rizek, secretário-adjunto do meio-ambiente; João Seslovo Neto, presidente do Conselho Deliberativo e diretor de sustentabilidade da APAS; prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad; vereador Claudinho de Souza, autor de lei municipal que proíbe o uso de sacolas plásticas na capital; Doutor Nelson Bugalho, vice-presidente da CETESB. Kátia Raquinix, diretora de atendimento e planejamento do IBOPE; diretoria aqui da APAS; supermercadistas; amigas, amigos.

É uma grande alegria a gente ver o resultado de sucesso que foi o trabalho em Jundiaí e o quanto a população aderiu e o quanto a população entendeu os objetivos desse trabalho. Eu perguntava ali a pouco quantos anos leva para o plástico ser incorporado na natureza, 100? 200? Eu já ouvi até 400 anos. Então, essa questão da sustentabilidade ela é importante que ela seja do conjunto da sociedade. Montesquieu dizia que se quisermos mudar os costumes de uma sociedade não serão só pelas leis, mas pelo exemplo, e aqui nós estamos tendo um grande exemplo sob o ponto de vista objetivo, prático, direto. Quantas toneladas de plástico foram evitadas? Essa questão do destino final dos resíduos sólidos é hoje um dos maiores desafios da questão ambiental. Hoje, está nos jornais que foi encontrado lixo hospitalar americano no interior do Nordeste. De onde veio? O destino final dos resíduos sólidos…

Então, eu quero saudar aqui a APAS por esse trabalho e eu não tenho dúvida de que nós vamos ter sucesso em todo o Estado de São Paulo, 25 de janeiro, dia de São Paulo, o grande santo apóstolo, esse trabalho se estenderá aos demais municípios e vamos ajudar, fazendo a divulgação dos benefícios de se ter materiais que possam ser utilizados novamente, reutilizáveis, a população aderiu enormemente às sacolas reutilizáveis e nós vamos estudar juridicamente a possibilidade de, durante um período, tirar o ICMS para poder estimular, porque como ela é reutilizável, se a gente der aí durante uns meses “olha, está livre de imposto”, nós poderemos dar um forte estímulo à questão ambiental.

Queria também, ao cumprimentar a APAS, fazer um outro pedido, e vejo que é muito importante o setor produtivo andar junto com o Governo em defesa da sociedade. Dia 19 agora, daqui seis dias, nós vamos promulgar a lei que proíbe a venda e o consumo de bebida alcoólica para menor de 18 anos de idade. Então, eu não tenho dúvidas de que a APAS será, de novo, grande parceira da sociedade, de São Paulo, das famílias, dos jovens, dos adolescentes para a gente evitar consumo de bebida alcoólica para menor de 18 anos. Antes, era 17 anos o início de que um jovem bebia. Hoje é 13 anos. E está provado porque a dependência química… Por que a pessoa toma uma bebida e fica dependente? Consome uma droga e fica dependente? O remédio Morfina, por exemplo, antigamente era muito comum, a gente aprendia na faculdade de medicina, chamada “dor no membro fantasma”. O que era isso? A pessoa tinha um problema vascular no pé, então, não tinha mais salvação, para não levar à septicemia, quando tinha necrose você amputava a perna, então, cortava a perna. E a pessoa tinha uma dor no pé que não existia mais enorme, chamava “dor no membro fantasma”. Isso é clássico. Por que tinha muita dor no pé? Porque a região do pé no cérebro ela continuava, óbvio, é um ser humano, um corpo de ponta cabeça, onde algumas áreas como as costas, por exemplo, são muito pequenininhas, quer dizer, um corpo humano totalmente desproporcional ao nosso, as mãos, os lábios, os órgãos genitais, mamilos são muito amplos, de grande sensibilidade. Continuava a região do pé no cérebro. E enquanto o coto não cicatrizava, aqueles estímulos nervosos chegavam no cérebro e doía barbaridade. Aí, qual era a prescrição? Morfina. Então, você fazia morfina durante uns dias até passar aquela “dor no membro fantasma”. Aí, a pessoa queria tomar Morfina o resto da vida, porque é tão bom a Morfina. E qual e lógica disso? Essas moléculas encontram no sistema límbico, no hipotálamo, receptores e gravam ali uma mensagem de prazer, então, você depois tem aquela vontade de novo porque aquelas moléculas gravaram ali uma memória muito agradável, a gente quer repetir e aí fica viciado na droga, na bebida, no cigarro, enfim, moléculas que no sistema emocional, no sistema límbico vão gravando memórias de prazer até o ponto de o sujeito cometer verdadeiros absurdos para conseguir ter acesso àquele produto químico. Então, não tenha dúvida que nós vamos ter um grande parceiro, já estão convidados, dia 19, para esse trabalho.

E quero aqui cumprimentar, aqui está um exemplo bem prático, bem objetivo, não de discurso, mas de ação prática, inovadora, de vanguarda, importante para mudar costumes e para fortalecer a sustentabilidade no mundo. São essas ações que nós vamos criando uma cultura importante. Aliás, a APAS é a casa do emprego, é a casa da boa logística, da qualidade, do preço bom, do produto bem servido, do desenvolvimento de São Paulo.

Parabéns!