Alckmin discursa ao liberar R$ 40 milhões para obras de modernização em hospitais

Geraldo Alckmin: Bom dia a todos e a todas! Estimado secretário da Saúde, aniversariante de ontem, professor Giovanni Guido Cerri; doutora Amanda Souza, diretora geral do Dante Pazzanese; ministro Adib […]

seg, 10/10/2011 - 17h10 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom dia a todos e a todas! Estimado secretário da Saúde, aniversariante de ontem, professor Giovanni Guido Cerri; doutora Amanda Souza, diretora geral do Dante Pazzanese; ministro Adib Jatene, diretor geral do Hcor; doutor Luiz Carlos Bento de Souza, diretor-presidente da Fundação Adib Jatene; deputado Milton Flavio; vereadora Edir Sales, padre Rudi Wildner, capelão do Instituto de Cardiologia; Maria Helena Venturini, coordenadora do voluntariado, saudando aqui as voluntárias; professor Eduardo Souza, membros do corpo clinico, administrativo, professores, alunos, diretores dos nossos hospitais, amigas e amigos.

É uma grande alegria voltarmos aqui a essa casa. Se existe um orgulho justo, esse é um dos orgulhos justos, que é o Dante Pazzanese, uma instituição de ponta, de excelência na cardiologia, no ensino, na pesquisa, no atendimento, então a gente fica muito feliz. Eu sempre que encontrava, Giovanni, o doutor Adib, ele me dizia: “Olha o Dante Pazzanese, tem um prédio no alicerce”, eu via o doutor Adib, já tinha um peso na consciência, não é? Eu falei “olha, nós vamos raspar o fundo do tacho e vamos arrumar um dinheiro para poder fazer o prédio, que estava no alicerce”.

E aí estivemos aqui em 2004 entregando ao professor Eduardo a maior comenda de mérito científico de São Paulo e autorizando o novo bloco, o novo prédio aqui do Dante. E a gente vê o avanço aqui dessa instituição. E hoje nós estamos voltando aqui, e nós temos uma rede hospitalar e de centros ambulatoriais muito importantes, muito boas, mas que precisa sempre estar melhorando. Então, nós estamos investindo na rede que já existe, R$ 40.211 milhões, isso envolve aqui o Dante, o Emílio Ribas, envolve o Hospital Regional Sul, envolve o Leonor Mendes de Barros, a maternidade de Interlagos, o hospital de Heliópolis, o Padre Bento de Guarulhos, o hospital do Mandaqui, enfim, quase toda o nossa rede. São reformas, equipamentos, informática, aqui no caso do Dante Pazzanese toda a área para equipamentos, ventiladores, mobiliário, tudo para a área de centro de treinamento inteiro.

Então, R$ 40 milhões de investimentos na rede do Estado de São Paulo. Além disso, nós estamos autorizando 3.300 vagas na Secretaria de Saúde, são 837 para auxiliar de enfermagem, 500 para enfermeiros, 700 para médicos, 150 auxiliares de serviço de saúde, cirurgiões dentistas, assistentes sociais, psicólogos, técnicos em radiologia, enfim, foi feito um levantamento completo para a gente poder cobrir os claros que nós temos e poder ter os nossos recursos humanos na rede estadual. Isso, além dos contratos de gestão que nós temos através de O.S., aqui é só administração direta.

E a Assembleia Legislativa deve estar aprovando nos próximos dias o projeto de lei que nós encaminhamos a Assembleia fazendo uma valorização salarial atendendo todos os servidores da saúde, são 80 mil – ativos, inativos, aposentados, pensionistas – reajustes variando de 10% a 40% e retroativos a 1º de julho, então se a Assembleia demorar mais uns dias para aprovar não tem problema, porque vai retroagir o pagamento a julho.

Mas nós queremos é dizer da alegria de estarmos aqui. A Constituição Brasileira, ela foi generosa – eu fui constituinte – quando disse que a Saúde é um direito do cidadão! Há um filme que vale a pena ver do Michel… aquele SOS Saúde, do Michel Moore, e ele mostra os modelos de saúde do mundo, então ele mostra o modelo europeu saúde direito, perguntam na França, há um casal saindo do hospital, quanto pagou? A pessoa não entende, não é? A mãe com a criança no colo, o casal no não entende a pergunta, porque não passa pela cabeça de ninguém que o sujeito precise pagar para nascer, pagar para ser atendido, para morrer, uma coisa meio incompreensível! Aí encontram um guichê no hospital, e aí “não alguma coisa estão cobrando”, não é? E aí vai lá ver, tem dinheiro, tal, então o que era? Então uma senhora foi operada, cirurgia ortopédica um colo de fêmur, e aí a responsável diz “olha, para nós, saúde, não é só opera e daqui para fora é problema teu… não, saúde é uma visão completa, holística”, então como uma senhora nessa idade vai voltar para casa recém-operada? “Então, nós estamos dando dinheiro pro táxi para ela ser colocada com segurança em casa”.

Esse mesmo filme, ele mostra o modelo americano, onde saúde é business, é negócio, o sujeito tem dedo amputado numa máquina, um trabalhador, o seguro saúde não cobre, porque houve lá uma interpretação e aí ele tem que escolher: um dedo custa US$ 18 mil, o outro dedo US$ 22 mil, aí ele escolhe o mais barato e implantam um dedo só. Então, mostrando os modelos de saúde do mundo, saúde é negócio, saúde é direto, e os vários modelos. O Brasil abriu, é livre a iniciativa privada, a saúde, o que é correto, quem tem dinheiro faz convênio, o setor privado atende, mas garante a todos, através do Sistema Único de Saúde, saúde gratuita e o mais importante, de qualidade, ou seja, oferecer uma saúde para todas as pessoas com esse padrão.

Esse é o esforço que São Paulo vem fazendo, de longa data, ontem ainda na Universidade de São Paulo, tivemos uma cerimônia dos 100 mil títulos que a USP já outorgou de mestrado e doutorado e lembrava lá que 51% da produção científica brasileira, unindo o setor público e setor privado, é feito no Estado de São Paulo, 51% da produção cientifica do país. E essa uma das principais casas de pesquisas, desenvolvimento, formação de recursos humanos, aqui é um local onde se agrega.

O Mário Covas, que era muito brincalhão, ele dizia: “olha, Geraldo, a salvação do Governo são os engenheiros”, ele era de Poli ai ele ficava… “e os médicos também!”. Aqui não tem briga, porque a engenharia se une a área de saúde, através da bioengenharia, para poder melhorar a qualidade de vida da população. Os avanços de cardiologia são impressionantes, eu me lembro, há um pouco anos atrás, que a gente ia visitar o paciente operado, de ponte de safena, eu me lembro de um ex-prefeito de Guaratinguetá, operado aqui, ele dizia: “Olha, é como se eu tivesse trombado com um Fenemê”, e o doutor Adib conta de um general que depois de operado no coração, diz que ele precisava fazer expansão respiratória, “o senhor tem que assoprar aqui para expandir…”, ai ele voltou a tarde e estava o ajudante de ordens, o tenente assoprando, “mas, general, o senhor é que tem que, não adianta o ajudante de ordens assoprar!”.

Mas o fato é que hoje e muito desses casos você faz uma angioplastia, faz a desobstrução, vai para casa quase que no mesmo dia. Aí tornava a fechar e aí se descobriu o stent, foi lá um… Aí o stent tinha uma agregação plaquetária e aí se descobriu o stent tratado, você com o stent tratado, é impressionante. Eu tenho a impressão que com esses avanços nós iremos rapidamente a 100 anos de idade com qualidade de vida e as mulheres não morrerão mais, não é?

Parabéns!