Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Quero saudar o vice-governador, Dr. Guilherme Afif Domingos; presidente da Assembleia Legislativa, deputado Barros Munhoz; governadores, Laudo Natel, nos alegram os governadores aqui com suas presenças; governador, deputado federal Paulo Maluf; governador Almino Afonso; Dra. Alaíde Quércia, nos alegra muito com a presença; quero saudar o prefeito da capital, prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo; vereador José Police Neto, vereador Netinho, cumprimentando todos os vereadores; deputados federais; deputados estaduais; secretários de Estado; quero abraçar a todos, cumprimentando o secretário Edson Aparecido, Secretário de Desenvolvimento Metropolitano; Dr. Miguel Bucalem, secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, saudando todos os secretários municipais; Dr. Renato Pires de Carvalho Viegas, presidente da Emplasa; presidentes de fundações, autarquias, lideranças da sociedade civil; prefeitos aqui da região metropolitana; prefeitas aqui da região metropolitana.
Eu diria que hoje é um dia histórico, um dia extremamente importante. Quando nasceram os nossos pais ou os nossos avós, em 1900, o Brasil tinha 17 milhões de habitantes e a cidade de São Paulo 240 mil habitantes. De lá para cá, houve um crescimento exponencial da nossa população. Último dado da ONU atesta que nós somos a terceira maior metrópole do mundo, à frente de Xangai, à frente de Nova Iorque, à frente da Cidade do México; terceira metrópole mundial. O crescimento exponencial, em termos populacionais, e também dos problemas que cresceram em uma progressão geométrica. Desafios enormes da mobilidade urbana, aqui citados pelo prefeito Kassab, da Saúde, do Meio Ambiente, do Saneamento básico, enfim, todas as áreas. E problemas que extrapolam, extravasam o limite dos municípios. Às vezes você tem que agir em um município para evitar as consequências em outras cidades. Um exemplo disso é macro drenagem: nós vamos fazer piscinão lá em Mauá para poder evitar enchente aqui no Mercadão, aqui em São Paulo. Então, soluções que extrapolam o limite das cidades.
Os Estados Unidos, por exemplo, avançaram com os condados, regiões com características próprias; Alemanha, com os chamados lan krasers, são regiões mais definidas, e nós aqui com as regiões metropolitanas. Então, o que estamos fazendo hoje, é um dia de extrema importância. E quero aqui destacar o papel da Assembleia Legislativa de São Paulo, presidente Barros Munhoz, que aperfeiçoou o projeto, debateu, discutiu, melhorou; ficamos felizes de ter uma aprovação unânime, sancionamos na íntegra o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa e agora estamos dando o curso a esse trabalho com a instalação do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano. Quero destacar a transparência desse trabalho; audiências públicas, participação da sociedade civil, Conselho Paritário entre os 39 prefeitos que compõe a região metropolitana de São Paulo e 39 representantes do Governo do Estado e dois, ainda, do Poder Legislativo; o Conselho Consultivo com participação da sociedade civil e dos legislativos municipais; a Agência de Desenvolvimento Metropolitano; o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano, num mundo que é, como aqui foi dito, urbano, que as pessoas vivem nas cidades, e metropolitano. O mundo moderno é eminentemente metropolitano.
Se você pegar essas megacidades, Xangai, Pequim, Mumbai, Nova Deli, São Paulo, cidades de 20, 30 milhões de pessoas, vemos que é uma tendência do mundo moderno. Se houver bom planejamento, sinergia nas ações, bons projetos, rapidez nas suas aplicações, nós teremos tido um grande ganho, melhorando a qualidade de vida de milhões e milhões de pessoas, beneficiando uma população enorme. E grandes centros de desenvolvimento econômico. Aliás, é nesses pólos que hoje se dá, inclusive, a disputa por investimentos e emprego. Cada vez mais são as cidades que têm uma importância mais relevante, e dentro dessa visão metropolitana. Então, é com grande alegria que a gente participa hoje desse dia histórico aqui e como ex-prefeito fico feliz quando a gente trabalha junto com os municípios. O Brasil se chama República Federativa do Brasil, e a característica da federação é a cooperação entre os entes federados, é a parceria entre os entes federados. Governo Federal e Estados: há uma inter-relação permanente, e entre os Estados e os municípios. E com estâncias modernas de gestão que discutem, que dialogam, que tem foro adequado para debater questões, e aqui foi citada uma importantíssima que é a questão do destino final dos resíduos sólidos.
Eu me lembro que a primeira reunião de prefeito que eu participei do Codivap, do Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, a reunião foi em São José dos Campos, eu tinha tomado posse fazia um mês e fui à reunião, sentadinho lá, participando com os demais colegas e o seminário era “Destino Final do Resíduos Sólidos” e estava do meu lado o prefeito de Campos do Jordão que, naquele tempo, era indicado, não era eleito, era o dono do Hotel Vila Inglesa e ele do meu lado, Flávio Rudge Ramos, e eu perguntei para ele “como é que você faz em Campos do Jordão com o lixo?”. Ele falou “olha, eu jogo morro abaixo. Quando reclamam, eu mudo de morro”. Eu falei “Você está jogando em cima da minha cidade, porque nós estamos embaixo de Campos do Jordão”. Então, como é que eram as coisas há duas, três décadas. E uma questão de extrema relevância: buscar soluções e soluções econômicas e soluções que gerem empregos, oportunidade, que transformem em soluções importantes e positivas para a população. Acho que nós temos um grande desafio e o primeiro desafio é trabalharmos juntos, é termos estâncias onde a gente possa fazer o máximo com o dinheiro público da melhor maneira possível, da maneira mais eficiente em benefício da nossa população.
Eu deixo um abraço aqui aos deputados da Assembleia de São Paulo, aliás, quero destacar, Barros, eu já fiz parte desta casa, como é boa a Assembleia Legislativa de São Paulo, uma casa que discute, uma casa que participa, é extremamente importante e muito representativa do nosso Estado, da nossa população, das nossas regiões, enfim, de extrema presença política. Cumprimentar aqui os prefeitos e prefeitas, porque enxergam o problema da população, convivem com ele, vivem os problemas do povo, estão mais perto da população, e a descentralização é um princípio extremamente saudável, ainda mais em um país das dimensões continentais do Brasil. Destacar a importância da participação do Governo Federal nessas questões estruturantes, não só de logística, mas também relativas à área social e a nosso total disposição de trabalharmos juntos e com a sociedade civil. Quanto mais nós ouvirmos, menos nós vamos errar e mais vamos acertar.
Bom trabalho a todos!
