Guilherme Afif Domingos, governador em exercício: Muito obrigado. Meu caro professor, Dr. Paulo Rossi, nosso amigo, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Otávio Frias de Oliveira; meu caro José Manoel de Camargo Teixeira, secretário de Estado Adjunto da Saúde; meu caro professor, Dr. Flávio Fava de Moraes, diretor-geral da Fundação da Faculdade de Medicina; a cara professora, Dra. Marisa Magda Della Coleta, diretora executiva do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; meu caro professor, Dr. Roger Chamas, presidente da Comissão Julgadora do Segundo Prêmio; meu caro, querido amigo, senador Pedro Piva, membro do conselho do ICESP; minha cara Maria Cristina Frias de Oliveira e Otávio Frias Filho, do Jornal Folha de São Paulo, e filhos de Otávio Frias de Oliveira que dá seu nome a este importante instituto. Premiado na categoria Personalidade de Destaque, a nossa instituição, que é Ricardo Renzo Brentani, e também é diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da FAPESP, essa grande instituição de apoio a nossa pesquisa; meu caro Guilherme Roxa, representante do grupo premiado na categoria Pesquisa em Oncologia; meu caro Paulo Grom, coordenador de gestão hospitalar e do SAMU, que aqui representa o prefeito Gilberto Kassab; meu caro professor, outra instituição, Isaias Hall, professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; minha cara Liana Carraro de Moraes, diretora-executiva da Rede Voluntária do Hospital A. C. Camargo; meu caro Luiz Augusto Maltoni Junior, vice-diretor Geral do INCA – Instituto Nacional do Câncer; professores titulares da Faculdade de Medicina da USP, médicos e pesquisadores, profissionais da área de saúde, representantes de entidades de classe, minhas senhoras e meus senhores.
O governador Geraldo Alckmin se encontra em viagem ao exterior, precisamente na Colômbia, em um encontro patrocinado pelo BID. E eu tive a honra em poder estar presente como pseudo-substituto, mas também se não estivesse nessa condição aqui estaria em reconhecimento ao trabalho que está sendo executado por esta instituição e por todas as outras instituições de pesquisa no Estado de São Paulo e em todos os cantos. O professor Roger, no final de seu discurso, fazia um apelo e mostrava a importância da sequencia de um trabalho, e de fato ninguém é líder por acaso, tem toda uma história. Essa história está sendo reconhecida aqui nas homenagens que são feitas, pois isso é um trabalho de longo prazo, ela não pode ser interrompida. E nós temos aí o grande tripé que é o ensino, a pesquisa e a extensão; elas trabalham juntas, e ela tem que ter um investimento permanente porque isso não é gasto, é investimento, e o investimento na pesquisa ele retorna, ele retorna em todas as suas formas.
Fui um dia secretário da Agricultura e Abastecimento. Temos aí uma série de instituições de pesquisa vinculadas que mostram através do tempo o que foi o retorno desse investimento que coloca hoje São Paulo na liderança de produção de commodities agrícolas no mundo. Mas não é por acaso, tem um trabalho de pesquisa por trás, que foi fundamental, do ensino que foi fundamental, da extensão que foi fundamental. Até porque a nossa FAPESP data do fim dos anos 40, início dos anos 50. Uma decisão de se criar uma instituição que hoje tem 1% do orçamento do Estado permanente, destinado a pesquisadores. Porque pesquisa existe muita, o problema é fazer o filtro da pesquisa de qualidade, e a FAPESP através do tempo, através de suas várias direções tem cumprido este papel juntamente com os demais institutos. Além do mais, o investimento no ensino das nossas universidades, onde 9,57% do orçamento é destinado às nossas universidades. Universidades que aqui no campo da medicina, como USP, Unicamp, a UNESP, FAMEMA, FAMERP, aliás, lembrando, não é Paulo Rofe, que o Guilherme agraciado representa uma equipe da Unicamp, de trabalho de pesquisa da Unicamp, mostrando então a excelência das nossas universidades, líderes em todos os campos.
O que acontece em qualquer parte do mundo aqui se replica imediatamente. Isso faz com que São Paulo de repente se torne o líder de um novo tipo de turismo, que é o turismo médico. A cidade hoje recebe milhares de visitas de pessoas de toda a América Latina. Aqui nós só conhecemos os governantes que quando vem para cá entopem as portas dos nossos hospitais com a imprensa fazendo a divulgação de que estão se tratando em nossos hospitais. Isso mostra a liderança de um processo que é fruto de um investimento de muito longo prazo que não pode ser interrompido. Reconhecendo a necessidade da estabilização desse quadro, e aí queria falar um pouquinho do nosso agraciado professor Bretani, com quem eu tive o privilégio de poder dialogar o curto período que estive à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, ele como presidente do conselho da FAPESP.
Nós dentro do setor público devemos desatar os nós, porque a burocracia atrapalha muito a pesquisa. O fato de o senhor ter derrubado o prédio foi um cálculo feito que a gente sabe, como empreendedores, que às vezes é melhor construir do que tentar uma “gambiarra”. Então, faz direito. E aí nós temos que realçar a alma empreendedora, esta alma empreendedora inclusive que dá o nome a esse instituto, que é o Otávio Frias, e que é empreendedor, desafiador. Empreendedor é como é a alma do pesquisador, o pesquisador não se conforma, ele busca, ele vai atrás, o pesquisador, quando você define sorte, eu falo que é providência, porque muitas vezes as coisas são reveladas àqueles que perseguem o bem. Mas nós temos que buscar sem medo do erro.
O que é um empreendedor, seja no campo econômico, seja no campo social, seja no campo cívico, no campo científico? É aquele que não tem medo do risco. Nós não podemos ter medo do risco. As burocracias não gostam muito de quem persegue o risco, até porque tem uma filosofia da má burocracia, porque burocracia é como colesterol, tem o bom e o ruim, não é? No Estado o bom é aquele que ajuda o fluxo e o ruim é o que entope. E muitas vezes a gente tem os dutos entupidos por uma visão equivocada de burocracia, e tem aquela máxima de quem mais faz, mais chance tem de errar; quem menos faz, menos chance tem de errar; quem não faz não erra e quem não erra é promovido!
Por isso eu me sinto muito feliz nesse instante de poder estar representando o meu amigo e governador Geraldo Alckmin, neste momento de reflexão, que une todos os setores, a iniciativa privada junto com a iniciativa pública e o Estado de São Paulo é um Estado que não tem medo de errar. São Paulo é o estado dos empreenderes, não somos líderes por acaso, existe uma história! Uma história construída e principalmente reconhecida em prêmios como esse dentro de uma instituição que, apesar de muito jovem, Hoff, já é um modelo para todo o Brasil. E no campo da medicina, eu quero lembrar que por trás desta pesquisa tem também, no caso da oncologia, o trabalho da produção dos radiofármacos. Hoje o IPEM tem um papel fundamental na produção de radiofármacos que são fundamentais para o desenvolvimento dessa pesquisa.
Nós somos hoje o maior produtor de radiofármacos de toda a América. Por isso vamos continuar crescendo nessa direção, vou levar ao governador as reflexões que aqui fizemos, para que possamos dar sequência na estabilização deste quadro para continuarmos na inovação tecnológica, a inovação é a palavra de ordem para uma nação que quer ser líder. E o Estado de São Paulo colabora muito com o país através de seus membros, através da demonstração de que não é gasto, nós fazemos investimentos públicos na área de inovação tecnológica. E o desafio no campo da medicina são os orçamentos públicos, principalmente o federal, para que possa melhor irrigar o sistema, porque o nosso grande desafio é levar o orçamento à grande massa da população, porque igualdade de oportunidade só se faz com investimentos pesados em educação e saúde. Está é a visão do Governo do Estado e do governador Geraldo Alckmin que aqui represento. Parabéns a todos, muito obrigado!
