Alckmin discursa em liberação de verbas para Americana

Geraldo Alckmin: Muito boa tarde a todas e a todos, estimado prefeito anfitrião, prefeito de Americana, o Diego De Nadai, presidente da Câmara, Antônio Carlos Sacilotto, doutor Seme, Seme Calil… […]

sáb, 09/07/2011 - 16h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Muito boa tarde a todas e a todos, estimado prefeito anfitrião, prefeito de Americana, o Diego De Nadai, presidente da Câmara, Antônio Carlos Sacilotto, doutor Seme, Seme Calil… Quantos partos? Nosso vice-prefeito, deputado federal, meu colega de Assembleia, deputado Vanderlei Macris, deputados estaduais, Chico Sardelli, deputado estadual Cauê Macris, deputado estadual, pastor Dilmo dos Santos, daqui nós estamos indo para Águas de São Pedro, lá para a região de Piracicaba, o Pastor Dilmo representa, o doutor Moacir Rossetti, secretário-adjunto dos Transportes, doutor Roberto Casarin Gomes, diretor técnico do Departamento de Saúde da Secretaria, doutor Fabrizio Bordon, secretário municipal de Saúde, doutor Eduardo Pereira, presidente da, diretor da FUSAME, Fundação de Saúde de Americana, Fábio Rossi, que dirige nosso SINDTEC, Sindicato da Tecelagem; Guilherme Mancini, diretor da nossa ETEC polivalente aqui de Americana, prefeito de Nova Odessa, o Samartin, que está aqui… Cadê o Samartin? Está aqui conosco, o ex-vice-Prefeito José Zazeri, “Zázeri”… Isso aí eu me lembro do José de Alencar. O meu nome é Alckmin, mas em Minas eles chamam de “Alckmín”. Então dizia o José de Alencar: Olha, em Minas palavra paroxítona não ganha eleição, tem que ser “Alckmín”, não pode ser Alckmin. Zé Maria, nosso ex-prefeito aqui de Santa Bárbara, Jair Pantovani, nosso ex-prefeito de Hortolândia, o professor Adriano, presidente da Câmara de Nova Odessa, coronel Dionésio Martins, comandante aqui do batalhão, o Romualdo, diretor-geral do DAEE, amigas e amigos.

Uma palavra breve, mas dizer da alegria, Diego. Hoje é um dia especial. Hoje é o único feriado paulista, Nove de Julho. Os mais jovens não lembram da Revolução Constitucionalista de 1932. Então é o maior dia de São Paulo e um dia importante para a gente refletir sobre a vida pública, porque a política não vale a pena de ser feita se não for com princípios e com valores e São Paulo enfrentou praticamente o país inteiro na Revolução de 32, para defender princípios, valores, deu suor, lágrima, sangue, vida. Perdeu, sob o ponto de vista militar, mas ganhou, sob o ponto de vista de valores. Saiu a Constituição e a Assembleia Nacional Constituinte de 34. As mulheres não tinham o direito de votar e foi eleita a primeira, aliás, uma médica, doutora Carlota de Queiroz, foi eleita na Constituinte de 1934.

A eleição era roubada, votava quem já tinha morrido, quem não tinha nascido. O voto era descoberto, tinha os currais eleitorais. O presidente da Academia Brasileira de Letras, o Marcos Vilaça, ele tem um livro chamado Coronel, Coronéis. Não é o coronel militar, é o coronel da política antiga. Então ele diz que lá em Limoeiro, em Pernambuco, o coronel Chico Heráclio, a história era de que naquele tempo a pessoa tinha que levar a cédula. O sujeito recebia uma cédula num envelope, levava lá no local de votação e depositava aquele envelope, aquela cédula. E aí o Vilaça conta que lá em Limoeiro um eleitor vai então ao curral eleitoral, que era lá o comitê, onde o coronel dava os envelopes e chamava de marmita naquela época, porque era um envelope em cima do outro, então uma marmita. Então, vereador, prefeito, deputado estadual, federal. Aí um eleitor recebeu lá, a marmita e perguntou para o coronel: “coronel, eu posso saber em quem eu vou votar?”. Aí o coronel falou: “Olha, não pode porque o voto é secreto, né?” Olha…

Mas a democracia no Brasil não veio por parte, progênese, por geração espontânea. Ela foi fruto de luta, de conquista, de gente que morreu, que deu a vida. Então hoje é um dia muito especial e é exatamente nesse dia maior de São Paulo, que é o Nove de Julho, que a gente tem a alegria de estar aqui nessa que é das mais prósperas cidades brasileiras, que é Americana. E numa parceria extraordinária, eu estava vendo ali, eu conheci o Waldemar Tebaldi, fomos prefeito juntos na década de 70, eu em Pindamonhangaba e ele aqui, em Americana. Ele gostava de fazer poesia, escrevia muito bem, eu me lembro que me mandou um livro de presente, umas poesias e a gente vê que realmente a cidade de Americana precisava ter um hospital novo, ampliado, reformado, modernizado. A medicina nesses últimos trinta anos teve uma mudança espetacular, sob o ponto de vista de avanço científico, tecnológico. Eu hoje inaugurei às oito da manhã, no Hospital do Servidor Público Estadual, um acelerador linear. Um aparelho: R$ 3,6 milhões, mas é a melhor pontaria que existe para a radioterapia. Tumor de mama, rádio, próstata, toma um tiro, é impressionante os avanços. Agora tudo isso demanda equipamento, prédio, capacitação. A gente fica muito feliz, Diego.

Eu sei que, que a gente vai, como tudo na vida, é tijolo a tijolo, então dois milhões, você dá mais uma arrancadinha aí, porque você também põe mais um pouco, daqui uns meses você me liga de novo, olha, você pede pro, você pede pro Macris ligar, depois pede pro Cauê ligar, depois pro Chico Sardelli, depois pro Sacilotto, doutor Célio, enfim, e daqui a pouco quando a gente vê tá pronto, não é isso? e vai fazendo. Quem tem dinheiro não falta acesso à saúde, nós temos o dever de garantir saúde de qualidade pra quem não tem convênio, de graça e de boa qualidade.

Tem um filme do Michael Moore, que vale a pena pegar uma fita e assistir, é uma crítica à política americana, chama SOS – Saúde, e o SOS é um dólar, então ele fala dos modelos de saúde. O modelo europeu, inglês, francês, Europa toda, Canadá, Cuba… saúde é direito. Modelo americano, saúde é negócio, aliás um grande negócio. O maior PIB do mundo vai ser saúde, eu fui relator do Congresso Nacional, MAcris, da Lei Orgânica da Saúde, que regulamentou o princípio da constituição brasileira. A saúde no Brasil é livre a iniciativa privada, quem quiser pode fazer clínica, laboratórios, hospital, o que quiser. Agora o cidadão tem direito a saúde com gratuidade, equidade e universalidade: é o SUS, nós temos que garantir isso pra população, esse é o desafio aqui de nós termos um hospital praticamente novo aqui ao lado, ampliado, modernizado, para atender bem a população – e cada vez a demanda vai ser maior, o que é uma coisa boa, nós estamos vivendo mais ou menos? Mais, graças a Deus, cada vez mais, não é isso? Antigamente, mudou o conceito, antigamente uma pessoa, uma mulher com 60 anos era a vovó, hoje ela é brotinho, sexy, tá com tudo. Não é isso? Mudou, aliás uma pergunta, quem é que é idoso? O que vocês acham? Qual a linha de corte? 60, 70, idoso é quem tem pelo menos dez anos a mais do que nós.

Quando você chegar nos 40 é quem tem mais de 50, quando você chegar nos 50 é quem tem mais de 60, quando você chegar nos 60 é quem tem mais de 70 e assim vai chegar em 80 então… O Brasil tem 2.700 pessoas com mais de 100 anos de idade, antigamente era uma efeméride, agora não, daqui a pouquinho vai ser fácil chegar nos 100, dos 2.700, 2.200 mulheres, né? Um dia desse eu fui, Chico Sardelli, eu fui dar uma palestra no Centro de Idosos, no clube lá dos idosos, da Vila Prudente, média de idade 80 anos, só mulher, os homens tinham morrido todos. O nome do clube: As Sapecas.

Então nós vamos, vamos avançando, vamos caminhando, vamos nos preparar aí, como tudo na vida, você conquistou, avançou, então viver nos 100 anos, saúde, aquela beleza, e de outro lado novos desafios, saúde mais cara, por isso tem que investir mais, agora vai dar muito emprego, muito emprego, saúde, educação, setor que serviços, é muito emprego, o que é muito bom, muitos postos de trabalho, coisa que avança enormemente, mas eu quero, aproveitando o carreto aqui, nós vamos entregar hoje duas vicinais, não é isso?

Eu estive aqui há dois meses, quando começou uma grande fábrica de equipamentos, a Doozan, Doosan, grande empresa, coreana né? Coreana, grande fábrica nova, dentro do programa nosso Pró-Veículo, nós estamos sem falar muito, baixando o imposto em São Paulo, ajudar o Brasil, menos carga tributária. O Brasil é campeão do mundo em impostos. Um dia desses, eu jantei com o senador do Chile, Partido Democrata Cristão, pode ser até candidato a Presidente da República do Chile – o Chile tem 17% de impostos sobre o PIB, os Estados Unidos têm 29 e o Brasil tem 35% de imposto. É só ver o preço do carro… como carro é caro, tudo não é? É caro…. impressionante a carga de impostos. Nós estamos devagarzinho baixando imposto, setor têxtil, está aqui um grande líder o Rossi, eu reduzi de 18 pra 12%, o Serra reduziu de 12 para 7% para a indústria têxtil, aí reduzimos no Pró-Veículo. A Doosan aqui em Americana, Hyundai em Piracicaba, Toyota em Sorocaba, Shell em Jacareí, estamos com um complexo de fábricas muito grandes sendo construídas.

Vamos entregar as duas vicinais… mas na vicinal Ivo Macris, é isso? Deu lá um problema, o que é que houve? Caiu uma ponte? Deu uma enchente e caiu uma ponte. Então vamos arrumar, quanto custa lá a ponte? Quanto? 28. Prefeito bom reduz o valor não é? Vai apertar um pouquinho, vai reduzir, mas nós vamos, mas nós vamos liberar 80% disso, R$ 1,6 milhão. Aí pra, pra encerrar, já que eu estou fazendo aqui uma parceria, encerrar com uma historinha de um médico, não é de Americana não, viu? É da minha cidade, Pindamonhangaba.

Tinha um médico lá em Pinda, e também não é obstetra. Ele tinha a fama de muito firme né, muito econômico, muito econômico, aí tempo antigo, um senhor lá não estava bem, vai ao médico, o doutor atende, na hora de ir embora ele fala: olha, doutor, eu não tenho como pagá-lo, mas eu sou alfaiate, se o senhor precisar – o nome dele era Pascoal – ‘se o precisar que eu pregue um botão, eu estou ao seu dispor’, e tal, tal, muito educado, foi embora.

Aí, diz que no outro dia, o doutor mandou um, uma carta, pôs dentro de um envelope um botão e mandou um bilhete pra ele: “Pascoal, pregue um paletó neste botão”, mas a nossa parceria aqui é muito boa.

Um abraço.