Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Estimado André Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho do Instituto Aço Brasil, diretor-presidente da Gerdau; doutor Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, também do Governo Federal; deputado Leonardo Quintão, representando a Câmara dos Deputados; doutor Albano Chagas Vieira, diretor-presidente da Votorantim Siderurgia e vice-presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil; doutor Marco Polo de Melo Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil; presidentes e representantes de empresas, siderúrgicas, mineradoras, fornecedores de equipamentos, serviços, congressistas, expositores, amigas e amigos.
Uma palavra telegráfica, mas dizer da alegria de recebê-los, dar as boas vindas, nós estamos muito honrados em sediar aqui em São Paulo este importantíssimo congresso, a ExpoAço, e conhecer a vila do aço. Aliás, essas últimas 48 horas minha foram muito ligadas ao aço. Eu fui prefeito da minha cidade natal, Pindamonhangaba, na década de 70, e a implantação da Villares, das indústrias de base, da Vibasa naquela época, mudou a cidade. A cidade era uma e passou a ser outra depois da implantação da Vibasa. E ontem voltei à Pindamonhangaba com o doutor Jorge Gerdau, com o André, quando o grupo Gerdau anunciou um grande investimento, o que nos encheu de alegria, à cidade, ao estado de São Paulo e ao Brasil.
E ainda falando da indústria, que não tem país forte se não tiver indústria forte, porque o que diferencia os países é a agregação de valor que o processo industrial estabelece e a indústria de aço está na base do desenvolvimento nacional, ela é extremamente relevante. Eu dizia ao doutor Jorge Gerdau que o nome Pindamonhangaba em tupi-guarani é “local onde se tem uma fábrica de anzóis”, e ele me ensinou que o anzol é um aço especial. Então nós temos aí uma vocação histórica já, né? Os índios tupi-guaranis já previam essa vocação histórica. São Paulo, aqui o Morro do Jaraguá, no século XVI, nós tivemos um principio de metalurgia. Depois, no século XIX, Dom João VI, com visão de estadista, implantou aqui em Iperó, na região de Sorocaba, a fábrica Real de Ferro São João, 60 ações; 20 ações da coroa portuguesa e 40 ações de empresários de Minas, São Paulo, Rio e Bahia. Então nós temos ligados até a nossa história essa importância da siderurgia, da metalurgia.
A indústria de Volta Redonda, a grande companhia siderúrgica nacional, teve um impulso extraordinário no desenvolvimento brasileiro, como também as privatizações trouxeram grandes ganhos de eficiência e competitividade. E essa é uma tarefa permanente, acho que a questão da competitividade e da eficiência é a atenção permanente que devemos ter todos num mundo globalizado. Por isso nós tivemos o Congresso Nacional, André, agora a questão de… e estivemos também com o ministro Guido Mantega para apoiar a resolução do Senado que reduz à zero a alíquota interestadual para importados, quando você não industrializa no mesmo estado para evitar a pior das guerras fiscais, que é a guerra fiscal de importados, onde você fecha o emprego aqui no país. Então, reduzindo essa alíquota interestadual para zero, ou para 2% desestimula esse tipo de ação que não vem ao encontro do interesse nacional do trabalhador brasileiro e do desenvolvimento do país.
Aqui em São Paulo, num estado subnacional, nós temos procurado, na medida do possível, reduzir as alíquotas de ICMS para indústrias, seja na indústria da construção civil, seja também de aços especiais. Mas queremos é trazer um grande abraço, dizer que poucos congressos são tão ou mais importantes do que este que está na base, no alicerce do desenvolvimento brasileiro. E o papa Paulo VI dizia que o desenvolvimento é o novo nome da paz, não há paz verdadeira onde não há emprego, oportunidade e as pessoas possam ser felizes realizando a sua vocação de servir.
Bom congresso a todos.
