Alckmin discursa em anuncio de obras de desassoreamento do Rio Pinheiros

Mestre de cerimônia: Geraldo Alckmin. Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Quero fazer um convite, os idosos têm preferência e os carecas que não podem ficar no […]

qua, 01/06/2011 - 18h00 | Do Portal do Governo

Mestre de cerimônia: Geraldo Alckmin.

Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. Quero fazer um convite, os idosos têm preferência e os carecas que não podem ficar no sol, não é? Podem dar um passinho para frente quem estiver no sol aí. Dizer da alegria de estarmos juntos aqui hoje. Cumprimentar o deputado Federal José Aníbal, secretário do Estado de Energia; o Jurandir Fernandes, secretário do Estado de Transporte Metropolitano; doutor Antônio Bolognesi, presidente da Emae; doutor Mauro Arce, nosso sempre secretário, presidente da Cesp; deputado Milton Flávio, nos alegra aqui com a presença; dirigentes e colaboradores da Emae, da Cesp, engenheiros, operadores; eu queria saudar aqui o nosso querido Marco Antônio Mróz, do Partido Verde, que nos alegra, também, com a presença.

Dizer da alegria de estarmos juntos aqui começando uma obra importante. É no inverno, não é, na estiagem que a gente tem que prevenir a enchente. Então, esses meses que não chove, eu aprendi com meu pai, que mês só chove mês com “r”, então, maio, junho, julho e agosto não chove. Então, agora é a hora de desassorear os rios. Semana passada nós começamos o Tietê, 2,7 milhões de metros cúbicos de material assoreado vão ser tirados em 20 meses. A gente imagina, até o final do ano, antes das chuvas, a gente consiga tirar um milhão, 1 milhão e 200 mil metros cúbicos no Tietê. E em 20 meses zera, chegaremos à batimetria original do rebaixamento da calha. Aí é só manutenção, todo ano tirar o que as chuvas trouxeram através dos seus afluentes; normalmente muita areia, material assoreado, por falta de matas ciliares, infelizmente, e sujeira: pneu, sofá, enfim, sujeira. E no caso aqui do Pinheiros, foi feita a licitação. Fizemos uma boa economia, o previsto era R$ 107,6 milhões e nós conseguimos contratar a obra… Ah, não, R$ 107,6 é o Tietê. E aqui no Pinheiros era previsto R$ 103 milhões, contratamos por R$ 71,8 milhões, uma economia de R$ 32,2 milhões. Dois trechos, não é, o Trecho 1, que vem aqui da Usina Reservatória de Pedreira até Traição, dá 15km, e o Trecho 2, de Traição até o Cebolão, dá mais 10km. Então lá no Tietê serão 41 km desde a Usina Edgar de Souza, em Santana do Parnaíba, até a Barragem da Penha, 41 km de desassoreamento.

Depois vamos tirar no Parque Ecológico do Tietê, 1,5 milhão de metros cúbicos. Então nós vamos ter lá no Parque Ecológico do Tietê um piscinão natural de 1,5 milhão de metros cúbicos de reservação. E o piscinão é a várzea moderna, porque as várzeas foram indevidamente ocupadas ao longo das décadas. A várzea pertence ao rio. Mas da Barragem da Penha pra frente, nos vamos recuperar as várzeas. Acabou de ser aprovado no Senado, o financiamento do BID de US$ 125 milhões e nós vamos refazer, vai ser o Parque das Várzeas do Tietê, entre a Barragem da Penha até Salesópolis, onde nasce o Rio Tietê. A primeira etapa será da Barragem da Penha até o Córrego Três Pontes, divisa de São Paulo com Itaquaquecetuba. Então essa primeira etapa. A segunda, do córrego Três Pontes até Suzano, e a terceira até a nascente do Rio Tietê.

Na primeira etapa nós vamos transferir três mil famílias. Que vão ser removidas, transferidas, sair de área de risco, na beira do rio, para locais seguros. E vamos recompor a várzea, tirar todo aterro que foi feito para fazer essas casas. Vai ser recomposta toda várzea e ser feita toda mata ciliar e a recomposição da várzea do Rio Tietê. E ainda vamos lançar um outro programa, nós fizemos um jardim pequeno do Cebolão até a Barragem da Penha, porque é muito estreito, né, o trecho entre o rio e a marginal do Tietê. Deu pra fazer ali um jardim de 26 km, com 2m de largura, mais ou menos. E deu para fazer, porque hoje não ficam mais aquelas montanhas de lama e pneu na beira da marginal. Porque sai tudo por hidrovia, e por isso, porque tem hidrovia que lá é muito mais barato. Era R$ 64,00 o metro cúbico, hoje é R$ 39,08 o metro cúbico, porque sai tudo por hidrovia. O que nós vamos fazer então? Ali deu para fazer um jardinzinho de 2m. Entre a Barragem da Penha até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, é um projeto do Ruy Ohtake, nós vamos licitar nas próximas semanas, nós vamos fazer um jardim de 200 metros de cada lado. Então quem entrar em São Paulo chegando do Aeroporto de Cumbica vai ter um cartão postal. Ele vai vir até a Barragem da Penha com 200 metros de arbusto, mata atlântica, grama, flores. E a mesma coisa quando sair de São Paulo, passou a Barragem da Penha até entrar para o Aeroporto de Guarulhos, um grande jardim também, projeto maravilhoso e 200 metros de largura com paisagismo e recompondo os arbustos e árvores naturais da região.

E aqui, no rio Pinheiros começa, então, o trabalho, vamos correr o máximo que puder no período de seca, porque no período das águas o rendimento é menor. E, com isso, não é que podemos dizer que não haverá transbordamento, não é, que o rio vai sair da calha, tanto no Tietê, quanto no Pinheiros. Eu, embora médico, aprendi com os engenheiros, existe uma coisa chamada prazo de recorrência. Então, o prazo de recorrência vai para 50 anos, 60 anos, ou seja, se não tiver uma chuva excepcional, o rio não sairá da calha, ou seja, o prazo de recorrência aumenta muito e a segurança é muito grande. E mais sete piscinões; nós já temos 30 piscinões, vamos para 37 piscinões para armazenar água naquele pico da chuva, naquela tempestade e para evitar as enchentes que causam grande prejuízo à saúde das pessoas e prejuízo de natureza material.

Mas eu quero agradecer ao José Aníbal, que fez aqui um trabalho, logo no início a gente já pediu a ele e também à Emai esse esforço para gente deixar o Pinheiros totalmente rebaixado e já está sendo iniciado, aproveitando aí a estiagem. Nós não vamos… Desse um milhão e meio de metros cúbicos aqui, nós vamos tirar, até o verão, 800 mil metros cúbicos, 300 mil metros cúbicos do contrato anterior e 500 mil já do contrato novo. E aí continua, mesmo com o verão. E esperamos no outro verão aí estar com a batimetria correta, chegando aí a um milhão e meio, mais 300 mil no contrato anterior, 1 milhão e 800 metros cúbicos. E, também, estando aqui na beira da represa Billings, nós tivemos hoje de manhã com o secretário Edson Giriboni e a presidente da Sabesp, a Dilma, nós vamos fazer um grande trabalho de recuperação da represa Billings… Da Guarapiranga e depois da Billings. Primeiro esgoto é o Tietê III, grandes investimentos em coleta e tratamento de esgoto. E a gente está verificando o seguinte: você investe R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões a rede está pronta, o emissário está pronta, a estação de Barueri está ampliada, as estações estão preparadas, mas a pessoa não liga o esgoto na rede, ou porque não tem dinheiro para fazer aquelas pequenas obras, ou porque não quis ligar. Então nós vamos fazer o trabalho casa por casa, inclusive financiar a ligação para não ficar nenhuma casa sem ligar o esgoto. Então primeiro tirar esgoto da represa. A segunda evitar erosão, a recomposição das matas ciliares. A terceira o desassoreamento, ou seja, limpar, a Unesp até está preparando umas barcaças que vão a 6m de profundidade e puxam se tiver dentro da represa: armário, motocicleta, puxa o que tiver. E a outra que é uma coisa inovadora, a ecobarreira, então 11 ecobarreira preparadas, então 11 rios que chegam na Guarapiranga vão ter aquela ecobarreira, aquela tela, então: pet, plástico sujeira como tem aqui no anteparo aqui do elevatório de pedreira, segura a sujeira toda, aí já tira e já leva para os aterros. E a outra macrófitas, ou seja, aquela vegetação originada por sujeira que acaba criando problemas graves na represa. Então vamos ter o trabalho de retirar as macrófitas e de compostagem, porque macrófita é material orgânico, você pode usar isso como adubo, então de compostagem. Então é esgoto, segurar o lixo, evitar erosão… Evitar a erosão, retirar as macrófitas, enfim um trabalho completo e principalmente a educação ambiental.

Nós reunimos, hoje, lá de manhã num café cedo 32 clubes que estão nas margens da Guarapiranga, todos: Iate Clube, Santo Amaro, os Comodoros, as associações de funcionários: Banco Central, Banco do Brasil, Eletropaulo, todo mundo. Reunimos lá para fazer um trabalho conjunto. Saindo de Guarapiranga, iremos para a Billings, fazer o mesmo trabalho de recuperação das represas. Mas eu quero deixar um grande abraço e tenho um amigo, Newton Flávio, que eu brinco com ele, que ele gosta tanto de fazer discurso, que quando ele entra no avião e a aeromoça dá aquelas instruções de segurança de vôo, ele pede a palavra para agradecer.

Grande abraço a todos.