IPT fará estudo de árvores centenárias nos Jardins, na capital

Projeto fará monitoramento de espécies e mapeamento de casos críticos que oferecem risco de queda

seg, 04/04/2011 - 20h00 | Do Portal do Governo

Uma parceria envolvendo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, a AES Eletropaulo, e a Associação AME Jardins fará o estudo de 2,2 mil árvores na região dos Jardins, na capital. O objetivo da pesquisa, segundo seus idealizadores, é preservar espécies de árvores centenárias como Tipuana, Sibipiruna, Pinheiro e Palmeira, num dos bairros mais arborizados da cidade. O projeto começa neste mês de abril e avaliará exemplares nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Rebouças e Nove de Julho, além da rua Estados Unidos.

O IPT realizará o diagnóstico das árvores, utilizando, pela primeira vez, duas metodologias. Uma delas é a Avaliação Visual de Risco, método utilizado pela AES Eletropaulo e que identifica o grau de risco das árvores em relação à rede de distribuição de energia elétrica.

A outra é a Metodologia de Diagnóstico para Análise de Risco de Queda de Árvores. Este método foi desenvolvido pela equipe do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT, que faz um levantamento das características da espécie, avalia as condições internas da árvore para verificar a presença de fungos e outros agentes biodeterioradores, identificando o grau de deterioração da vegetação. Na quarta-feira, 30 de março, a AME Jardins promoveu um encontro entre autoridades, moradores e representantes das instituições responsáveis pelo projeto para esclarecimentos.

A conclusão do estudo está prevista para dezembro. O relatório será entregue pela AME Jardins à Prefeitura de São Paulo, com sugestões de manejo, poda, monitoramento de espécies e, principalmente, mapeamento dos casos mais críticos que oferecem risco de queda.

A AES Eletropaulo está investindo R$ 500 mil nesta iniciativa e utilizará o diagnóstico para programar a poda de árvores com galhos próximos da rede elétrica nos Jardins. Em janeiro deste ano, 35 árvores caíram na região durante as chuvas. A queda de galhos e árvores na rede elétrica é responsável por 52% das interrupções de energia registradas na área de concessão da distribuidora.

“Esse projeto contribuirá para a preservação de árvores históricas e importantes para toda a cidade de São Paulo. Com o uso das duas metodologias, a ação possibilitará um diagnóstico ainda mais eficaz, além de melhorar o fornecimento de energia”, disse Jorge Luiz Busato, Vice-Presidente da AES Brasil. A vegetação dos Jardins é tombada pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

Da  Secretaria de Desenvolvimento Econônico, Ciência e Tecnologia