Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Estimado vice-governador, secretário do Desenvolvimento, Guilherme Afif Domingos; deputado Bruno Covas, secretário de Estado do Meio Ambiente; professora Linamara Battistella e coronel Admir Gervásio; deputados: João Caramez; Pedro Tobias; Orlando Mozoni; Celino Cardoso; Ari Fossem; Maria Lúcia Amary; Hélcio Gasparini; Cauê Macris; Beto Trícolli; Rafael Silva… acho que deu quorum, não é? José Pedro Oliveira Costa, primeiro secretário de Estado do Meio Ambiente; nossos ex-secretários: Estela Goldenstein e Pedro Ubiratan; Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, representando o prefeito da capital, Gilberto Kassab; prefeitos de Torrinha, Itu, Pariquera-Açu, Bocaina, Rancharia, Barbosa, Macatuba, São Bento do Sapucaí, Tupã, Angatuba; coronel Camilo, comandante-geral da Polícia Militar; coronel Nomura, comandante do Policiamento Ambiental; Otávio Okano, presidente da CETESB; deputado Lobbe Neto, presidente do CEPAM; Cláudio Borges, dos Correios; João Paulo Capobianco, em nome de quem eu quero saudar todas as organizações não-governamentais; Antonio Vanaquer, funcionário da Secretaria; amigas e amigos. Uma palavra breve.
Mas dizer da alegria de estarmos aqui, Bruno, comemorando um quarto de século, 25 anos da Secretaria. Acho que ela é fruto, como você bem colocou, da organização da sociedade civil. Poucos setores tëm uma força tão grande na sociedade civil, organizada, ONGs, entidades, associações, fundações, conscientização, uma cultura de sustentabilidade e… e, de outro lado, o fruto de um estadista, um homem a frente de seu tempo, que foi o governador Montoro, governador André Franco Montoro.
Quando eu ninguém falava de integração latino-americana, ele já tinha constituído o ILAM – Instituto Latino-Americano. Quando era o tempo da centralização do período militar, ele pregava que o caminho era da subsidiariedade. “Não deve o grande fazer o que o pequeno pode fazer”. E que o caminho vinha pela sociedade civil e pela participação. Quando poucos defendiam a questão ambiental, (Montoro) criou, como secretário de Estado, a primeira Secretaria do Brasil, tendo um taubateano querido, José Pedro de Oliveira Costa, como seu secretário.
O Cazuza cantava que nós não podemos parar o tempo, nem que quiséssemos. E portanto, 25 anos depois cá estamos nós, para comemorar uma Secretaria consolidada. E que quantos avanços foram conquistados! E aqui foi lembrado, estação ecológica Jureia, Itatins, Cubatão, que tinha Vila Parisi, onde nasceu o maior numero de crianças com anencefalia. Quem não se lembra da Serra do Mar? Ali em cima de Cubatão, calcinada pela chuva acida, sem uma árvore, toda ela calcinada. E hoje, totalmente recuperada, Serra do Mar, ali em Cubatão.
E acaba de chegar um amigo muito querido, em homenagem a ele eu vim até de gravata verde. Eu vim de verde, e ele retribuiu veio de azul, que é o Fabio Feldmann, grande secretário de Estado, um homem listado como um dos que mais contribuíram no universo, no mundo para a causa ambiental. Foi constituinte, deputado federal constituinte, e trouxe grandes avanços na Constituição brasileira. Um homem internacional, a ponto do Mario Covas, quando ele era secretário do Meio Ambiente, ter marcado uma reunião do secretariado em uma sexta-feira a tarde. Eu falei: “governador, mas porque essa reunião? Não, vamos aproveitar porque o Fabio Feldmann está no Brasil. Nós queremos dizer da alegria e do carinho de ter o Fabio aqui conosco.
Mas, quanta coisa que a Secretaria trouxe, quantos avanços, questão do lixão. Eu fui prefeito na década de 70, e houve uma reunião do CODIVAP, do Consorcio do Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, e eu sentei do lado do prefeito de Campos do Jordão, Flavio Rudge Ramos, era nomeado naquele tempo. E o seminário era destino final dos resíduos sólidos. E eu perguntei para ele: como é que você faz com o lixo de Campos do Jordão? Ele falou, eu jogo morro abaixo, quando reclamam eu mudo de morro. Eu falei, você está jogando em cima da minha cidade, porque Pinda está embaixo de Campos do Jordão.
Como mudou a questão dos resíduos sólidos, as queimadas que estão praticamente se encerrando. A Lei de Mudanças Climáticas, A Lei do Guarapiranga, todos agora… a Serra do Mar, todo o projeto lá nos bairros cota para transformar em um Jardim Botânico. Aliás, São Paulo é um exemplo de recuperação de Mata Atlântica, o pouco que… aliás, toda a Mata Atlântica brasileira, ela está aqui no Estado de São Paulo. Então, grandes conquistas e grandes desafios para o futuro, que é compatibilizar desenvolvimento, progresso, emprego, oportunidade…
O Papa – e eu sempre tenho uma discussão com o Afif, porque ele acha que é o Paulo VI e eu acho que é o João XXIII -, mas seja o Paulo VI ou o João XXIII, a frase síntese é “o desenvolvimento é o novo nome da paz”. Não há paz verdadeira onde não há emprego, renda, oportunidade para as pessoas. Esse é o desafio e o Brasil vai crescer, porque nós estamos vivendo um bônus demográfico, grande janela de oportunidades. O país não tem mais tanta criança e ainda não tem tanto idoso. É o melhor momento sob o ponto de vista demográfico. O Brasil cresceu quase 8% do PIB o ano passado, crescimento forte. E aí, o grande desafio, Bruno, com a inteligência, com o espírito público, com essa formação técnica e empresas da qualidade, fundações, institutos, nós darmos o exemplo para o Brasil, que é possível fazer desenvolvimento e sustentabilidade. Acho que esse é o grande esforço.
Por isso, com alegria, nós queremos trazer um grande abraço a toda família aqui da Secretaria do Meio Ambiente, desde – não por antiguidade, mas por mérito – desde o nosso primeiro advogado, Vanaquer, até o mais jovem, encontrei aqui uma juventude enorme aqui na Secretaria, passando pelos secretários, a Estela, o Pedro Ubiratan, o Fábio Feldman, o Zé Pedro de Oliveira Costa, o nosso jovem Bruno Covas, os outros que não estão aqui, mas deram uma grande contribuição, nós darmos um exemplo para o Brasil de sustentabilidade e desenvolvimento.
Parabéns a todos! Bom trabalho!
