Geraldo Alckmin: Boa tarde, boa tarde a todas e a todos. Estimada secretária do Estado da Justiça de Defesa da Cidadania, professora Eloisa Arruda; Sidney Beraldo, secretário-chefe da Casa-Civil; o deputado Emanuel Fernandes – secretário do Planejamento; senhores secretários de Estado: Davi Zaia, Antônio Ferreira Pinto, Jorge Pagura, coronel Admir Gervásio; os nossos secretários-adjuntos: Rubens Rizek, doutor Antônio Julio Junqueira de Queiroz, o Rogério Menezes; prefeitos aqui presentes: de Americana, o Diego de Nadai; de Guarujá, a Maria Antonieta; de Lençóis Paulistas, a Bel Lorenzett; de Santa Cruz das Palmeiras, em exercício, a Rita Zanata; de Jandira, doutora Anabel Sabatine; de Eldorado, o Donizete de Oliveira; de Mairinque, o Denis; de Agudos, o Everton Octaviani; de Bebedouro, o João Batista Bianchini; de Piracaia, a Fabiane Santiago; de Morungaba, o José Roberto Zem; de Itapeva, o Cavani; Monte Alto, Silvia Meira; de Salto, o Geraldo Garcia. A Elisa Lucas, presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra; Francisco Bonafina, secretário municipal de Participação e Parceria, representando o Prefeito Gilberto Kassab; Fabiano Marques de Paula, presidente superintendente do IPEM; Márcia Pereira Facci, superintendente do IMESC; Paulo Artur Góes, superintendente, diretor executivo da Fundação PROCON; Sebastião Miziara que preside a União dos vereadores do Estado de São Paulo; professor Hélio Santos, que preside o Instituto Brasileiro de Diversidade, o IBD; representantes de associações; líderes comunitários; representantes das nossas comunidades quilombolas; entidades religiosas; nosso ex-secretário da Justiça, nosso queridíssimo doutor Édio; amigas e amigos. Uma palavra breve.
Mas dizer da alegria, Eloisa, de estarmos hoje aqui reunidos, dia 21 de março, Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação, pela Eliminação da Discriminação Racial. São Paulo já tem um conjunto de medidas que tomou ao longo do tempo, mas hoje nós damos alguns passos importantes. E eu destacaria essa parceria com os municípios, com o envolvimento dos governos locais, do governo mais perto do povo, mais perto das pessoas. E já começamos com 47 municípios que assinam o convênio hoje. Isso vai possibilitar descentralização, as Prefeituras poderem receber denúncias para serem encaminhadas à Secretaria da Justiça, além do respectivo Boletim de Ocorrência, e agilidade, ou seja, tornar mais célere, mais rápido, essas medidas contra a discriminação racial. Queria também destacar o envolvimento de 13 Secretarias de Estado participando desse trabalho, que vai desde regularização de áreas de quilombola no litoral e no interior, passando pela construção de escolas técnicas em áreas de Quilombo, como André Lopes, o Quilombo André Lopes, no município de Eldorado, no Vale do Ribeira, passando pela educação – África nas escolas, alteração da nossa grade curricular, cultura, educação, segurança pública – formação de policiais civis e militares, a questão dos direitos humanos e a diversidade racial, passando pela saúde, na questão das doenças ligadas às questões étnicas, especialmente anemia falciforme, hipertensão essencial, pelas nossas universidades, Fatecs, Etecs, onde nós temos pontuação acrescida para afro-descendentes, enfim, e não poderia ser diferente. São Paulo tem que liderar esse movimento São Paulo Contra o Racismo, porque está no nosso DNA de brasileiros!
Especialmente de brasileiros de São Paulo, porque o caracteriza, o que singulariza o povo brasileiro é essa miscigenação de raças, essa é a nossa maior força, essa é a grande… por isso que o povo brasileiro é alegre, não é? É empreendedor, essa… Nós somos um povo aberto, não é? São Paulo é uma cidade cosmopolita, uma cidade mundial, onde essa miscigenação de raças, despreconceituosa, fez nós avançarmos muito. Por isso nós temos o dever de corresponder à herança dos nossos antepassados, fortalecendo ainda mais todas as medidas; não só de combate à descriminação, mas de promoção da igualdade.
Hoje à noite, eu estou indo, professor Helio Santos, na Universidade Zumbi dos Palmares, que é uma universidade de negros e brancos, não é… Mas que tem um grande predomínio de afro-descendentes. E nós temos, com a Universidade Zumbi dos Palmares, Etec, Projeto Guri, um conjunto de parcerias para o desenvolvimento, para melhora de renda, criação de oportunidades, desde melhorar a educação, até o nível superior, de pós-graduação, então ficamos muito felizes. E a doutora Eloisa Arruda tem na sua história esse compromisso com os direitos humanos, não apenas pela sua formação profissional como promotora, procuradora de Justiça, mas até por ter ficado no Timor Leste durante uma bela temporada no Tribunal Penal, na defesa dos direitos da pessoa humana. E nós temos alegria de ter aqui o Conselho da Comunidade… Para o Desenvolvimento da Comunidade Negra, presidida pela, não Eloisa, mas Elisa Lucas, a nossa queridíssima barretense, Elisa, e toda uma equipe que tem sido grandes parceiros nesse trabalho.
Hoje é um dia de trabalho, onde nós estamos iniciando, mas essa é uma luta de todos os dias. Eu falei vindo para cá “Eloisa, nós teremos que rapidamente falar no Vale do Ribeira, inaugurando uma Etec no Quilombo”, queremos estar regularizando a questão fundiária das nossas áreas de Quilombolas que começou com o doutor Edson, secretário da Justiça, e que nós vamos dar uma acelerada criando oportunidades, não é? Banco do Povo no Estado inteiro, microcrédito, Via Rápida, capacitação, criar empresas, promover desenvolvimento, acesso à educação de qualidade, saúde, enfim, um conjunto de ações de Governo que promovam aquilo que é o de mais importante, que é a justiça.
Eu gostava de conversar muito com meu saudoso pai. E às vezes eu ficava trocando ideias. Quais serão as maiores virtudes que o ser humano pode ter? São inúmeras, mas eu diria que a justiça é a maior, porque quem é justo tem amor, quem é justo tem coragem, quem é justo é solidário. A justiça é o maior, talvez a maior, porque ela engloba um conjunto de virtudes da pessoa humana.
E vindo agora de São José dos Campos, o secretário Emanuel Fernandes ainda dizia, São Paulo tem no seu DNA essa capacidade empreendedora, Estado com tamanho de país, forte na agricultura, forte na indústria, na tecnologia, serviços, comércio. Mas ele já tem, e nós queremos fortalecer ainda mais, o DNA dos valores e dos princípios que devem nortear uma sociedade melhor, uma sociedade mais solidária, mais fraterna, justa, uma sociedade que não exclua, mas uma sociedade que seja de todos. Esse é o compromisso de São Paulo.
Muito obrigado!
