Alckmin discursa em entrega do Banco do Povo em São José dos Campos

Geraldo Alckmin: Bom-dia a todas e a todos! Saudar o nosso prefeito anfitrião, Eduardo Cury; saudar o vice-prefeito doutor Luis Antonio; o presidente da Câmara, o vereador Juvenil Silvério, cumprimentando […]

seg, 21/03/2011 - 16h30 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom-dia a todas e a todos! Saudar o nosso prefeito anfitrião, Eduardo Cury; saudar o vice-prefeito doutor Luis Antonio; o presidente da Câmara, o vereador Juvenil Silvério, cumprimentando todos os vereadores, vereadoras; deputado David Zaia, nosso secretário de Emprego e Relações do Trabalho; deputado Emanuel Fernandes, secretário de Economia, Planejamento e Desenvolvimento Regional; deputados estaduais, o Hélio Nishimoto; o padre Afonso; o doutor Gondim; os nossos prefeitos; a Ana, de São Luiz do Paraitinga – estivemos lá na terça-feira de Carnaval; o Rinaldo Zanin, de Canas; e o Edson Quintanilha, de Arapeí, que é o nosso vale histórico.

Saudar o Rogério Barreto Alves, nosso secretário-adjunto sobre Emprego e Relações do Trabalho; o Felipe Cury, que é nosso anfitrião aqui, nos recebe aqui na Casa da Indústria, na Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos – e presidente do conselho do Banco Empreendedor Joseense; dom Carmo João Rodem, bispo da diocese de Taubaté, que nos alegra muito com sua presença; o Antonio Mendonça, diretor executivo do Banco do Povo Paulista; o Jorge Alberto Junges, agente de crédito aqui em São José; companheiro Alexandre Blanco; vice-prefeitos; vereadores; presidentes de entidades; amigas e amigos. Uma palavra brevíssima.

Mas dizer da alegria, primeiro de voltar a São José dos Campos, e começar por agradecer vocês terem nos cedido o Emanuel, que é uma revelação. Grande secretário do Estado. Está fazendo um excelente trabalho. Não apenas pela altura, mas especialmente pelo seu espírito público e a sua experiência. Queria agradecer também esse grande parceiro que é o Hélio Nishimoto, deputado estadual, nos ajuda muito na Assembléia Legislativa, como também os deputados aqui da nossa região, o padre Afonso Lobato e o doutor Gondim. Doutor Gondim é um grande médico, não sei se vocês conhecem. Gondim é de Mogi das Cruzes, e uns anos atrás… Quantos anos faz, Gondim? Uns cinco anos? Eu fui assinar um convênio em Salesópolis, onde nasce o Rio Tietê, e é uma estância turística. Então nós fomos lá assinar o convênio do DADE, esse convênio das estâncias turísticas, para apoiar o turismo. E eu cheguei lá em… Havia falecido o prefeito de Santo André. Uma época muito difícil, eu tinha acabado de assumir o Governo, não eleito, mas em razão do falecimento do Mário Covas, graves problemas de segurança naquele período. Foi pelo menos 60 dias de Governo, 2002. E aí chego em… Eu falei: “Bom eu vou lá em Salesópolis, domingo, tranquilo, de manhã, sair um pouco desse sufoco aqui”.

Aí fui lá, desci e tinha uma van, o prefeito de Salesópolis era o Kiko. Ele fortão, suando, tal. Isso foi em janeiro, um calor insuportável, eram umas 11 horas da manhã. Aí, entrando na perua, ele falou para mim, falou: “Olha doutor Geraldo, saí da UTI para vir receber o senhor aqui”. Aí eu fiquei assustado. “Que isso, prefeito?! O que é isso?!”, “Não, eu fui ontem no casamento em Mogi, me senti mal, uma crise hipertensiva, já me levaram para a Unidade Coronariana, já me puseram lá, na UTI, mas eu assinei um documento de responsabilidade e eu vou receber o senhor e a hora que o senhor for embora eu volto para UTI”. E aí dei uma chamada nele e falei, “Prefeito, não pode fazer isso… Você devia ter me avisado, se você me avisasse eu não teria vindo, marcava outro dia, isso aí não é urgente.”, “Não, não, o senhor fique tranquilo eu estou super bem e tal”.

Aí fiquei preocupado e falei bom, chegando lá tudo rapidinho. E o evento, assinatura do convênio era no coreto, e o coreto da praça não era coberto e puseram um plástico, aquele famoso plástico em cima do coreto. Então, virou uma estufa: 11h30 da manhã, verão, janeiro, aquela multidão na praça, dez deputados para fazer discurso, mas nós estamos perdidos aqui. Aí eu combinei, “Olha ninguém fala, ninguém, não tem discurso, o prefeito dá aí uma palavrinha eu assino, encerra e vamos terminar rápido com isso aqui para ele voltar para o hospital”. E mandamos bala. Fizemos tudo meio rápido e tal, e aí terminou e eu ouço alguém falar, “O prefeito caiu”, aí eu corri na gradinha do coreto e o Kiko, o prefeito, estava esticado no chão, literalmente, caído lá, aí eu falei, “Nossa, só falta morrer mais um”. Aí eu desci correndo, mas quando cheguei lá, quando a que Rede Globo – tem uma retransmissora da Globo em Mogi – e ela tava, aonde a gente ia ela ia atrás. Aí quando o pessoal da Globo viu o prefeito caído já ligou os holofotes todos lá. O doutor Gondim, que é ginecologista… já subiu ali em cima e começou na massagem cardíaca, uma massagem e um sorriso para televisão. Mil votos, dois mil votos… época de eleição é duro. Aí eu corri lá, peguei o pulso do prefeito, estava melhor que o meu o pulso dele, aí eu falei “O Gondim para com isso, vai quebrar uma costela aí e tal, um pneumotórax aí… Mas, hoje não vamos precisar de massagem cardíaca aqui, se Deus quiser, não é?

Mas, quero dizer da grande alegria de estarmos juntos aqui assinando esse convênio. Nós estamos aumentando quase 20%, vamos chegar a esse ano a R$ 120 milhões, só esse ano, de financiamento para os pequenos empreendedores, 0,7% de juros sem correção monetária, empresta de R$ 200 até R$ 5 mil (para) pessoa física, e R$ 7.500 (para) pessoa jurídica. E uma parceria com a Prefeitura: a Prefeitura entra com parte do capital e também nos dá aqui as instalações, funcionário, enfim, fazemos aqui uma boa parceira. Inadimplência, não é isso Davi? Rico, gente grande quando deve vai para Paris, pobre não dorme de noite. O pequeno empreendedor é impressionante, 1,9% a inadimplência. E não é dinheiro para consumo, é dinheiro que gere renda. Para montar um salão de beleza, montar uma oficina, carrinho de lanche… capital de giro pra trabalhar, montar uma empresa, comprar uma máquina, um equipamento, máquina de costura, enfim, é para gerar renda, para apoiar pequenos empreendedores. Então ficamos muito felizes com essa parceria aqui, com São José dos Campos. Aliás, queria cumprimentar também o coronel Messias, comandante do policiamento que o de São José é o… O coronel Messias que o nosso regional, ele está aqui?

Locutor desconhecido: Está aí, ó!

Geraldo Alckmin: Cadê?

Coronel Messias: Eu, aqui, governador.

Geraldo Alckmin: Ah, está aqui! Cumprimentar o coronel Messias, primeiro, pelos índices: acabou de ser publicado o índice de violência no Brasil: o Estado de São Paulo era o 5º Estado brasileiro em número de homicídios; hoje é o 26º. É impressionante a mudança! (Em) São José dos Campos, tivemos de 2009 para 2010 menos 20% o número de homicídios. O Brasil, o Estado de São Paulo, tinha 33 homicídios por 100 mil habitantes, hoje tem 10,4 – e São José abaixo de 10 é um digito, um digito. E a polícia de São José, Polícia Militar, é a primeira a receber da Fundação Vanzolini o ISO 9001 pela eficiência do seu trabalho. É um… O tempo entre a chamada e a ação policial. São vários instrumentos de qualidade na prestação do serviço à população, primeira a receber ISO 9001 foi a Polícia Militar aqui de São José dos Campos, e índices realmente em queda. Nós vamos agora, em abril, inaugurar uma penitenciária feminina, 640 vagas, 660 vagas em Tremembé. Com isso nós começamos a cumprir o nosso programa de não ter um preso em cadeia ou distrito policial, então mulheres, zera! Nenhuma mulher ficará, a não ser no sistema penitenciário. Então nós vamos fechar todas as cadeias, o que vai melhorar muito a eficiência da Polícia Civil, então zera. Aliás, queria…

Locutor desconhecido: Que isso meu! [ininteligível], não! Eu sou agente penitenciário, estão todos amontoados dentro das cadeias, das penitenciarias, do CDP, escondido no meio do mato. Destruiu o Carandiru, e não adiantou nada, pôs no meio do mato para ninguém vê! Quem está nas ruas da cidade não vê, mas vai lá no CPD de São José, CDP de Taubaté, no CPD da Grande São Paulo. Falei e pronto! Tchau.

Geraldo Alckmin: Deixa… Deixa, eu falar. Nossa meta é não ter nenhum preso em cadeia, zerar! Por duas razoes: pelo aspecto humanitário…

Repórter: Manifestações populares.

Geraldo Alckmin: E pela eficiência da Polícia Civil. Polícia Civil não é para tomar conta de preso e, sim fazer o seu trabalho de Polícia Investigativa e Polícia Judiciária. Nós tínhamos 30 mil presos em cadeias no Estado, hoje temos sete mil e vamos zerar. As mulheres, nós vamos zerar até o fim do ano, zero! Aliás, a população feminina é mais de 50% da população brasileira. E nós temos 6% de presas no sistema penitenciário, 94% são pobres e esses 6%, às vezes é a má companhia dos homens, não é?

Mas, eu quero também trazer uma palavra a São José dos Campos: nós estamos recuperando São José, Jacareí a SP-66, Geraldo Scavone, vamos entregar rapidamente, nós vamos ter quatro ou cinco meses sem chuva, então vamos entregar Geraldo Scavone totalmente recuperada; SP-50, São José/Monteiro Lobato, Tamoios recuperada antes de julho, que é por razão das férias… Do Vale Histórico, as rodovias do Vale histórico, rodovia dos Tropeiros, rodovia dos Resgates, SP-62, Cruzeiro/Cachoeira/Lorena; Cunha/Guaratinguetá totalmente recuperada, será recuperada… E vamos recuperando todas. A primeira proposta nossa é não ter nenhum buraco. Todas as SP – Campos do Jordão, Floriano Rodrigues – todas elas recuperadas na região. E a grande obra estruturante para o desenvolvimento de São Paulo, que é o Rodoanel, que é a duplicação da Tamoios. Rodoanel já assinamos o contrato da Asa Leste. Asa Oeste liga Bandeirantes, Anhanguera, Castelo, Raposo e Regis Bittencourt. A sul chega à Anchieta/Imigrantes, chega ao Porto de Santos. A leste nós assinamos há 15 dias. Não vai ter um centavo de dinheiro público, ela vai ser feita integralmente pela concessionária, 36 meses de obra, começa em seis meses. Como já foram 15 dias, começa em cinco meses e 15 dias… Em setembro começa. Nós vamos ligar Mauá, onde está parado Rodoanel, na Jacu Pêssego, ligando Ayrton Senna com a Carvalho Pinto, e ligando com a Dutra. Aí só fica faltando a norte, que nós pretendemos licitar a obra até outubro, aí liga com a Fernão Dias, aí nós fechamos o Rodoanel metropolitano de São Paulo e ligamos o maior aeroporto brasileiro, que é Cumbica, ao maior porto brasileiro, que é Santos.

E a outra grande obra, que é prioridade absoluta, é a Tamoios. O Emanuel tem nos ajudado e nós estamos fechando a PPP, temos até reunião essa semana do PET, do programa estadual, e com grande obra, grande obra porque até Paraibuna é só duplicar, é do lado. De Paraibuna até Caraguá é uma nova estrada, não tem como fazer do lado uma Tamoios: tem que fazer uma nova, que nem a nova Imigrantes, é uma nova rodovia. E também não adianta duplicar e chegar lá em baixo e não conseguir andar. Então, a grande obra não é só o contorno ali de Caraguá, vai até quase Massaguaçú. Então são grandes obras na Rio/Santos, e túneis chegando a São Sebastião para possibilitar a ampliação do porto, que é hoje uma ferramenta fundamental para o comércio exterior e para o desenvolvimento. E diferentemente do sistema Anchieta/Imigrantes, que você tem VDM o dia todo alto, porque tem muita carga no Porto de Santos e muita gente que mora na baixada e trabalha em São Paulo, o VDM da Tamoios é baixo: ele só é alto nos finais de semana e no verão. Então isso vai demandar um investimento no Governo, orçamentário, público, muito elevado, a participação privada, ela será pequena em razão do VDM. Mas é uma obra estratégica para o Estado de São Paulo e para o Brasil fazendo uma nova ligação do Vale com o litoral totalmente duplicada na Serra do Mar, melhorando a Rio-Santos, lá no litoral, e o Porto de Santos.

Já começa o gasoduto ligando Caraguá a Taubaté, ligando o gasoduto Rio/São Paulo, que deve inaugurada em questão de… rapidamente. Agora, provavelmente abril ou maio. Então Caraguatatuba terá maior unidade de tratamento de gás do país, que é uma energia limpa, importante, e grande parte do pré-sal que vai de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro até Espírito Santo, a Bacia de Santos, ela inclui cinco Estados, mas as grandes jazidas de petróleo estão em São Paulo. Então isso vai demandar grandes investimentos no litoral e no Vale do Paraíba e na Baixada Santista.

Mas eu quero agradecer muito aqui a vocês, dizer que contem conosco. Vamos trabalhar juntos, unidos, para a gente poder servir com honestidade, com eficiência, melhorando a qualidade de vida da nossa população e promovendo o desenvolvimento de São Paulo. O Emanuel colocou bem: essa é a terra de empreendedores, não é? Governo não gera emprego, Governo faz de forma complementar. O que gera emprego, empresa, são os empreendedores, não é? O Governo precisa criar as condições favoráveis pra que esse espírito empreendedor floresça.

E nós estamos vivendo no Brasil o melhor momento sobre o ponto de vista demográfico, a grande janela de oportunidades, que é o chamado bônus demográfico, ou seja, o Brasil já não é mais aquele país jovem de muita criança, onde cada mamãe tinha 5,8; 5,7… Tinha mais de cinco filhos… Não tem mais tanta criança e ainda não tem tanto idoso. O Brasil nesse momento é um país maduro. Então, sob o ponto de vista de população economicamente ativa, é um momento excepcional, onde o país tem uma grande oportunidade de poder crescer mais, melhorar a distribuição de renda e melhorar a vida da população. Esse é o compromisso de São Paulo junto com São José dos Campos e a nossa região.

Muito obrigado!