Alckmin discursa em liberação de recursos para Cunha

Geraldo Alckmin: Muito bom dia. Muito bom dia a todas e a todos, uma palavra muito especial, hoje é o dia 8 de março, dia Internacional das Mulheres. Então, o […]

ter, 08/03/2011 - 21h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Muito bom dia. Muito bom dia a todas e a todos, uma palavra muito especial, hoje é o dia 8 de março, dia Internacional das Mulheres. Então, o nosso abraço, nosso abraço muito afetivo a todas as senhoras, a todas as mulheres aqui de Cunha e do nosso Estado. Então, vamos começar cumprimentando a pessoa mais importante, que é a Juliana Aparecida dos Santos Felipe. Cumprimentando… dizer da alegria de vir comigo aqui a Lu, minha esposa, e a netinha Isabela. Cumprimentar também a Sirlei, esposa do nosso José Ruggiero, e agradecer o café. Cumprimentar o nosso prefeito anfitrião, o Osmar Felipe Junior. E eu estava lembrando aqui, queria que o Nelson Pesciotta, que preside o Instituto de Estudos Valeparaibanos, suba aqui com a gente, Nelson, por favor. Olha aí. Eu fui prefeito da minha cidade natal, Pindamonhangaba, em 1976, e era prefeito de Cunha o pai do Felipinho, o Osmar Felipe, e era prefeito de Guaratinguetá o Gilberto Fellipo, pai do Junior, prefeito de Guaratinguetá. Então eu fico feliz; 76, nós estamos em 2011, quantos anos dá? Vinte e quatro mais 11… 35 anos. Trinta e cinco anos depois, voltar a Cunha e encontrar aqui o filho do Osmar Felipe e o filho do Gilberto Fellipo, de Guaratinguetá, e poder com eles aqui assinar os convênios em benefício da população. Fico muito feliz. Eu fiquei mais careca, e tem um sobrevivente a mais aqui, vem aqui. O prefeito de Cachoeira Paulista naquela época era o Jair de Castro Mendes. Ele era o prefeito em Cachoeira Paulista e fez questão de vir de Cachoeira aqui à Cunha hoje, então muito obrigado, Jair, da sua querida e honrosa presença. Jair firmíssimo viu? Diz que agora nós vamos viver 100 anos. E a meta do Jair é a seguinte: 100 anos. E aí um dia ele falou: “Sabe do que é que eu vou morrer?” Aí o pessoal: “O que é?”, “Homicídio”; “O tiro pelas costas de um jovem ciumento”. Esse é otimista, não é?

Mas saudar aqui o Osmar Felipe, saudar o José de Mauro, José Ruggiero, nosso vice-prefeito, doutor Saulo de Castro Abreu Filho, cadê o Saulo? Está aqui atrás, o Saulo que é o nosso secretário de Estado dos Transportes. O coronel Gervásio. Coronel, dá um passinho para frente. O coronel é secretário-chefe da Casa Militar. Também saudar o Secretário Márcio Aith, de Comunicação, vem aqui, Márcio, para o pessoal te conhecer. O Márcio é o homem da comunicação. O deputado Hélio Nishimoto, grande deputado da nossa região, do Vale do Paraíba, e de Cunha. Saudar os nossos prefeitos, a prefeita de Cruzeiro, a Ana Karin, que está aqui conosco. O prefeito de Queluz, José Celso Bueno. Veio aqui a Cunha. O prefeito de Canas, o Rynaldo Zanin, que está ponta direita aqui. Saudar o nosso ex-prefeito, João Mendes, que nos alegra muito.

Nos alegra muito… Nós somos do mesmo clube, dos ex-prefeitos. O Marcão de Roseira, vem aqui, Marcão, acabou de chegar aqui. Prefeito Marcão, município de Roseira. O coronel França, que é o comandante do Batalhão da Polícia Militar, está aqui conosco; coronel, faça o favor. Coronel França. A Ana Cristina Carvalho, que é do Acervo Cultural Artístico. Os nossos vereadores, o Paulo Andrade e o Heitor, o Binho, o Juninho. O amigo Messias Natal, de Lorena. Vocês conhecem a história… O Ivan Leyraud, nosso amigo de Guaratinguetá. O Chesco, que foi prefeito de Roseira e de Pinda. Vocês conhecem a história de um prefeito… Não é o Felipinho não, viu? Que fazia muitas saudações? Aquilo era infindável, 30; 40: “Fulano, senhor governador, senador, deputado, prefeito, vereador, vice, diretor”, era… e o governador da época com pressa, então chamou o prefeito e falou: “Prefeito, duas citações, só duas. Você vai em uma escola: professores e alunos; hospital: profissionais de saúde e pacientes; um local com muita gente: senhoras e senhores. Olha, duas. Ganhar tempo. Economia processual.”

Aí, o prefeito entendeu. Passados os meses, houve uma solenidade no cemitério municipal, e aí a secretária veio com aquele pacote de fichas, ele guardou as fichas, pensou, pensou, pensou… Falou: “Meus conterrâneos e meus subterrâneos”. Então, amigas e amigos, é uma alegria vir aqui a Cunha. E dez razões nos trazem a Cunha. A primeira, entrega, Filipinho, da carta geotécnica e de gestão territorial do município. O Governo do Estado contratou o IPT, que é o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, e ele fez todo um estudo, a carta geotécnica. O município de Cunha é um dos grandes municípios do Estado de São Paulo, muita área de serra, muito morro, riscos de deslizamento, então fez a carta geotécnica que vai ajudar no plano diretor da cidade e na prevenção. A segunda razão que nos traz aqui a Cunha é que nós estamos aqui em uma estância turística, a estância turística de Cunha, uma das estâncias climáticas. Então nós estamos liberando, do ano passado, os recursos para contenção e comporta de superfície e instalação de gradil no lago municipal Lavapés – isso ainda do ano anterior. E estamos liberando para esse ano R$ 1.690 milhão para obras de interesse turístico. Você vai apresentar lá os projetos, já tem já os projetos? Quais são?

Locutor não identificado: Calçamento de acessos a pontos turísticos…

Geraldo Alckmin: Então, a Prefeitura, ela escolhe as prioridades. Eu acho que grande parte vai ser os acessos e calçamento também aqui na cidade para a estância turística. Então, o terceiro. O quarto, fico feliz de estar aqui conosco os artistas aqui de Cunha. Eu tenho lá no gabinete lá em São Paulo, uma peça artística aqui de Cunha com a plaquinha, então todo mundo que entra lá vê a arte aqui de Cunha, da cerâmica, essa belíssima cerâmica que é feita aqui em Cunha. E nós temos aqui um arranjo produtivo local aqui em Cunha para a questão da argila e para a produção de cerâmica. Depois, já foi feito… isso foi feito no Governo do meu antecessor, do Serra, uma grande obra que é a estrada de Cunha até Campos Novos de Cunha. Ela foi asfaltada no Governo Montoro, do Doutor André Franco Montoro, e agora foi recapeada. São quase 30 quilômetros de pavimentação, foi totalmente recuperada. E hoje nós estamos autorizando a SP-171, que é Rodovia Paulo Virgílio, Guaratinguetá, Filipe, até Cunha. Já estava contratada, fica pronto em julho, o trecho até Rocinha.

Agora nós já autorizamos, são R$ 41 milhões a obra. Então, para ter uma ideia do valor da obra, porque obra em serra é muito cara, e se a gente não fizer bem feita, não aguenta um verão. Então ela tem contenção de encostas, drenagem, taludes, recapeamento, acostamento, obras de engenharia. É o orçamento da Prefeitura de Cunha, praticamente. Está previsto R$ 41 milhões e nós imaginamos que possa ter um desconto, já publicou no Diário Oficial no dia 2 de março, dia 9 de abril abre as propostas. Imaginam maio, não é, Sálvio? Que em maio a gente já assine o contrato. Então nós vamos aproveitar o período da seca, maio, junho, julho, agosto, período de seca, para mandar bala. Agora, é obra grande. São 18 meses, praticamente, de obra. Mas nós vamos ter de Guaratinguetá até Cunha totalmente recuperada a SP-171, a Rodovia Paulo Virgílio, para turistas virem para cá, escoamento da produção agrícola. Então, uma grande obra, uma obra importante.

Locutor não identificado: E o trecho Cunha-Parati, como é que fica?

Geraldo Alckmin: Primeiro, queria saudá-lo. Saudá-lo porque ele é duplamente inteligente. Primeiro, é inteligente pela pergunta. E segundo, porque torce pelo melhor time, que é o Santos Futebol Clube. Olha, Cunha-Parati, em 1982, eu era deputado estadual, eu acho que era prefeito aqui de Cunha o Zelão, e o Brizola era governador do Rio de Janeiro. Primeiro mandato do Brizola – 1982. Então, nós fomos a Parati, e eu ia muito a Parati porque eu dava aula em Lorena, na faculdade de psicologia, e sexta à noite saía e ia para Parati. Parava aqui no alto da serra, no Fecha Nunca. Tinha um barzinho que não tinha porta. Era chamado “Fecha Nunca”. Não existe mais. Aí o que aconteceu? Nós fomos a Parati, e me lembro como se fosse hoje, em cima de um caminhão, o Brizola de botina, tocou o pé assim, em cima da carroceria do caminhão, e falou: “Olha…” O Montoro era governador de São Paulo e o Tancredo Neves, governador de Minas Gerais. “Olha, vamos ver quem chega primeiro na divisa. Nós vamos começar aqui por Parati, vocês começam lá por Cunha, e os mineiros entram com o churrasco”. Exatamente isso que o Brizola falou. Trinta anos atrás São Paulo chegou até na divisa e estamos esperando o Rio de Janeiro. Parece… Então não depende de nós, porque o trecho de São Paulo, ele está asfaltado até a divisa.

Existe uma explicação também: é que o trecho de São Paulo está fora do Parque Nacional, e o trecho do Rio está dentro do Parque Nacional. Então eles começaram a asfaltar de Parati para cima. Foi indo. Quando chegou no Parque, foi proibido. O antigo IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), hoje Ibama, entrou com uma ação chamada interdito proibitório, proibindo de entrar. Aí foi feito um estudo de estrada-parque, uma estrada especial no trecho do parque, e isso foi aprovado pelo Ibama. Então só depende do DER do Rio de Janeiro. Só depende do Rio de Janeiro. Eu, quando estiver com o governador Sérgio Cabral, vou cobrar para a gente poder abrir. Mas nós não podemos invadir o Rio de Janeiro. Tinha um prefeito em São Bento do Sapucaí, no tempo do Montoro, Felipinho, que ele pediu, pediu, pediu, o Montoro liberou uma ponte. Aí depois de pronta a ponte, descobriram que era em Minas Gerais. Deu uma confusão. Então nós não podemos entrar no Estado do Rio, mas nós vamos cobrar do governador Sérgio Cabral, porque agora só falta o trecho da serra para poder…

Locutor não identificado: Eu só estou pedindo o trecho de São Paulo, viu, governador.

Geraldo Alckmin: É, isso aí. Falta, e a outra nós chegaremos lá. Nosso time, nós somos do tempo do Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe, não é? Saudações santistas aí. Depois queria trazer uma palavra, a irmã da Santa Casa está aí? Como é que é o nome dela?

Locutor não identificado: Irmã Elenice.

Geraldo Alckmin: Irmão Elenice. A irmã Elenice, quando eu estava chegando aqui, fez o pedido de um gerador para a Santa Casa. Então está autorizado, irmã, o gerador para a Santa Casa, viu? Eu, quando era prefeito em Pinda, não tinha gerador, a Santa Casa de Pindamonhangaba, e me lembro no dia que nós estávamos fazendo uma cirurgia de hérnia, uma hérnia, Rafinha, direita, eu fazia a anestesia e acabou a energia e aí terminamos a cirurgia com lanterna e com laringoscópio, que tem pilha. Então, ficamos ali, terminando de operar com lanterna e laringoscópio. Realmente o gerador é super importante, está autorizado. A senhora assina o convênio com a Secretaria de Saúde e vai ter o gerador aí na Santa Casa.

Também queria trazer uma palavrinha… queria trazer uma palavrinha na questão da segurança. Nós vamos ter, até o final deste ano… Cadê o comandante? Nós vamos ter, até o final deste ano, quatro mil policiais militares a mais. Não é que entra e sai, não, não é troca, é quatro mil policiais militares a mais – e grande parte desses policiais militares virão para o interior. Então nós vamos aumentar o efetivo da Polícia Militar aqui na região e, especialmente, nos municípios de divisa. Então Cunha, Bananal, Piqueti, Campos do Jordão, Queluz, tudo quanto é divisa do Estado que precisa ter o reforço da Segurança Pública. Nós vamos ter um policiamento maior.

A penúltima das dez, que o prefeito está nos arrumando um terreno e nós vamos fazer um programa habitacional aqui para Cunha, casas da CDHU. É só ele liberar o terreno. E finalmente, Cunha não é SABESP, correto? É serviço próprio da Prefeitura, então a SABESP não pode operar aqui, porque não tem a concessão. Mas nós vamos ajudar.

Nós temos um programa, eu criei quando eu fui governador outra vez, chama programa Água Limpa, que é só de tratamento de esgoto. Então Cunha tem rede, não é isso Felipe? Mas não tem estação. Aí, coleta o esgoto e vai para onde? Vai para o rio. Então nós vamos fazer aqui uma estação de tratamento de esgoto, para as cidades, todas as… Geralmente essas obras ficam emperradas. Ninguém vê, mas é uma obra super importante.

E, finalmente, eu tenho uma má notícia: acabou o dinheiro do Governo. Ficou todo em Cunha. Mas eu quero agradecer ao Felipe. Vocês têm um prefeito muito trabalhador, está sempre lá em São Paulo lutando, trabalhando, buscando recursos para a cidade. Agradecer aos vereadores, ao nosso vice-prefeito. Agradecer ao deputado Hélio Nishimoto, esse é um deputado honesto. Sério, realizador, está sempre defendendo a nossa região, que é o Vale do Paraíba. Agradecer aqui o doutor Saulo, que vai fazer uma grande obra aqui na SP… Rodovia Paulo Virgílio. Agradecer o coronel Gervásio. Nós assinamos a semana passada o convênio, R$ 147 mil para uma ponte, onde é que é a ponte? Parque Lavapés – assinamos R$ 147 mil… Parque Nova Cunha já está assinado o convênio. Agradecer o Márcio Aith, que estava elogiando a beleza aqui da Estância Climática de Cunha, cumprimentar aqui os nossos prefeitos todos, e deixar um abraço aqui para a população de Cunha.

Bom Carnaval, e bom trabalho!