Santana de Parnaíba tem turismo religioso e tradição no Carnaval

Cidade atrai turistas para os desfiles de blocos e para a procissão de Corpus Christi

sex, 04/03/2011 - 8h00 | Do Portal do Governo

Santana de Parnaíba, a 40 quilômetros da capital, tem um turismo de opostos. Ao mesmo tempo que atraí milhares de turistas para o seu tradicional Carnaval, festa pagã, acaba chamando visitantes também por seu lado religioso e seus famosos tapetes da procissão de Corpus Christi.

Além disso, sua arquitetura colonial no Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos 17 e 18, com destaque para a Igreja Matriz de Sant’Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo. A igreja recebeu esse nome por causa de Santa Anna – avó de Jesus Cristo -, que é padroeira da cidade e atraí muitos fiéis durante a festa em sua homenagem no dia 26 de julho.

Os tapetes de Corpus Christi, data celebrada anualmente na cidade, têm mais de um quilômetro de extensão. Ele é feito por moradores, que desenham imagens que aludem à celebração católica sobre o asfalto das ruas do município. A matéria-prima utilizada, e que causa curiosidade nos visitantes que observam as obras, é serragem tingida.

Em contrapartida, a festa de Carnaval na cidade se inicia na sexta-feira, dia da abertura oficial da folia com a Noite dos Fantasmas e o tradicional Bloco Grito da Noite (grupo folclórico de origem negra) e os famosos Cabeções, que representam a arte popular de Santana de Parnaíba. Os Cabeções tem uma história curiosa: conta-se que tudo começou a partir de um pesadelo de um morador  que deu origem à procissão de almas – bonecões de caveiras com capas, fantasmas e cabeções. Além desses, vários blocos carnavalescos agitam a cidade.

E há muitos outros atrativos para se ver. O Monumento aos Bandeirantes preserva a história da cidade, considerada o berço dos Bandeirantes. O Museu Casa do Anhanguera presta uma homenagem ao bandeirante nascido em Santana de Parnaíba. O casarão, em taipa de pilão, é tombado pelo IPHAN. O Coreto Maestro Bilo, construído em 1892, foi todo reformado na década de 60, conservando sua arquitetura original. É ali que, aos domingo, há apresentações de chorinho apreciadas pelos moradores da região.

Do Portal do Governo do Estado