Alckmin discursa no anúncio de reajuste na bolsa para médicos residentes

Geraldo Alckmin: Muito bom dia a todas e a todos. Quero saudar o doutor José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira, e dizer que é uma honra […]

ter, 01/03/2011 - 19h49 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Muito bom dia a todas e a todos. Quero saudar o doutor José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira, e dizer que é uma honra para todos nós, médicos brasileiros, ter um presidente da AMB presidente da Associação Médica Mundial, que mostra o prestígio da medicina brasileira, sua respeitabilidade no concerto da medicina mundial.

Quero saudar o professor Giovanni Guido Cerri, secretário do Estado da Saúde; professora Linamara Rizzo Battistella, secretária de Estado do Direito da Pessoa com Deficiência; doutor Edmund Baracat, diretor científico da Associação Médica Brasileira, em nome de quem cumprimento toda a diretoria aqui da AMB; doutor Aldemir Soares, secretário-geral da Associação Médica Brasileira; representantes das sociedades de especialidades médicas; colegas; profissionais da saúde; amigas e amigos.
Uma alegria, José Luiz, vir aqui à AMB como médico e como cidadão, pela conquista que a AMB…do respeito que ela tem no país, pelos serviços prestados à saúde brasileira e à cidadania de nosso país. E essa alegria é ainda maior, enquanto nós estamos aqui para autorizar o aumento do valor da bolsa oferecida aos nossos residentes, que passa de R$ 1.916 para R$ 2.338 e retroativa a 1º de janeiro.

E, de outro lado, o aumento do número de bolsas de residentes, nós passamos de 4.848 para 5.051 bolsas: 203 bolsas a mais. Isso tem uma grande importância para a população. Nós tivemos um aumento indiscriminado de escolas de medicina no Brasil inteiro, e não tivemos um aumento da residência médica, o que é motivo de enorme preocupação. Porque é preciso complementar a formação médica com a residência, que agora é de três anos! Quando eu fiz, ainda eram dois anos, agora são três anos de residência médica para termos uma medicina de qualidade, para oferecermos segurança aos nossos pacientes, e para fazermos um atendimento de qualidade como deve ser feito.

Aliás, me alegra muito que o Governo à medida que amplia a assistência a população, ele também amplia o ensino! Por exemplo, na Rede Lucy Montoro se ampliou a assistência médica de fisiatria, fisioterapia, todos os profissionais, uma visão multiprofissional e ao mesmo tempo em que amplia a assistência médica, amplia também o ensino médico. Então uma grande alegria de participar, aqui, na casa do médico… Na Casa da Saúde Brasileira, que é a AMB, nós assinarmos ambos os decretos, o que aumenta o salário da bolsa… O valor da bolsa para o residente, e especialmente o número de residentes. Nós temos praticamente 1/4 da residência médica brasileira, aqui no Estado de São Paulo e as mais disputadas. As mais disputadas. E vi aqui, até aqui a minha especialidade está. Aqui, acupuntura! Só que achei muito pouco, só três vagas, mas vamos reserva de mercado aí.

Mas temos aqui, 51 especialidades, residência em: acupuntura, alergia, a anestesiologia, olha! Anestesiologia 298 vagas, câncer, Oncologia, cancerologia cirúrgica, clinica, pediátrica, cardiologia, cardiologia ecografia… Ecocardiografia, cirurgia cardiovascular, cirurgia da mão, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia da cabeça e pescoço, cirurgia geral, cirurgia geral R3, cirurgia geral programa avançado, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia vascular, enfim, 51 especialidades.

Isso me faz lembrar quando eu fui fazer a minha especialidade, lá no Hospital do Servidor e havia, Giovanni, um mineirinho, colega nosso de Minas que fazia conosco lá anestesia. E no primeiro plantão, então ele perguntava ao professor, todos nós já médicos, no primeiro plantão, professor, na primeira cirurgia, e se cai à pressão? Você pegue Veritol dilua em 10, injete lentamente. Professor, e se tiver uma, não é, uma queda de frequência cardíaca? Você atropiniza, você passa atropina. Professor, e se tiver isso? E se tiver aquilo? Ele foi falando, quando chegou à vigésima pergunta, ele já estava meio cheio, já! Professor, se acontecer isso? Aí, você chama o médico, não é?

A residência médica, ela é de uma importância, uma importância fundamental, não só para quem faz, mas para a saúde da nossa população. Então uma grande alegria, aliás, esses dias têm sido os dias da saúde. Ontem, nós estivemos na Franca com o professor Giovanni entregando mais um ambulatório médico de especialidades, 23 especialidades, trabalho belíssimo lá na Franca, um grande equipamento, com contrato de gestão com a Santa Casa de Misericórdia da Franca; na sexta-feira acho que vamos a Santos, não é isso? Onde estamos fazendo um trabalho de regionalização, para melhorar a eficiência do atendimento à população, e no sábado de carnaval eu vou fazer uma visita surpresa, que agora não é surpresa mais, à Santa Casa de Lins, mas vou lá verificar, porque eu acho que é uma das Santas Casas que hoje enfrenta mais dificuldade.

E temos uma luta em comum, que é melhorar o financiamento da saúde. E São Paulo melhorar o teto, porque nós estamos com quase R$ 100 milhões por mês abaixo do teto. Quer dizer, o pagamento do SUS é pouquinho, não é? Mas São Paulo está com R$ 1,1 bilhão por ano que não consegue pôr no SUS. Os AMEs por exemplo, estão todos eles fora do SUS, porque não tem teto. E nós atendemos aqui o Brasil inteiro, a alta complexidade, câncer, transplante de órgãos, politraumatizados, doenças degenerativas, grandes cirurgias… atendemos aqui em São Paulo.

Mas quero dizer da alegria de vir aqui à nossa Casa para poder comemorarmos juntos aí duas grandes conquistas: uma, que é uma remuneração melhor da bolsa para os nossos residentes, e a outra a ampliação do número de residência médica no Estado de São Paulo quando nós iremos então para 5.051 residentes nas 51 especialidades do Estado de São Paulo.

Grande abraço a todos.