Alckmin discursa em entrega do condomínio Vila Dignidade em Itapeva

Geraldo Alckmin: Bom dia, bom dia a todas e a todos. Prefeito anfitrião, Luiz Cavani; a Sônia Cavani, presidente do Fundo Social de Solidariedade; o vice-prefeito, Ulisses Tassinari, e deputado […]

dom, 13/02/2011 - 19h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom dia, bom dia a todas e a todos. Prefeito anfitrião, Luiz Cavani; a Sônia Cavani, presidente do Fundo Social de Solidariedade; o vice-prefeito, Ulisses Tassinari, e deputado estadual eleito. O Ulisses vai ter muito trabalho aqui em benefício da região. Parabéns pela sua eleição. O presidente da Câmara, Paulo de La Rua. Também quero cumprimentar todos os vereadores e vereadoras de Itapeva e da região. Deputado federal Milton Monti, que representa o nosso estado e Itapeva no Congresso Nacional, deputado estadual Edmir Chedid está aqui conosco. Estamos indo também daqui para Itararé – e quero cumprimentar aqui o Edmir Chedid pelo seu trabalho na Assembleia Legislativa de São Paulo. Deputado Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Estado de Desenvolvimento Social; Marcos Penido, secretário-adjunto da Habitação. Prefeitos aqui presentes, prefeita de Taquari, sobe aqui. Prefeito de Barra do Chapéu. Cadê o Eduardo? Ali, Eduardo. Prefeito de Coronel Macedo, José Carlos Tonon. Está aqui nosso prefeito de Coronel Macedo. De Itapetininga, Roberto Ramalho, está aqui atrás. De Buri, o Cláudio Romualdo. Cadê o Cláudio, está lá? O de Apiaí, doutor Emilson está aqui atrás. Nosso grande cirurgião. De Guapiara, o Flávio de Lima está também aqui atrás. De Boituva, a Assunta. Cadê a Assunta? Ah, está lá nossa prefeita. Vem aqui com a gente. Prefeita de Boituva, a Assunta. Prefeito de Itararé, Luiz Cesar. Daqui nós estamos indo para Itararé. De Piraju está lá Chico Pipoca, nosso Francisco Rodrigues. Tapiraí, o Alvino Guilherme está aqui também. Itapirapuã Paulista, o Luiz Gonzaga está aqui. De Bom Sucesso do Itararé, Dirceu Pacheco. Está aqui o Dirceu. Capão Bonito, Júlio Fernando Galvão. Júlio está aqui. De Araçariguama, o Roque. Cadê o Roque? Eu já vi o Roque aí. Está aqui o Roque. Taquarituba, doutor Miderson. Uma alegria, doutor Miderson. Nova Campina, o Eliel está aqui atrás. E vi que chegou o prefeito de Avaré, o Barcheti. Sobe aqui, prefeito Barcheti. E o prefeito aqui na ponta esquerda, o Jair, de Taguaí. Todos falamos muito bem de você Barcheti. Professora Laura Laganá. Cadê a Laura? Dá um passinho para frente. A Laura dirige o Centro Paula Souza.

Então nós temos aqui em Itapeva uma beleza de Etec. A Etec aqui de Itapeva, Cavani, está sendo reformada. Novos laboratórios, salas de aula, vai ser coberta a quadra poliesportiva. É uma das boas Etecs que nós temos. E daqui nós estamos indo para Itararé, onde o Cesar nos cedeu o prédio e, se você quiser mais uma ala de salas de aula, nós instalaremos também o Ensino Médio na Etec de Itararé. Maria Teresa Prestes, diretora da Drads. Pastor Wesley, quero agradecer o livro que ganhei. Pastor da Igreja Presbiteriana. Os nossos moradores da Vila Dignidade, equipe da CDHU, secretários municipais, amigas e amigos.

Uma palavra breve. É uma alegria estar aqui em Itapeva, voltar aqui a essa cidade tão acolhedora e entregar aqui uma obra tão bonita como essa. A gente sempre aprendeu que o Brasil é um país jovem. Não é isso? O Brasil é um país jovem. O Brasil hoje é um país maduro e no futuro o Brasil vai ser um país idoso. Essa é uma tendência mundial. Então o Brasil vive um momento muito especial já de uns anos para cá e ainda vai ter uns bons anos. É o que a gente chama de bônus demográfico, ou janela de oportunidades. Ou seja, é o momento do país onde nós temos a maior população economicamente ativa. Ainda não está todo mundo idoso e nem tem tanta criança. O chamado bônus demográfico. Por isso que o Brasil manda bala, né? É o melhor momento. Antigamente, a fecundidade no Brasil era 5,8 por mulher. Cada mulher tinha, em média, 5,8 filhos. Hoje tem 1,8. Baixou de 6 para 1,8. Abaixo de 1,5, a população diminui, o que está acontecendo na Europa. Os países europeus estão diminuindo de população, vão ficar países idosos. O Brasil não tem mais tanta criança e também não tem tanto idoso, então ele está no bônus demográfico, ou janela de oportunidade. É o momento de maior população economicamente ativa, isso dá um impulso tremendo. Nós temos que nos prepararmos em termos de políticas públicas para sermos um país idoso, o que é muito bom porque a gente pode viver mais e com qualidade de vida.

Aliás, é interessante. Uma vez participei de um congresso de medicina na área de gerontologia e a pergunta era “quem é idoso?”. Quem é idoso? A partir de que idade? Quem é idoso? Então, a resposta foi o seguinte: idoso é aquele que tem pelo menos dez anos a mais do que nós. Então, para quem tem 20, que passou dos 30 é coroinha. Quando você chega nos 50, é quem tem mais de 60. Quando você chegar no 60, é quem tem mais de 70. Quando chegar nos 70, é quem tem mais de 80. Ninguém se sente idoso. Você tem limitações. Uma coisa é envelhecimento, é normal. Não é doença. Doença é desequilíbrio. A pessoa pode ter 40 anos e estar doente. Porque a capacidade de problemas, de adversidades, superou sua capacidade de resistência. Por que um tem diabetes, tem hepatite, e outro não tem? Por que um infarta e outro não infarta? Por que um tem câncer e o outro não tem? Porque desequilibrou. E é aí a importância, Cavani e para todos os prefeitos, de nós promovermos saúde, saúde, saúde e não só cuidar de quem está doente. Promover saúde, programas de nutrição, programas de ginástica. Saúde começa pelos pés. Quem não faz ginástica não tem saúde. Precisa mexer o corpo. Caminhada, caminhada, alongamento, ginástica. Bons hábitos. A maior parte das doenças nós contraímos por maus hábitos. Não é fácil ficar doente, é difícil. O sujeito come errado 20, 30 anos e não fica doente. Bebe há 20 anos e não fica doente. Fuma… é difícil ficar doente. Jovem então, quase impossível. Moço sara sozinho. Então o fato é o seguinte: precisamos cuidar de saúde. Bons hábitos vão melhorar a saúde. E ter políticas públicas para os idosos. Essa Vila Dignidade é um bom projeto. Começou no governo Serra e nós vamos dar continuidade. E acho até, Penido, que nós podemos fazer com a mesma estrutura um pouquinho mais unidades para ter mais famílias. Então, é um projeto completo que a gente tem a moradia, tem o centro de entretenimento, de lazer, tem televisão, sala de baile, de Acessa São Paulo, internet. Quer dizer, as pessoas que ficam com mais idade, mais experientes, não querem ficar sem fazer nada. Elas querem atividade, querem lazer, querem lazer, querem entretenimento, querem sair. Então é uma grande alegria entregar mos essa grande obra aqui em Itapeva. E vamos fazer mais 212 casas da CDHU junto com o Cavani. Passo o dinheiro para a Prefeitura e entregar rapidinho. Quanto tempo você acha que entrega as obras tendo o recurso?

Luiz Cavani, prefeito de Itapeva: Um ano.

Geraldo Alckmin: Então daqui um ano… olha, palavra de engenheiro hein. Vamos ver se esse diploma da Poli está em ordem, né. Então nós estamos em fevereiro, viu Penido. Nós estamos em fevereiro. Fevereiro de 2011 põe o café no bule e nós vamos inaugurar 212 casas. E 110 por nossa conta. Aí nós vamos fazer no modelo novo que a gente vai fazer mais unidades. E queria lançar aqui um desafio para os prefeitos: existe o programa que é um espetáculo que chama Lote Urbanizado. Arruma um terreno que nós vamos dar o dinheiro para fazer tudo: água, esgoto, galeria, asfalto, luz, tudo pronto. E os lotes já divididinhos e o dinheiro para o material de construção. Todo mundo faz casa, é só ter o terreno e o material de construção e a Prefeitura dá assistência técnica e nós pagamos a assistência técnica e já o projeto para cada um. Programa Lote Urbanizado, nós podemos fazer muito rápido. As famílias se viram lá, fazem a sua casinha e a gente financia tudo. Então, quem quiser fazer o lote urbanizado já procura lá, Penido, o Silvio Torres, lá na Secretaria de Habitação e na CDHU.

O Paulinho Barbosa está aqui? Quantas famílias nós temos abaixo da linha da pobreza em São Paulo? 350 mil famílias. 1 milhão e 200 mil pessoas. Não é possível o estado mais forte da federação, o estado pujante como é São Paulo, tem tamanho de país, como a Argentina, ainda ter 350 mil famílias – não é pobre – abaixo da linha da pobreza. Nós temos que erradicar. Nós temos que ser o primeiro estado brasileiro a dizer: abaixo da linha da pobreza não vai ter aqui em São Paulo. Então cada prefeito, cada município aqui vai nos ajudar. Quantas pessoas tem abaixo da linha da pobreza em Taquarituba? Em Itapeva, Bori, Itaguari, Avare? Cidade por cidade e nós vamos lá trabalhar para erradicar. Então procurem o Paulo Barbosa, a Drads (Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social) aqui da região. Nós podemos até começar, Cavani, por essa região. Ser a primeira região do estado a eliminar. Vamos dar um grande destaque a essa questão de natureza social.

Mas como eu sei que todo mundo gosta de um asfaltinho, não é isso? Então vai ser asfaltado aqui até o aeroporto, que é a primeira etapa do asfalto até Caputeba, o bairro de Caputeba. E SP com buraco não é permitido no estado de São Paulo. Tem que ser também erradicado. Então as SPs que tiverem com problema, nos mandarem imediatamente, inclusive para mandar a foto. Tira uma foto lá e já passa por internet para ganhar tempo. Manda um e-mail e passa lá pela internet. Vamos recuperar a malha rodoviária do estado, até porque grande parte de morte é acidente de automóvel. Então para dar mais segurança. Em seguida, recuperação das vicinais e depois novas estradas, que essa é uma região de agricultura muito forte e de municípios muito extensos. Quase são os maiores municípios do estado de São Paulo em extensão territorial? Os três primeiros são com a letra “i”. O maior município do estado, quase 2 mil km² é Iguape. O segundo é Itapeva. O terceiro é Itapetininga. Dois aqui na região. Buri também é muito grande. O quarto é Eldorado. Mas se pegar os 20 maiores do estado tem 10 aqui na região. Então são grandes municípios, municípios agrícolas muito fortes. Aliás, queria dizer que é uma alegria estar aqui conosco o Frederico Dávila, que é aqui da região, de Buri. Está aqui conosco também a delegada Rose. Cadê a Rose? A delegada representa a casa Civil. E trazer uma palavra também sobre a questão educacional.

Nós vamos fazer um programa chamado Via Rápida para o Emprego. Cursos de 80h, 100h, 200h. o desemprego está muito ligado a baixa escolaridade, então quem tem mais chance de ficar desempregado? Quem tem escolaridade menor. Então precisamos melhorar a escolaridade. Então vamos fazer cursos de 80, 100 horas , 200 horas e já convidar para fazer o EJA, a Escola de Jvens e Adultos. Olha, você que não tirou diploma da 9ª série venha fazer o Via Rápida e já o EJA junto, é o EJA profissionalizante. Você que não tirou diploma de Ensino Médio, volte a estudar, faça conosco a Escola de Jovens e Adultos e já faz junto o Via Rápida. E o pessoal que tem Ensino Médio nós vamos fazer o ano que vem a Escola de Tempo Integral. O aluno que entrar na nossa Etec já faz os três anos em tempo integral. A Etec e o Ensino Médio. Ele não entra no Ensino Médio para depois fazer o vestibulinho para a Etec, ele já entra numa escola de tempo integral. A gente pode também, o Barcheti disse que não sabe o que é, mas ele já quer também, né? E, finalmente, eu tenho um compromisso com o Cavani que é expandir aqui a Unesp. Nós trouxemos a Unesp para cá e tem uma engenharia, que é a engenharia industrial madeireira. Então nós vamos ampliar o campus da Unesp aqui também na região, o que vai beneficiar os jovens, oportunidades para toda a região de Itapeva.

Mas quero deixar um grande abraço e cumprimentar as famílias e as pessoas que vão vir para suas casas. A casa é de vocês, sejam muito felizes! Vão ter aqui uma atenção muito grande da prefeitura e das equipes do Estado. E, como disse nosso deputado, o Paulinho Barbosa, duas boas notícias. Nós vamos viver agora… no Brasil a gente vivia 43 anos. Expectativa de vida média ao nascer em 1940. Morria muita criança, mortalidade infantil era 140. Hoje no Brasil é 24. São Paulo é 12. E não tinha antibiótico. As pessoas morriam de moléstia infectocontagiosa: tuberculose, tétano, gripe. A gripe espanhola matou 300 mil brasileiros em 1918, inclusive o presidente da República, Rodrigues Alves. O antibiótico, a descoberta de Fleming, a penicilina, mudou. O que não aconteceu em mil anos aconteceu nos últimos 60 anos. As pessoas não morrem mais de moléstia infectocontagiosa. Então, a expectativa de vida passou de 43 para 74. São Paulo, 75. Se passar dos 30 anos, 80. Porque sai da vulnerabilidade juvenil. E agora nós vamos para mais de 100. Um dia desses ouvi do Roberto Rodrigues “eu estarei lá”, o ex-ministro da Agricultura. “Eu estarei La”, cem anos. E perguntou “sabe do que vou morrer? Um entrevero, com um jovem ciumento”.

Um abraço a todos!