Alckmin discursa em aula inaugural do Centenário do Colégio Dante Alighieri

Geraldo Alckmin: Quero cumprimentar o nosso senador, ex-aluno aqui do Dante Alighieri, senador eleito por São Paulo, tomará posse dia primeiro, o Aloysio Nunes Ferreira Filho, representando o nosso Estado; […]

qua, 26/01/2011 - 20h33 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Quero cumprimentar o nosso senador, ex-aluno aqui do Dante Alighieri, senador eleito por São Paulo, tomará posse dia primeiro, o Aloysio Nunes Ferreira Filho, representando o nosso Estado; cumprimentar o presidente do Colégio Dante Alighieri, o senhor José de Oliveira Messina; cumprimentar o diretor-geral pedagógico, o senhor Lauro Spaggiari; cumprimentar o nosso cônsul, que era da Itália em São Paulo, o Marco Leoni, representando o cônsul-geral; saudar os professores, diretores, os conselheiros, alunos. E agradecer o convite, fiquei muito feliz quando recebi o convite, porque queria conhecer melhor o colégio Dante Alighieri. Quem passa aqui em frente, sempre admira a beleza aqui do Colégio, a sua fama do colégio de ponta. Se existe orgulho justo, um desses orgulhos justos em São Paulo é o Dante Alighieri. Quando a gente vê aqueles ônibus caprichadíssimos. Fiquei muito feliz Messina, muito obrigado pelo convite, estou muito honrado por participar aqui do primeiro dia letivo. Hoje começam as aulas. É o primeiro dia, e do centenário.

Não é fácil uma instituição chegar a 100 anos com a vitalidade, a credibilidade. Eu diria que das boas heranças italianas, certamente essa é das mais relevantes. Quintino Matarazzo dizia que o Brasil é filho de Portugal, mas que São Paulo é filho da Itália. Que, há um século atrás, 25%, pouco mais de um século, final do século 19, 25% da população de São Paulo era de estrangeiros. Aliás, essa é a marca de São Paulo, uma terra cosmopolita, gente do mundo inteiro veio para cá. Terra sem preconceito, sem discriminação, onde sempre todos participam, e entre os estrangeiros a comunidade italiana deu uma enorme contribuição ao desenvolvimento na indústria, nas artes, na cultura, na educação. E um desses bons frutos é o Dante Alighieri. Então, eu trago aqui os parabéns, os nossos cumprimentos, e alegria de poder trazer uma palavra telegráfica aqui sobre o nosso Estado de São Paulo aos jovens, aos alunos aqui do Dante Alighieri.

Eu separei para não cansá-los, para ser bem breve, um ponto de cada item talvez seja o mais relevante. Na questão educacional, nós temos o Ensino Infantil, que é de responsabilidade das Prefeituras. Vai de zero até cinco anos de idade. Depois começa o Ensino Fundamental que vai de seis a 14 e agora passou de oito para nove anos o Ensino Fundamental, grande parte dele do Ensino Público municipalizado, que são as Prefeituras Municipais, mas o Estado tem também uma rede importante de escolas públicas do Ensino Fundamental. Depois o Ensino Médio, que aí quase 100% do Ensino Público é estadual, essa é uma responsabilidade do Estado. Depois o Ensino Técnico e Tecnológico que é o que eu separei para dar uma palavrinha para vocês que é aquele curso técnico de um ano e meio, que pode fazer junto com o médio, o aluno do segundo ano do Ensino Médio, ou do terceiro do Ensino Médio faz junto, ou ele faz pós-médio, é a ETEC, e ele tem o diploma de técnico, alta empregabilidade.

E depois o superior, o terceiro grau que nós temos as FATECs, as Faculdades de Tecnologia, depois do Ensino Médio, curso de três anos e temos as Universidades Paulistas: a UNESP, a UNICAMP e a USP, as três universidades paulistas. E temos ainda as faculdades isoladas, muito famosas, como a de Rio Preto, terra do senador Aloysio Nunes, a FAMERP, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, uma das melhores instituições, mais bem avaliadas, ou a FAMEMA, a Faculdade de Medicina de Marília, que é também faculdade isolada. Tínhamos três, a FAENQUIL, Pólo de Engenharia das engenharias, especialmente química, em Lorena, que passamos para USP. Então ela hoje, está dentro da Universidade de São Paulo. Além da pós-graduação e a pesquisa através da FAPESP. São Paulo é um dos poucos Estados que investem 1% do ICMS em pesquisa e inovação tecnológica.

Eu vou passar para o… só para dar um dado para vocês, sobre a questão do Ensino Técnico. Nós temos aqui… oi, perdão, acho que mexeram onde não deviam. Como é que volta? Mas aproveito para dizer que é uma grande alegria estar aqui com os alunos. Vocês são de que ano? Terceiro do Médio… então já estão no fim do ano e já tem vestibular, terceiro ano do ensino médio. Eu dava aula no cursinho, Messina, de Química Orgânica, química do carbono. Isso é melhor do que ir com a namorada na praia. Quando eu dava aula no cursinho, fazia medicina, naquele tempo a prova era escrita e teve uma pergunta no vestibular e o Jornal da Tarde publicou os absurdos dos vestibulares. Então, a pergunta era: onde ficam as ilhotas de Langerhans? Essa era a pergunta. O pâncreas é uma glândula anfítrena, “anfi” quer dizer duas, em duas funções, uma função exócrina, “exo”, para fora, que produz as enzimas pancreáticas que são lançadas no tubo digestivo e fazem a digestão dos alimentos. E tem uma outra parte do pâncreas chamada endócrina. “Endo”, para dentro, que produz o hormônio chamado insulina, que é lançado diretamente no sangue, que caracteriza hormônio que é lançado na corrente sanguínea. Essas células pancreáticas, produtoras do hormônio insulina, que fazem no sangue o açúcar entrar na célula, e a falta desse hormônio aumenta muito o açúcar no sangue e leva à Diabete Mellitus, essas células pancreáticas, produtoras da insulina no pâncreas se chamam ilhotas de Langerhans. E o aluno, então, não teve dúvida: onde ficam as ilhotas de Langerhans? “No Oceano Pacífico”.

Aqui dá para a gente ver, nós temos 191 escolas técnicas, ETECs, aquela de um ano e meio, formando técnicos, que podem ter o diploma de técnico e depois fazer a universidade, ir para a faculdade. É a maior rede da América Latina de ensino técnico e tecnológico. 156 urbanas e 35 agrícolas, inclusive de tempo integral, porque o aluno mora na fazenda. Ele mora lá, tem hospedaria, tem todas as instalações e ele faz lá o ensino agrícola e, geralmente, essas escolas são juntas com o ensino médio. Então, ele sai com os dois diplomas: o diploma do ensino médio e diploma do técnico. E as FATECs, que são as faculdades formam tecnólogo, nível superior mais curto, de três anos, então tem uma rede de escolas de faculdades de tecnologia. Aqui nós temos 149 mil alunos no Ensino Técnico, 46 mil nas Faculdades de Tecnologia, quase 50 mil no Ensino Médio dentro das ETECs, para ele poder fazer os dois cursos. E ainda formação inicial continuada e pós-graduação, total de 272 mil alunos nos chamados Centro Paula Souza, a Fundação Paula Souza, que é uma grande rede de Ensino Técnico e Tecnológico. Qual é a importância disso? Por que eu separei esse tema? Porque às vezes há um descasamento entre a formação profissional e o mercado de trabalho, às vezes o aluno está estudando para fazer uma coisa que não tem emprego, e de outro lado, tem muita vaga no mercado aberta e não é preenchida por falta de qualificação. Então poderia ter duas placas assim, uma assim: faltam empregos. Ontem nós fomos ao Aniversário de São Paulo, teve várias cerimônias e solenidades e a gente volta com o bolso cheio de bilhete, carta, recado, “minha mãe pediu para dar esse bilhete”, “meu filho pediu para lhe entregar”, enfim. Aí você vai ler, de 10, nove é pedido de emprego. “Meu marido está desempregado”, “minha filha está desempregada”, “meu filho está desempregado” e de outro lado, a placa seria: sobram vagas. Vagas não são preenchidas por falta de qualificação. E é muito rápido o mundo moderno. Profissão desaparece, vamos dar um exemplo. São Paulo que é a maior canavial do mundo. Nós somos o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, o Estado de São Paulo. O cortador de cana, só nas novelas, porque para cortar cana precisa queimar cana, se não, não dá para cortar no facão. Pega uma urutu, uma cobra, então você queima e vem o cortador de cana. Isso vai desaparecer em três anos, hoje já está 60% mecanizado, porque não pode mais queimar em razão da poluição, do mal que faz para a saúde e das mudanças climáticas. Então acabou a profissão de cortador de cana, só máquina, tudo mecanizado. Aí surgiu uma FATEC nova lá em Pompéia em parceira com a Fundação Shunji Nishimura , japonês, seo velho Nishimura, que criou a fábrica a jato, e o curso novo chamado tecnólogo em mecânica de agricultura de precisão. Tecnólogo em mecânica, de agricultura de precisão. O que é agricultura de precisão? É uma disciplina nova onde o solo que tem nutrientes, nitrogênio, fósforo, potássio… são caríssimos, porque são jazidas que vão se exaurir, você não pode perder. Você tem que ter análise de solo praticamente palmo a palmo, tudo em software, tudo informatizado. A máquina já vai corrigir, vai fazendo análise de solo e corrigindo o solo. Sem faltar nutrientes e sem desperdiçar nutrientes, agricultura de precisão. Imaginem as máquinas, a sofisticação que tem. Então, tecnólogo em mecânica de agricultura de precisão. Isso é uma FATEC nova, só tem em Oklahoma, nos Estados Unidos, e foi feita aqui em São Paulo. Profissão nova, desapareceu o cortador de cana, tem o tecnólogo em mecânica de agricultura de precisão.

É muito dinâmico o mercado de trabalho. O que é importante aqui? Primeiro, 79% dos nossos alunos das ETECs são oriundos de escola pública, famílias de menor renda; 73% também das FATECs, e afro-descendentes 28 e 24, sem cota. São Paulo tem ações afirmativas, mas não tem cota, meritocracia, tem que fazer prova. Qual é a ação afirmativa? Uns pontos a mais na prova, então desempata. Do desempate o aluno de escola pública e os afro-descendentes têm um pontinho a mais. Mas, não existe cota em São Paulo. Aqui mostra a renda familiar. Olha como é importante sob o ponto de vista social: 28% dos nossos alunos, a renda da família é de um a dois salários mínimos, até dois salários mínimos. E 50%, de três a cinco salários mínimos. Ou seja, quase 80% dos nossos alunos, a família ganha menos de cinco salários mínimos. Tem uma forte inclusão social. Aqui a faixa etária, pega alunos bastante jovens, até 17 anos é metade praticamente dos alunos na ETEC. E aqui, o que eu falei: empregabilidade, 93% dos alunos das FATECs estão empregados no primeiro ano. No primeiro ano da formatura, porque você cria um curso em Santo André, de tecnólogo em autotrônica, é eletrônica de automóveis, está tudo embarcado hoje. Então eletrônica de automóvel, autotrônica, 93% já saem empregados.

Sorocaba grande pólo metal mecânico, os nossos tecnólogos em metalurgia mecânica, já no primeiro ano já estão contratados, impressionante. E nas ETECs, 74%. Então, isso tem uma grande importância, esse é o ponto de vista de fazer um casamento entre a formação profissional e o mercado de trabalho, seja no nível técnico, médio, seja no nível tecnólogo, de terceiro grau, superior. Impulsos mais rápidos. Não precisa estudar 10 anos. Aqui é um ano e meio e aqui é de três anos. Aqui mostrando a remuneração média pelo salário mínimo. Olha, 3,5 de remuneração média, 3,6; os cursos de maior empregabilidade na ETEC: Eletrotécnica, Segurança do Trabalho, Açúcar e Álcool, Mecânica, Enfermagem, Edificações. Aqui as FATECs, tem uma parte aqui tem 10 salários de média, o salário sobe bastante. Informática, grande procura de tecnólogo, Soldagem, Processos de Produção, Edifício, Processamento de Dados, Manutenção de Aparelhos Hospitalares, enfim, aqui os 10 cursos que mais empregam. Aqui a localização das escolas, vejam que nós temos escolas praticamente no Estado inteirinho, desde aqui o litoral, até às barrancas do Rio Paraná, divisa com Mato Grosso do Sul, desde aqui o Rio Grande, divisa aqui com Minas Gerais, até o Paranapanema, divisa com o Paraná.

Aqui, separei para vocês um tópico sobre saúde, que mostram… Se a gente perguntasse: no Brasil, a saúde vai bem ou vai mal? O que vocês acham? Vai mal? Vai bem? Os dois acertaram. Vai bem e vai mal. Os indicadores, todos melhoraram e o atendimento deixa a desejar. Então vai bem, no sentido de que está melhorando, vai mal no sentido de que o atendimento deixa a desejar. Aquele Brasil rural, 1935, há 70 anos atrás, a mortalidade infantil no Brasil era 160. Qual o conceito de mortalidade infantil? De cada mil nascidos vivos, os que morrem no primeiro ano. Então, quando eu digo 160 mortalidade infantil, de mil nascidos vivos, 160 morreram no primeiro ano. Era comum uma mamãe dizer: “Tive cinco filhos, morreram dois”, “Tive sete filhos, morreram três”. Morria muita criança, isso é sinônimo de pobreza. Se pegar o… Tem um deputado federal, o Willian Woo, que a mulher dele é coreana, eu não sei se é verdade ou é se para ganhar voto, mas ele disse que o pai é japonês, a mãe é chinesa e a mulher é coreana e ele judeu. Então, Willian Woo não pode ser judeu. Mas ele me convidou para o aniversário do filho dele, aí fui lá, cheguei lá… E quantos anos faz o seu filho? 90 dias. Mas aniversário de 90 dias? Na Coreia antiga que era muito pobre, quando completava 90 dias, se comemorava, sobreviveu. Porque se morria nos primeiros 90 dias. Tétano umbilical, mal de sete dias. Então a mortalidade infantil era altíssima, hoje ainda é alta, mas está caindo. Vinte e seis no Brasil. Quanto é São Paulo, mortalidade infantil? 12.

Então aqui mostra a expectativa de vida. De um lado caiu a mortalidade infantil, do outro lado sobe a expectativa de vida média. Então o Brasil de 1930, aquele lá, era 43 anos de idade, a expectativa de vida média. Hoje o Brasil já está mais de? 70, média. 73; 74. Quem passa dos 30, sai da vulnerabilidade juvenil, porque morre muito jovem. Sexta à noite, sábado à noite, fim de semana nas grandes cidades brasileiras. Não de doença, mas de acidente. Carro, moto, drogas, tiro, violência. Então passou dos 30 vai para mais de 80. E está subindo, olha a curva… Quem vive mais, homem ou mulher?

LOCUTORES NÃO IDENTIFICADOS: Mulher.

GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN: Por que? Como? Eu ouvi uma resposta machista. Por que as mulheres vivem mais? Elas vivem em média cinco anos a mais do que nós. Bom, do que se morre? Primeira causa/morte: coração e grandes vasos. Quem tem mais enfarte, homem ou mulher? Homem. Os hormônios femininos estrógeno e progesterona protegem o sistema cardiovascular. Depois da menopausa, diminui, mas continua ainda a proteção por um longo tempo. Segunda causa é? Coração.

Primeiro. Segunda causa, câncer, aí é igual só varia o órgão. Do homem a primeira é próstata, segunda pulmão, se for fumante. Se não for fumante é tubo digestivo. Um dia desses, Messina, eu fui tomar um cafezinho no centro da cidade, na Sete de Abril, e fui pagar o café. Aí cheguei no caixa e tinha uma mocinha, um monte de maço de cigarro, ela atrás ali no caixa. Aí eu olhei o primeiro maço de cigarros tinha uma cinza caindo, e dizia: cigarro dá impotência. Aí eu olhei o do lado, tinha uma caveira, cigarro mata. Aí eu falei para a mocinha: o pessoal lê isso aqui, e compra o cigarro? Ela: “ah, doutor, compra!” Agora todos querem o que mata. Primeiro, próstata, segundo se for fumante, pulmão, se não for fumante, tubo digestivo. E tem pele, nós estamos em um país tropical. É que a maioria dos cânceres de pele são carcinoma, não são melanoma. E o carcinoma não da metástase, aquele pinta que você tira. Mas precisa ter cuidado, porque o melanoma é grave. Mulher, primeiro é mama, segundo é… você vê o que é a prevenção, o Papanicolau, primeiro câncer de mulher, se for de saúde pública é o útero, colo de útero, está hoje em quinto lugar. Primeiro é mama, segundo é de novo o pulmão se for fumante, se não for fumante é tubo digestivo, e o terceiro de novo pele. Pele até em alguns casos é o primeiro, mas é que o pessoal não conta muito os casos que não são metastásicos.

Esse padrão brasileiro é de país industrializado. Então isso vale para Europa, não tem tantas diferenças mais. Veja, a Itália e o Japão, já está bem mais de 80. Logo, logo a expectativa de vida média vai ser 90. 2050 vai ser (de) 100 anos, e as mulheres não morrerão mais. Taxa de fecundidade. Seis média. Média, número de filhos. Era comum ter sete filhos, oito, nove, dez, olha hoje, dois praticamente, 2,1. Então, despencou a taxa de… eu queria chamar atenção para uma coisa espetacular: nós estamos no melhor momento brasileiro. Por quê? Porque a taxa de fecundidade caiu e a expectativa subiu. Esse é o momento do ganho de renda. O auge da população economicamente ativa. O seu auge. O momento da população economicamente ativa. Expectativa de vida subiu, mas o Brasil ainda não é um país idoso. Ainda não é, é maduro. Vai ser um país idoso no futuro. E, de outro lado, caiu a fecundidade e mortalidade infantil e diminuiu a população mais jovem. Aqui, mostra o seguinte, guardem: saúde tem uma relação direta com dinheiro. Pobre tem menos saúde; rico tem mais saúde. Qual é a cidade mais rica do Brasil?

LOCUTORES NÃO IDENTIFICADOS: São Paulo.

GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN: O que é isso! Pobre. Brasília. Maior renda per capta do Brasil é Brasília. Olha aqui. Mortalidade infantil 8,9. As piores: 25. Porto Velho; Natal, Recife, Aracajú, Rio Branco, Norte e Nordeste. Há uma relação direta entre renda e saúde. Olha Brasília. Depois tem aqui Campo Grande, Goiânia, São Paulo é, ao lado de Florianópolis, a quarta, quinta capital. O Estado de São Paulo é o primeiro, junto com Santa Catarina. Os bolsões de pobreza estão nas regiões metropolitanas, periferia das grandes metrópoles, das regiões metropolitanas. O interior de São Paulo é como Brasília. No interior de São Paulo é sete, oito a mortalidade infantil. Um dígito é número europeu. Aqui a evolução das taxas de mortalidade. Olha como o Nordeste brasileiro melhorou. Você tinha, olha, 70 a mortalidade infantil no Nordeste. E olha como está chegando próximo. E o Sudeste, o Sul é o melhor. O Sul o melhor, o Nordeste, pior. Está tudo aproximando. O Sudeste agora é o primeiro, depois o Sul, depois o Centro-Oeste brasileiro. O Centro-Oeste está aproximando os seus índices sociais do Sul e do Sudeste. O Centro-Oeste brasileiro, economicamente e socialmente, se aproxima do Sul e do Sudeste. Aqui, mostrando claramente, olha: pobreza, falta de moradia, saneamento básico, saúde, higiene, educação. Então, Nordeste, índice alto; o Sudeste o Sul, os índices baixos e o Centro-Oeste chegando próximo aqui dos outros dois. Aqui, na década de 70, do que morriam os bebês? Doença infecciosa e parasitária, diarréia e desidratação. Tinha grandes diarréias e desidratava e morria geralmente de septicemia. Após a década de 90, as doenças perinatais e congênitas. Então mudou o perfil e a mortalidade infantil despencou. Aqui nós temos o Estado de São Paulo, era 24; 16; 15; 14; 14; 13; 12,4. A nossa meta é abaixo de 10, um digito que é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Os melhores índices, Barretos, a região de Barretos, uma região muito rica. Barretos é o maior produtor agrícola de São Paulo, Ribeirão Preto, as terras roxas lá de Ribeirão Preto, Campinas, a alta tecnologia, dinheiro. Quais as regiões mais difíceis? Baixada Santista, ali em São Vicente, aquela região periférica do continente. Região de Franca, não deveria estar aqui, Sorocaba e finalmente o Vale do Paraíba. E aqui mostra a expectativa de vida. Olha o Brasil, 41 anos de expectativa de vida em 1940. Hoje já é praticamente 73 no Brasil. São Paulo, 75 mais ou menos e subindo. Aqui entre os homens, olha, bem menor 68, 69 hoje. Por quê? Porque morre muito jovem. Quem morre no final de semana são os rapazes, são os meninos. Então muito jovem e violência. O Estado de São Paulo tem 170 mil presos, a população carcerária. Quantos homens e quantas mulheres? Deveria ser meio a meio, 50/50. Quantas mulheres? 6%; 94% de homens. E esses 6% ainda é a má companhia dos homens. As mulheres, olha, 76, aqui já é 78 da expectativa de vida das mulheres, é bem maior. Aqui de novo. Onde é que se vive mais? Se vive mais onde tem mais dinheiro. Então Brasília de novo, Distrito Federal, 75 anos. Depois Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas e São Paulo, Paraná. Os Estados mais ricos. Aonde se vive menos? Nos mais (pobres), olha Alagoas, 66. Maranhão, 67. Pernambuco, 67, Piauí, 68.

Aqui isso é interessante sob o ponto de vista epidemiológico, lá atrás na… isso aqui não depende isso aqui é geral. Do que é que se morria no passado? Em 1930. Moléstias infecciosas e parasitárias. Morria de tuberculose. A gripe espanhola, em 1918, matou 300 mil brasileiros, inclusive o presidente da República. Qual foi o presidente da república que morreu de gripe espanhola? Paulista. Rodrigues Alves. O Rodrigues Alves morreu igual Tancredo, se elegeu, mas não tomou posse. Morreu antes da posse, assumiu o vice, Delfim Moreira, por isso que quando Tancredo não pôde tomar posse tinha uma dúvida jurídica, se era como não tomou posse se era o vice que também que não tomou posse ou com o presidente da Câmara Federal que era o sucessor. Aí a história levou que isso já tinha acontecido e tomou posse o vice-presidente. Então morria de doença infecciosa, o antibiótico mudou o mundo, o antibiótico mudou… a descoberta de Fleming da penicilina do fungo, do cogumelo, mudou o mundo o que não aconteceu nos dois mil anos, aconteceu nos últimos 50 anos. Olha, as moléstias infecciosas e parasitárias despencaram e o coração e grandes vasos disparou.

Tipo de vida: a vida do mundo moderno é sedentária, não mexe o corpo. Doutor Zerbini dizia que a saúde começa pelo pé. Não mexeu o corpo não tem saúde, a saúde é no pé, é ginástica. E a gente tente a ter uma vida sedentária. Como vida sedentária, obesidade, e de outro lado estresse Estresse, tensão e aí leva o aumento da descarga vascular. E veja subindo aqui, neoplasias. Porque é que sobe neoplasias? Câncer. Porque ele é ligado diretamente a idade, antigamente as pessoas morriam cedo não dava tempo de ter câncer, agora… ele é ligado… Pode um jovem ter câncer? Pode. É raríssimo, câncer é ligado diretamente a idade. Nós homens com 80 anos de idade de cada dez, oito terão câncer de próstata. E não tem como, até hoje não se descobriu como prevenir. Então, isso sobe diretamente com a idade, então mudou inclusive a medicina, o sujeito vai ter que fazer outras especialidades, outro enfoque do mundo moderno. Aqui mostra bem, doenças do aparelho circulatório, 30%; neoplasias a segunda, causa externa não é doença. Então é assim, velho morre de coração ou de câncer; jovem de acidentes. Tudo evitável, tudo, todos eles é possível ter um tipo de prevenção, e depois vêm doenças do aparelho respiratório, é a quarta ordem em mortalidade.

Por que, que coloquei esse slide? Porque a terceira causa morte não é doença, causa externa, e entre a causa externa, os homicídios ocupavam um papel importante. Olha, quase 13 mil, em 1999, isso baixou para quatro mil. Então São Paulo tinha 33 homicídios por cem mil habitantes, hoje tem 10. A Organização Mundial de Saúde, disse que tem que ser abaixo de 10. O Brasil tem 24, algumas capitais brasileiras, 80, 90, 100 homicídios por 100 mil habitantes. O Estado de São Paulo, 10. A capital que é a quarta cidade do mundo, cidade de São Paulo, metrópole que tem 22 milhões de pessoas, é hoje a segunda cidade… a 26ª, só perdemos pra Palmas no Tocantins. Hoje, o menor homicídio em São Paulo, Estado de São Paulo.

Os arranjos produtivos locais, uma palavrinha sobre isso. Os APL’s… O que é um Arranjo Produtivo Local? São regiões do Estado que se organizam em determinadas áreas. Não é comum a gente ouvir assim: “São Bernardo do Campo, a capital do… automóvel”. A capital do automóvel. Como é que se fez o ABC? Sobre a indústria automobilística. Então, é um arranjo produtivo local, chamado clusters. O que é um cluster? Um cluster é um conjunto de atividades num foco só. Franca, qual é o Arranjo Produtivo Local? Calçado, calçado. São José dos Campos: avião, indústria aeronáutica e espacial. Então, o Arranjo Produtivo Local é concentração de empresas em atividade similar, ou relacionadas e tem uma cooperação entre si. Então, dá para ver claramente no Estado de São Paulo, os vários arranjos produtivos. Americana: é têxtil e confecção. Têxtil e confecção. Birigui, é calçado de criança. O calçado tem especialidades. O Brasil é o terceiro produtor do mundo de calçado. O primeiro é a China, o segundo é a… Qual o outro grandão aí? Índia, o terceiro é? Brasil! O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, e a Índia a vaca é sagrada, então o rebanho comercial é o? Brasil, então nós somos o 3º produtor de sapato, qual que é o problema? O problema é que nós produzimos 800 milhões de pares de sapato por ano, e a China produz? 10 bilhões em escala, então, esse é o… Esse é a grande questão, nós produzimos 800 milhões somos o 3º do mundo, a China 10 bilhões em escala, aí o preço cai. Então calçado infantil é Birigui, calçado feminino é Jaú. Dizem que lá não tem crise. Agora surgiu o cluster novo, um APL novo: o calçado country – botas e botinas em Santa Cruz do Rio Pardo é o 4º APL. Cerquilho/Tietê – confecção, Diadema – cosméticos, Franca – calçado masculino, ABC – transformador plástico, enfim. Ibitinga – bordado de cama, mesa e banho: 60% da economia da cidade é bordado. São os APLs.

Separei uma outra, sobre parques tecnológicos, o que é parque tecnológico? Antigamente, alguém aqui pode ser prefeito ou prefeita, o que se fazia para atrair uma indústria? Pegava uma rodovia importante, uma ferrovia e picotava os terrenos, você fazia o loteamento industrial: pegava uma grande autoestrada, Castello Branco, uma bela de uma autoestrada, punha lá um monte de áreas, temos um loteamento industrial: vem instalar a sua empresa aqui. Hoje, qual que é a ideia do parque tecnológico? É unir a universidade… A universidade, os centros de pesquisa de inovação, laboratórios, institutos de pesquisa, e o setor no produtivo. No mesmo Lócus, no mesmo site. Então para induzir, apoiar, incentivar, promover, atrair recursos para as empresas se instalarem. Então, por exemplo, Piracicaba: aqui já está em… Está quase pronto Parque Tecnológico de Piracicaba. Qual é a vocação? Não existe parque monotemático de um tema só, não existe. Nem deve existir, mas ele tem uma força. Piracicaba é a capital da? Bioenergia, Bioenergia é a cana de açúcar produzindo energia, produzindo eletricidade, então esse Parque Tecnológico da Bioenergia. A de São Paulo no Jaguaré. Aqui no Jaguaré, ele está do lado da USP, está do lado do IPT, está do lado do Ipem, está do lado do Instituto Butantã. Então, farmacologia, pesquisa de remédios, patentes, fármacos, química, química. Aqui, UNICAMP. É tecnologia de informação: hardware, software, computadores, celulares, comunicação, informação. Então você une UNICAMP, UNICAMP/Campinas, une as empresas, laboratórios, IPT. Piracicaba, qual é a grande faculdade de Piracicaba? Luiz de Queiroz. Fez 100 anos. Empatou com Dante Alighieri, fez cem anos em 2004. Eu, quando passei por lá, Luiz, eu era governador em 2004, então mudei o Governo. Única vez que o Governo de São Paulo, nós tiramos de São Paulo. Levamos para Piracicaba. E coloquei lá uma frase que ficou como lema da escola: “A Luiz de Queiroz, a ESALQ, é a melhor semente plantada em solo paulista”. Porque o que deu de frutos, o avanço da agricultura brasileira, é impressionante.

Aqui, São José dos Campos. Esse está pronto, funcionando, é o mais consolidado. Isso aqui está tudo pronto. São José dos Campos, indústria aeronáutica e aeroespacial. Qual é a faculdade aqui de retaguarda? O ITA. Hoje tem até uma brincadeira na Folha. No dia da diplomação, eu estava com o secretário de Planejamento do Estado, que é do ITA. Emanuel Fernandes, formado em engenheiro pelo ITA. Aí o Maluf falou: “Alckmin, eu se fosse governador, eu também nomearia o Emanuel Fernandes, porque ele é da segunda melhor escola de engenharia do País, que a primeira é a Poli”. Aí o Emanuel falou: “Governador, eu entrei nas duas e eu escolhi o ITA”. São Carlos. São Carlos, tecnologia de novo: biotecnologia. Sorocaba: metalmecânica, eletrometalmecânica. Qual fábrica que está instalando uma grande indústria em Sorocaba hoje? Toyota. A Toyota tem uma fábrica em Indaiatuba, que é o Corolla. Agora vai fazer um carro menor. Em? Sorocaba. Então grande pólo metalmecânico, indústria de…

Uma palavrinha sobre portos, então já quase encerrando. São Paulo, é o maior exportador brasileiro, grande comércio exterior, é o maior importador e o maior exportador. Santos, tem o maior… Nós somos o maior porto da América Latina, o porto de Santos. Aqui dá para ver a cidade de Santos; aqui a cidade de Guarujá; e aqui no fundo Cubatão. Então, nós temos três cidades portuárias: Santos, na mesma ilha de São Vicente, os dois estão na mesma ilha, Santos e São Vicente, mas o cais do porto é Santos; Guarujá e Cubatão aqui no fundo. E aqui a entrada do porto, aqui o cais, e aqui os vários investimentos. Então, investimentos privados do porto de Santos, extremamente relevantes, para a gente poder ampliar ainda mais as exportações e importações. A China, como é que virou de uma economia rural, pobre, hoje essa potência? Comércio exterior, comércio exterior. São Sebastião; esse porto é do Estado, o de Santos é federal. Todos os portos o poder concedente é federal. Mas esse aqui está cedido ao Estado, que é São Sebastião. Ele tem uma grande vantagem sobre Santos, que o calado é profundo, por isso que a Petrobrás está lá, grandes navios petroleiros calado de quinze metros, catorze metros. Santos tem o calado mais raso, e aqui no canal Toque-Toque, aqui é entre Ilhabela e São Sebastião, as correntes marítimas lavam o canal e não tem assoreamento, então navios profundos. Mas tem um problemão, não tem ferrovia, em Santos tem, e é muito caro. Então, o que, que vai se tentar? Ampliar o porto, ele vai ser… ter uma grande ampliação aqui em São Sebastião, com novos portos de atracação. Novas atracações, vai ser ampliado mas para o que não depende especialmente de contêiner, para não pôr muito caminhão em estrada, mas apoio para supply boat, para a Petrobrás, e a parte de terminais líquidos.

Rodovias. Separei só duas: aqui o Rodoanel, aqui está São Paulo, aqui o Rodoanel. Então, dez autoestradas chegam em São Paulo. Quais são as autoestradas que chegam em São Paulo? Aqui é a Bandeirantes, do lado dela a Anhanguera, então tem um binário, a Anhanguera e Bandeirantes, já estão interligadas pelo Rodoanel. Aqui, outro binário: Castelo Branco e Raposo Tavares. Já está tudo ligado pelo Rodoanel. Aqui a rodovia federal, única federal, que vai para o Sul, Regis Bittencourt, vai para Curitiba, Porto Alegre, também já está ligada com o Rodoanel. Aqui as duas que vão para o Litoral, qual é o binário? Imigrantes e Anchieta. Então, desce o binário para o litoral, Imigrantes e Anchieta. Já está ligado também, o Serra entregou até aqui a Asa Sul, e agora nós vamos fazer a Asa Leste. Fazendo a Asa Leste, que deve começar em 30 dias, aqui está a Ayrton Senna, aqui a Dutra e aqui a Fernão Dias. Interligamos as dez autoestradas, e ligamos o maior aeroporto brasileiro, que é Cumbica, com o maior porto brasileiro, que é Santos, sem passar por São Paulo. Vai ajudar muito o trânsito. Você liga o maior aeroporto brasileiro com o maior porto, por fora da cidade. Aqui, o litoral. O litoral vai crescer muito. Por que o litoral vai crescer muito? Turismo e emprego, restaurante, hotel, serviço. Turismo gera emprego, escola, setor terciário da atividade econômica. Serviços é o que mais gera emprego. De outro lado, construção civil. Muita obra, construção civil, gera muito emprego, mão-de-obra intensiva. E petróleo, agora pré-sal, petróleo e gás. Aqui está Ilhabela, aqui São Sebastião, Caraguatatuba, aqui o porto. Esta rodovia, chamada dos Tamoios, que os índios aqui eram os Tamoios, a Rodovia dos Tamoios liga São José dos Campos a Caraguá, ela vai ser duplicada para poder melhorar a ligação do planalto com o litoral. E não só o planalto, mas o Vale do Paraíba, e o aceso a São Sebastião.

Questão aeroportuária. Dos modais de transporte, rodovia, ferrovia, hidrovia, qual o que mais cresce? Aerovia. Ele cresce quase 16% ao ano. País grande, continental, pessoal com mais renda quer andar de avião, ganhar tempo. Então o que mais cresce é a aerovia. Antigamente uma cidade para crescer tinha que estar à beira mar, beira do litoral para crescer. Primeiro município do Brasil qual é? São Vicente. Agora dia 22 de janeiro completou 459 anos, primeiro município. Martim Afonso de Souza, eu fui lá numa encenação, muito bonita a encenação. Mas ninguém queria ver o João Ramalho nem o Marco Afonso, os olhos eram todos para Bartira. Aqui, o Aeroporto de Cumbica, federal. Aqui o Aeroporto de Congonhas e aqui o Aeroporto de Viracopos, Campinas. Então Viracopos aqui em Campinas, Cumbica em Guarulhos e Congonhas aqui em São Paulo, os três lotados. Copa do Mundo chegando. Então, Congonhas não tem como expandir, eu morei ali no (bairro de) Moema e era avião a noite inteira, direto, hoje já fecha às 11 horas (da noite), abre às seis horas, cada vez vai ter mais restrição. Então é uma tarefa para o nosso senador nos ajudar, nós temos que apertar o Governo Federal a INFRAERO para ampliar rapidamente o terceiro terminal de Cumbica e o segundo terminal e a segunda pista de Viracopos, Campinas. E já pensar num novo aeroporto metropolitano, privado, já pensar pro futuro um novo aeroporto metropolitano privado. São Paulo, o Estado de São Paulo tem 31 aeroportos, o maior deles é Ribeirão Preto o daqui, Leite Lopes, tem Rio Preto, Prudente, Arealva, Jundiaí, Ubatuba, são 31 aeroportos que o Estado administra através do DAESP.

Ferrovia é um modal que está crescendo aqui na região metropolitana, passageiros trem e Metrô, uma fortíssima expansão e no interior carga. E aí o grande desafio é esse Ferroanel Sul, aqui está o Rodoanel construído o tramo sul do Ferroanel, uma obra também federal, mas que o estado vai ajudar pra poder agilizar a chegada ao Porto de Santos. Dutovias: O Estado de São Paulo é o maior produtor de açúcar e álcool do mundo. Como é que o álcool chega no porto? Tudo de caminhão, não tem um litro de álcool que chegue no porto que não seja por caminhão. Os Estados Unidos têm 170 mil quilômetros de dutovias, nós só temos gasoduto, só para gás não tem pra litro então a ideia é uma rede, já começou a obra, uma rede de dutos saindo aqui da região de Ribeirão Preto, saindo aqui da Região de Araçatuba vindo aqui para Paulínia e chegando a Santos e Cubatão. O navio não precisa nem chegar no cais ele para 3 km do cais e por bombeamento você leva o álcool até o navio para ser exportado. Hidrovia Tietê/Paraná, nós temos 2,400 km de hidrovia ligando o Tietê até o Rio Paraná. Se não fosse a Hidrelétrica de Itaipu, nós chegaríamos até Buenos Aires de barco, é que Itaipú não passa. Então, está crescendo muito o modal hidroviário e o importante é integrar os modais. Ferrovia integrada com hidrovia, integrada com rodovia, com aerovia.

O agronegócio, São Paulo é o maior pólo industrial, mas é sempre destacar, 25% das exportações brasileiras são de São Paulo. Nós somos o maior produtor agrícola do país. São Paulo é o primeiro, seguido pelo Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Minas, Santa Catarina. Nós somos o maior produtor mundial de álcool e açúcar. O maior exportador mundial de carne bovina, exportador, os frigoríficos estão aqui. O maior produtor mundial exportador de suco de laranja, o maior pomar cítrico do mundo está em São Paulo, mais que na Flórida. Grande produtor de produtos florestais, grande produtor de máquinas agrícolas, primeiro produtor brasileiro de borracha, primeiro produtor brasileiro de frutas, primeiro produtor brasileiro de ovo, primeiro produtor brasileiro de flores. Nós temos um agronegócio importante também em São Paulo.

Petróleo e gás, para encerrar. Aí na copa do mundo a gente encerra. Nós tínhamos até agora, extração de petróleo, pós-sal, ou seja, aqui está a camada de sal, então o que a Petrobrás tirava de petróleo, ela tirava daqui de cima. Era mais superficial. Então aqui estava a maior parte das reservas brasileiras de petróleo e gás. O que é essa camada de sal? América do Sul e África era um continente só, era junto. Milhões de anos: morre animal, morre vegetal, o que nós estamos depositando? Matéria orgânica. O que é química orgânica? Química do carbono, carbono. Então o que ia depositando aqui? Carbono, carbono, carbono, carbono. Quando começou a separar a África da América, o mar entrou e depositou em cima o sal e depois terra, rocha, enfim. Então você tem uma camada de carbono, que é petróleo e gás, abaixo da camada de sal. Então, o que caracteriza o pré-sal? É que ele é muito profundo. Você precisa ter uma tecnologia, olha, seis quilômetros de profundidade para tirar esse petróleo e gás. Então tecnologia de ponta. O IPT aqui de São Paulo, outro colega do Dante, fez 100 anos agora, 111 anos. A escola de Engenharia da Politécnica, se tiver algum engenheiro da Poli aí me corrija, mas ela é de 1894. Os alunos da Poli, os engenheiros da Poli, criaram um gabinete de resistência de materiais para estudar madeira, construção civil. Não existia prédio de concreto em São Paulo até 1905. Então era para estudar a resistência de materiais. Esse gabinete de resistência de materiais dos alunos da Poli, dos engenheiros da Poli, virou o IPT, que é quem hoje dá a retaguarda para a PETROBRAS para fazer o tubo chegar a seis quilômetros de profundidade. O IPT está com 111 anos praticamente. Então perfura aqui o mar, depois a rocha, depois o sal, depois chega no pré-sal. Primeira característica do pré-sal: grande profundidade. Segunda característica: ele está longe da costa. O pós-sal. Olha mexilhão, está tudo pertinho: 30 quilômetros, 40 quilômetros, 50 quilômetros. O pré-sal fica a mais de 200 quilômetros da costa. Então helicóptero, navio, embarcação, logística. O aeroporto nosso de Itanhaém, um dos jornais, quando eu saí do Governo, fez uma matéria dizendo, está aqui a sua jornalista, dizendo que eu tinha feito um aeroporto exagerado. Então pois lá uma matéria, quando eu terminei o Governo: “Olha, o aeroporto está muito grande para a cidade, está meio ocioso”. Hoje esse aeroporto de Itanhaém, não cabe só helicóptero, só helicóptero. Ele é insuficiente. Vamos ter que ter retaguarda. São José, o aeroporto de Santos, que é militar, virar militar e civil, enfim, uma demanda brutal. São Paulo então, grande produtor de petróleo e gás. Grande produtor de petróleo e gás. Veja que para chegar a dois milhões, um milhão e 800 barris de petróleo, o Brasil levou 54 anos. Isso se realmente se confirmar, no pré-sal, pode levar 16 anos. O que nós levamos meio século, 54 anos para produzir, poderá ser produzido em 16 anos.

Finalmente, a Copa do Mundo. Nós vamos ter quatro eventos importantes: 2013, a Copa das Confederações. Em 2014, a Copa do Mundo, 2015 a Copa das Américas. E, 2016, Olimpíadas. É raro, no mundo, você ter quatro eventos assim em seguida. Então, nós temos que nos prepararmos, não é? São Paulo, que é uma cidade mundial, nos prepararmos para esses grandes eventos que vão abrir grandes oportunidades, para melhorar a vida da população.

Muito obrigado.