Governador visita transportes ferroviários no Japão e na França

Na viagem, Goldman assina contrato de empréstimo para a Linha 4 - Amarela, além de conhecer o Monorail japonês. Já na capital francesa, conhece o moderno metrô local

ter, 16/11/2010 - 15h00 | Do Portal do Governo

O governador Alberto Goldman visitou nesta terça-feira, 16, o Monorail Haneda. Construído em 1964 para as Olímpiadas de Tóquio, este monotrilho de 17,8 km tem 11 estações, por onde circulam 137,9 mil usuários por dia. Na quarta-feira, 17, o governador estará em Paris, na França, para visitar a nova linha de metrô da cidade. Ele será acompanhado por um dos diretores da RATP, empresa responsável pela gestão desta e de outras linhas de transporte ferroviário. As visitas do governador ao monotrilho de Tóquio e ao metrô parisiense servirão para avaliar os modelos, que são similares aos que estão em implantação no Estado de São Paulo.

Goldman está em viagem oficial pelo Japão e Europa. Nesta segunda-feira, 15, ele assinou contrato de empréstimo com o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e um consórcio de bancos japoneses – tendo como agente financeiro o Banco Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC). Os recursos serão utilizados na segunda fase da implantação da Linha 4 – Amarela do Metrô, que faz parte do Plano de Expansão dos Transportes Metropolitanos de São Paulo.

“Com esses recursos nós completamos todas as necessidades que temos para terminar a Linha 4. Portanto, ela está totalmente viabilizada. Uma boa parte já está feita, evidentemente a maior parte está feita, e agora este recurso será usado para que a gente possa fazer a complementação das estações e do trecho que vai até a Vila Sônia”, disse o governador Alberto Goldman.

O valor da operação entre o Governo do Estado e o JBIC é de US$ 130 milhões (R$ 226,35 milhões). O empréstimo será somado ao financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), no mesmo valor, cujo contrato de empréstimo foi assinado em 27 de setembro de 2010, e também à contrapartida do Tesouro Estadual e investimentos da própria Concessionária.

O custo total estimado para a implantação desta segunda fase da Linha 4-Amarela é de US$ 910 milhões (R$ 1,58 bilhão). O montante será utilizado para a complementação das estações São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, a construção da estação Vila Sônia, o prolongamento de 1,5 km de via e a instalação de sistemas de energia.

Sistemas monotrilho em São Paulo

O Estado de São Paulo também está investindo em monotrilhos. Este sistema é integrado à cidade e elimina os obstáculos oferecidos pelo sistema das linhas férreas. Ele não requer muros para segregar suas vias e seu tempo de interrupção do tráfego urbano, durante a passagem de um veículo, é bem menor em relação a um trem: entre 9 e 10 segundos.

Linha 2 – Verde

A implantação da continuação da Linha 2 – Verde do Metrô, será realizada em sistema monotrilho. Ele fará parte do corredor exclusivo de ônibus Expresso Tiradentes e terá 24,5 km de extensão e 17 novas estações, ligando a Vila Prudente à Cidade Tiradentes. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,46 bilhões, sendo R$ 1,46 bilhão do Governo do Estado e R$ 1 bilhão da prefeitura de São Paulo.

Até 2014, a ligação até Cidade Tiradentes estará pronta. A previsão é que o sistema atenda 500 mil usuários por dia, que farão em 50 minutos o trajeto que hoje consome duas horas.

Linha 17 – Ouro

A Linha 17 – Ouro terá cerca de 21,5 km de extensão e 19 estações e promoverá a integração entre vários sistemas de transporte, tais como metrô, trem e corredores de ônibus. Ligará a estação Jabaquara (Linha 1 – Azul); o terminal intermunicipal da EMTU, o terminal rodoviário do Jabaquara, o Aeroporto de Congonhas, a estação Água Espraiada (Linha 5 – Lilás), a estação Morumbi (Linha 9 – Esmeralda), e a estação São Paulo-Morumbi (Linha 4 – Amarela). Também cruzará com importantes avenidas da região Sul, como Washington Luís, Berrini, Chucri Zaidan, Roberto Marinho, Marginal Pinheiros, Giovanni Gronchi, João Jorge Saad e Francisco Morato.

Em junho, foi assinado o projeto de lei autorizando o governo a obter financiamentos nacionais e internacionais para as obras de construção da linha. A lei prevê um empréstimo de R$ 1,082 bilhão junto à Caixa Econômica Federal para a construção da nova linha, que está orçada em R$ 3,75 bilhões e contará ainda com recursos da prefeitura da capital (R$ 334,5 milhões) e do Governo do Estado (R$ 1,5 bilhão). O início das obras está previsto para o primeiro trimestre de 2011 e a entrega prevista para meados de 2013. O edital para as obras foi publicado em 30 de setembro de 2010.

Sistema Integrado Metropolitano – SIM

O projeto Sistema Integrado Metropolitano – SIM vai reestruturar o sistema de transporte público na Baixada Santista. O SIM consiste em um tronco de transporte de média capacidade, O sistema monotrilho será integrado com linhas de ônibus municipais, intermunicipais e ciclovias. Sua infraestrutura compreende terminais de transporte, estações de transferência, pontos de parada e ciclovias. Todos os espaços contarão com total acessibilidade.

Para modernizar a frota de ônibus, o SIM contará com investimento de R$ 286 milhões. Já para construir o monotrilho, o valor é de R$ 402 milhões, totalizando o montante de R$ 688 milhões para implantação de todo o projeto.

Até o final de 2010, será publicado o edital de licitação que escolherá a empresa responsável pela construção e operação da primeira etapa do monotrilho e pela concessão do sistema de ônibus metropolitano na Baixada Santista. A assinatura do contrato com a empresa vencedora está prevista para o primeiro semestre de 2011, e o início da operação da primeira fase em 2013.

Do Portal do Governo do Estado