Museu da Casa Brasileira exibe mostra A Cidade Informal do Século XXI

Com projetos, maquetes, vídeos e debates, evento reúne o que há de mais moderno da arquitetura inclusiva

qua, 14/04/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Ao pensar no futuro da cidade contemporânea não se pode deixar de refletir sobre a cidade informal – formada a partir de ocupações precárias do território como, por exemplo, as favelas – e as transformações que tem ocorrido a partir das propostas de arquitetos. Esse é o tema da exposição A Cidade Informal no século XXI, organizada pelo Museu da Casa Brasileira, instituição vinculada à Secretaria da Cultura, em parceria com a 4ª Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã (IABR) e a Secretaria Municipal de Habitação da Cidade de São Paulo. A curadoria é da arquiteta Marisa Barda.

É uma mostra interativa onde projetos pontuais realizados por arquitetos brasileiros e estrangeiros são abordados a partir de quatro temas, como se fossem operações táticas, que melhor representam os problemas das favelas: Conexões, Transições, Fruições e Transformações. Esses temas permitirão uma visão crítica do trabalho apresentado.

A ideia de reunir esse conjunto de projetos que (re)desenham a cidade informal aparece como continuidade das propostas apresentadas na Bienal de Roterdã, em outubro de 2009, cujo tema foi Open City: Designing Coexistence. A subcuradoria do evento foi feita pelos arquitetos Rainer Hehl e Jorg Stolmann, que, para a seção Squat, selecionou como uma das referências os projetos para a comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, elaborados por seis escritórios ou arquitetos: Urban Think Tank (Venezuela), Elemental (Chile), Christian Kerez (Suíça), Ciro Pirondi, Marcos Boldarini e MMBB Arquitetos (Brasil).

A mostra Cidade Informal no século XXI soma a essa seleção, os trabalhos dos alunos da Escola de Design da Universidade de Harvard, realizados para o Cantinho do Céu, sob a coordenação do professor Christian Werthman, e os trabalhos dos alunos da Universidade de Columbia, sob a coordenação de Alfredo Brillembourg e Hubert Klumpner, que abordaram vários aspectos das áreas informais na cidade de São Paulo. A integração desses projetos com os estudos elaborados para as mesmas áreas pelos alunos da Escola da Cidade, faculdade de arquitetura de São Paulo, possibilitará uma reflexão a partir da experiência de arquitetos de vários países, todos com o mesmo propósito: redesenhar as cidades informais do século XXI.

Para melhor ilustrar a complexidade desse trabalho, serão apresentados projetos e maquetes de obras já construídas ou em fase de realização para diversos espaços informais da cidade de São Paulo. A cidade informal também estará representada como um percurso didático, possibilitando a compreensão dos processos e condições das favelas de São Paulo. Para isso, serão expostas tabelas com dados estatísticos, plantas, diagramas e fotografias. A favela de Paraisópolis, com posição estratégica próxima ao bairro do Morumbi, será objeto de estudo a partir de levantamentos realizados in loco.

Em cada sala da exposição, os projetos poderão ser estudados de forma detalhada em mesas equipadas com computadores, livros publicados e cadernos, onde o público poderá escrever críticas, fazer propostas e elaborar esboços. Uma pequena sala de cinema projetará vídeos da Urban Inform, da 4ª IABR.

Serviço
Exposição: A cidade informal no século XXI
Visitação: até 9 de maio, de terça a domingo, das 10 às 18 horas
Local: Museu da Casa Brasileira
Endereço: Avenida Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano
Telefone: 3032-3727
Ingresso: R$ 4,00 – Estudantes: R$ 2,00 – Gratuito domingos e feriados
Acesso a portadores de deficiência física
Visitas orientadas: 3032-2564 e-mail: agendamento@mcb.org.br
Site: www.mcb.org.br
twitter.com/mcb_org
Estacionamento: de terça a sábado até 30 minutos grátis, até duas horas R$ 8,00, demais horas R$ 2,00. Domingo: preço único de R$ 10,00.

Da Secretaria da Cultura