Estado lança especialização para profissionais da educação

Com investimento de R$ 109 mi, a Redefor terá cursos a distância para 30 mil profissionais

seg, 29/03/2010 - 16h26 | Do Portal do Governo

O governador José Serra lançou nesta segunda, 29, a Redefor (Rede São Paulo de Formação Docente) em parceria com as universidades estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp. O programa, executado por meio da Escola Paulista de Formação Docente, oferecerá cursos de especialização a distância para 30 mil profissionais da rede pública do Estado até 2012.

“É voluntário. O professor e a professora estão livres para fazer este aperfeiçoamento. Isto contará como pontos em seu currículo, inclusive para os benefícios que são entregues a cada ano. Sem falar do benefício mesmo de aprimorar a sua formação”, disse o governador José Serra.

A iniciativa tem como objetivo melhorar a capacitação de professores, diretores e supervisores do Ensino Fundamental ciclo 2 (de 5ª à 8ª série) e do Ensino Médio. Serão 16 cursos com duração de 360 horas (entre 12 e 14 meses). Os cursos são de especialização em docência para professores das 13 disciplinas do currículo e de Especialização em Gestão da Escola, para diretores; em Gestão do Currículo, para Professores-coordenadores; e de Gestão da Rede Pública, para Supervisores de Ensino.  

Os cursos serão oferecidos em duas etapas. A primeira (2010-2011) terá início no segundo semestre deste ano e capacitará 10 mil educadores. Na segunda etapa (2011-2012), 20 mil profissionais serão contemplados. Os convênios terão vigência até 31 de dezembro de 2012. Em três anos, o programa terá um investimento de R$ 109 milhões, sendo R$ 32 milhões previstos somente para este ano. Os critérios para inscrições serão divulgados a partir de maio por meio de resolução do Diário Oficial do Estado.

“Em conjunto com a criação do curso para ingressantes e a etapa do concurso público de ingresso nas carreiras de professor, os cursos de especialização para educadores que já atuam na rede estadual, deverão contribuir para a formação dos profissionais e das equipes escolares”, afirma o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.

A Unicamp oferecerá cursos de especialização para docentes em língua portuguesa, matemática, física, história e educação física, num total de 4.050 vagas entre 2010 e 2011 e 8.000 vagas entre 2011 e 2012.

A USP ministrará cursos para docentes em ciências, biologia, sociologia, além de especializações em gestão da escola para diretores, em gestão do currículo para professores-coordenadores e em gestão da rede pública para supervisores de ensino. A universidade oferecerá 4.060 vagas na etapa 2010-2011 e outras 8.140 vagas na fase 2011-2012.

Já a Unesp disponibilizará cursos de especialização para docentes em língua inglesa, filosofia, arte, química e geografia, sendo 1.800 vagas entre este e o próximo ano e mais 3.950 vagas entre 2011 e 2012.

O Programa Redefor representa uma parceria inédita entre a Secretaria e as três Universidades Estaduais Paulistas em prol da melhoria da qualidade do ensino básico público no Estado. Para Fernando Costa e Herman Voorwald, respectivamente reitores da Unicamp e da Unesp, a participação das universidades estaduais paulistas no programa atesta o compromisso educacional e social das instituições.

Política educacional eficaz

A política educacional de São Paulo se estrutura em quatro eixos. O primeiro se refere aos padrões curriculares adotados para a rede de cinco mil escolas. Dois programas se destacam: o Ler e Escrever, que estabeleceu a figura do professor auxiliar nas salas de aula nas classes iniciais e todo um sistema para reforçar a alfabetização das crianças, com 1,8 milhão de livros distribuídos, entre outros materiais; e o São Paulo Faz Escola, com a definição de um novo currículo e a distribuição 192 milhões de cadernos e materiais para alunos e professores com os conteúdos das diversas matérias, além de programas de capacitação.

O segundo eixo é a implantação de avaliações e metas de qualidade, com a criação do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) e a definição de metas para cada escola, que passou a ter o desafio de melhorar em relação à sua própria realidade.

O terceiro eixo da política educacional de São Paulo trata do programa de incentivos aos professores. Foi criado o Bônus por Resultados, que paga até 2,9 salários às equipes escolares que superam as metas definidas para as suas escolas.

O quarto eixo reformou a carreira dos professores, estabelecendo nova forma de ingresso (com curso obrigatório oferecido pela Escola Paulista de Formação de Professores) e o Programa de Valorização pelo Mérito. Foram criadas provas de promoção que permitem anualmente, a um quinto dos professores, promoção salarial de 25% de acordo com a permanência na escola e o resultado das avaliações.

Outras ações pioneiras foram adotadas, como a mudança na legislação para reduzir as faltas de professores e a criação da Prova dos Temporários, que permitiu pela primeira vez selecionar para as salas de aula os melhores professores disponíveis. Também foi aberto concurso para a contratação de 10 mil professores.

Da Secretaria da Educação