Pesquisadora da USP lança livro sobre uso correto de adoçantes

Um dos capítulos indica limite diário que podemos ingerir e seus conteúdos em alguns alimentos industrializados, como os refrigerantes

ter, 05/01/2010 - 10h00 | Do Portal do Governo

O mercado de alimentos diet e light cresceu cerca de 800% em dez anos (de 1997 a 2007), segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad). “Os produtos trazem embutido a entrega de um corpo bonito e, sobretudo, saudável, indo ao encontro da atual necessidade da sociedade, guiada por parâmetros de beleza cada vez mais exigentes”, explica a nutricionista e autora do livro Edulcorantes: aspectos químicos, tecnológicos e toxicológicos, Julianna Shibao.

Julianna é formada pela Universidade Católica de Santos, com aprimoramento profissional em vigilância sanitária pelo Instituto Adolfo Lutz e atualmente mestranda do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP), sob orientação da professora Deborah Helena Markowicz Bastos, que também é doutora no assunto. A obra foi escrita em parceria com Andréa Pittelli Boiago Gollücke, Gabriela Ferreira Alba dos Santos e Natalia Fonseca Gonçalves.

A publicação destaca informações relevantes e atuais sobre a legislação de edulcorantes (adoçantes) em alimentos e suas doses permitidas no Brasil, mas, principalmente, o entendimento das características de cada produto. O livro traz ainda resultados sobre os estudos de sua toxicidade e novidades dos mais recentes produtos lançados no mercado internacional. 

Diet e light 

Na obra, Julianna aborda aspectos químicos de forma simples e destaca as principais características dos edulcorantes permitidos no Brasil e no mundo. A autora também destaca a regularização em órgãos internacionais como Jecfa e União Europeia. Um dos capítulos indica o limite diário que podem ser ingerido de cada adoçante e seus conteúdos em alguns alimentos industrializados, como os refrigerantes.

“As pessoas não sabem a diferença entre o produto diet e o light. O diet é aquele que tem alguma restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio). Já os produtos light apresentam redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias comparado com o alimento convencional. Para que ocorra a redução de calorias é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura e proteína). Assim, a redução de um nutriente não energético, por exemplo, sódio (sal light) não interfere na quantidade de calorias do alimento”, esclarece.

Esses conhecimentos permitem que o nutricionista e o profissional de saúde selecionem a melhor estratégia a ser adotada quanto à utilização desses produtos, seja na área clínica, na técnica dietética, ou no desenvolvimento de novos produtos.

Da Agência Imprensa Oficial