Estado de SP possui as dez melhores estradas do Brasil

Programa de Concessões Rodoviárias vai destinar R$ 20 bilhões para malha paulista

sex, 30/10/2009 - 15h58 | Do Portal do Governo

Atualizado em 3 de novembro às 13h15

Os paulistas têm mais um motivo para comemorar e comprovar a boa administração de suas rodovias. As dez melhores estradas brasileiras estão em São Paulo, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgado na quarta-feira, 28. Todas fazem parte do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo, que investirá R$ 20,4 bilhões após as duas etapas do projeto. A pesquisa da CNT também mostrou que, das 16 rodovias classificadas como “ótimas”, 15 são paulistas e também fazem parte do Programa.

O bom desempenho na pesquisa anual da CNT é resultado das concessões rodoviárias. Só na 1ª Etapa do Programa, iniciada em 1998, já foram investidos R$ 10,4 bilhões – dos R$ 12,9 milhões previstos – na ampliação, manutenção e operação dos 3,5 mil quilômetros de rodovias. Já a 2ª Etapa, iniciada este ano, terá investimentos de R$ 7,5 bilhões – até agora, R$ 700 milhões já foram investidos. Ao todo, são R$ 20,4 bilhões de investimentos.

Mitos sobre as concessões

As rodovias pedagiadas são o que há de mais democrático na área dos transportes. Isso porque só paga a tarifa quem efetivamente usa a rodovia. Além disso, o dinheiro arrecadado nos pedágios é usado na manutenção das estradas sob a responsabilidade das concessionárias e, sobretudo, na restauração de estradas vicinais do interior do Estado de São Paulo. Os recursos nos postos de pedágio são repassados ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem), que é responsável pelo repasse de verba para a manutenção da malha rodoviária estadual.

Além dos benefícios diretos ao motorista, também vale explicar alguns mitos sobre as concessões. Por exemplo, a idéia de que os produtos transportados nas rodovias pedagiadas ficam mais caros não passa de suposição. Uma pesquisa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), realizada em 2005, comprovou que a economia no transporte de cargas, em rodovias bem conservadas, pode chegar a 40%. Isso porque pistas esburacadas, com asfalto de baixa qualidade, e mal sinalizadas exigem um consumo maior de combustível, óleo e pneus, além de sobrecarregar a mecânica dos caminhões. A economia também ocorre em eventuais serviços, como guincho e socorro-mecânico, que são oferecidos gratuitamente nas rodovias concedidas.

A quantidade de praças de pedágio ainda gera desconfiança dos motoristas. No entanto, quanto mais postos espalhados pelas rodovias, melhor para o condutor. Isso porque ele só vai pagar pelo trecho que utilizar. Se a distância entre duas praças de pedágio for de 200 km, e o usuário percorrer apenas 100 km, de qualquer forma ele vai pagar pelo trecho todo. Para completar, o número maior de praças contribui para aumentar a segurança nas estradas.

Levantamento da CNT

No topo do ranking da CNT está o Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, concedido em junho deste ano, seguido da ligação São Paulo – Limeira (Rodovias dos Bandeirantes e Washington Luis) e do Sistema Anchieta – Imigrantes. O Estado de São Paulo tem um total de 35 mil quilômetros de estradas pavimentadas – 22 mil estaduais, 1.050 federais e quase 12 mil de estradas vicinais. Do total de vias sob a responsabilidade do Estado (34 mil km), 5,6 mil quilômetros (16%) estão sob a responsabilidade das concessionárias.

Para efeito de comparação, o trecho São Paulo – Belo Horizonte é feito pela BR 381 – rodovia não concedida. A estrada aparece em 22º lugar no ranking da CNT, avaliada como “Boa”. Já o trecho entre São Paulo e Campinas – feito pela Rodovia dos Bandeirantes (SP 348) – está na 2ª posição do ranking, avaliado como “ótimo”.

A 13ª edição da pesquisa da CNT avaliou o estado geral de conservação, as condições do pavimento, sinalização e geometria de 109 trechos rodoviários de todo o país, no total de 108 mil quilômetros. Todas as rodovias do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo de São Paulo incluídas na pesquisa foram avaliadas como “ótimas” ou “boas”, sendo que a classificação incluía ainda os itens “regular” e “ruim”.

Números e obras do Programa de Concessões

– 675 quilômetros de rodovias duplicados,
– 130 quilômetros de novas rodovias construídos,
– 5.054 quilômetros recapeados,
– 128 quilômetros de marginais feitos,
– 342 quilômetros de novas faixas adicionais,
– 566 dispositivos (pontes, viadutos e retornos) construídos, e
– 117 passarelas.

As principais obras executadas são a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes na Serra do Mar, o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes, entre Campinas e Cordeirópolis, e as marginais Leste e Oeste da Rodovia Castello Branco, na ligação São Paulo-Alphaville. Outras grandes obras estão previstas, como os prolongamentos do Anel Viário de Campinas até o Aeroporto de Viracopos e da Carvalho Pinto até Taubaté, as duplicações da Rodovia Raposo Tavares, no trecho de Maracaí à Presidente Epitácio, e da Rodovia do Açúcar, entre Salto e Rio das Pedras.

Só o Sistema Anhanguera-Bandeirantes já recebeu, desde 1998, investimentos da ordem de R$ 3,4 bilhões em obras e serviços de operação, manutenção e conservação da rodovia. No caso da rodovia Castello Branco, as mudanças deverão ser finalizadas até o final do ano e incluem uma nova ponte no Complexo do Cebolão e a construção de um trevo no km 32 para Jandira, Itapevi e Aldeia da Serra. Serão R$ 242 milhões investidos.

Já o Complexo Anhanguera receberá investimentos de R$ 410 milhões. São obras para resolver os problemas de congestionamentos nas principais saídas da Anhangüera (SP-330) no trecho da Grande São Paulo, entre o início da Marginal Tietê e o km 19 da rodovia. O Complexo compreende um conjunto de obras necessárias para a atualização da SP-330 de acordo com a nova demanda da rodovia e irá aliviar também o tráfego na marginal Tietê.

Da Artesp, da Secretaria dos Transportes e do Portal do Governo do Estado de São Paulo