Cego desde os 7 anos por causa de uma meningite, o professor José Carlos da Silva, 46 anos, dá exemplo de superação e serve de inspiração à categoria que comemora sua data hoje. Silva — que se alfabetizou em uma escola especial, já deu aulas de geografia na rede regular e leciona há 20 anos– agora alfabetiza 20 alunos cegos em braile. Em uma sala cedida pela Escola Estadual Professora Leda Fernandes Lopes, em Suzano (Grande SP), ele reúne estudantes de idades entre 8 e 50 anos.
O serviço é aberto a moradores da região de Suzano e Ferraz de Vasconcelos (Grande SP). Nas aulas, os alunos aprendem a usar softwares para cegos, mapas em alto relevo e até a andar de bengala. “Tenho aluno que não sai sozinho na rua, porque a família não deixa. Aqui ele aprende a caminhar com a bengala, a pegar o ônibus e o trem”, afirma.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, a rede tem 16 professores cegos ou com visão subnormal em classes comuns. Existem 1073 classes para alunos cegos no Estado. Para participar, é preciso estar matriculado. Informações no site www.educacao.sp.gov.br.
