O Museu da Língua Portuguesa completou três anos de funcionamento em março de 2009 e já atraiu mais de 1,6 milhão de pessoas. O modelo do museu paulista fez sucesso e virou referência para países europeus, que investem pesado na área cultural.
Só em Portugal, o Museu da Língua Portuguesa do país tem um orçamento de 3,5 milhões de euros. Segundo o ministro português da Cultura, José António Pinto Ribeiro, a instituição foi criada porque 200 milhões de pessoas falam o português em quatro continentes. Ele destaca a importância da língua materna como identidade e ferramenta para ler o mundo e organizar o pensamento. O foco do museu português será a influência das colônias sobre a Coroa (Portugal).
“Fico orgulhoso em ter nosso museu como referência para outras instituições. Os projetos da Itália, Portugal e Espanha estão bem adiantados. No ano passado, recebemos representantes de Portugal para iniciarmos parceria para a criação de um museu em Belém”, afirma Antonio Carlos de Moraes Sartini, superintendente do Museu da Língua Portuguesa.
A versão lusitana trará a história, os atores, os antecedentes e as consequências das explorações oceânicas portuguesas – com ênfase na expansão e difusão da língua pelo mundo. Cerca de 200 mil pessoas por ano são esperadas no museu, que deverá chamar Museu do Mar e da Língua Portuguesa.
Na Itália, será edificado o Museu da Língua Italiana. A etapa inicial da obra vai contar com um aporte de 4 milhões de euros e o público poderá visitar o local a partir de dezembro de 2010. O museu será construído na localidade de Montepulciano, cuja história que remonta aos etruscos.
A Espanha também terá um centro para abrigar todas as línguas europeias. O Linguamón – Casa das Línguas será construído para preservar a língua, que sofre ameaça constante do domínio do idioma inglês. Em 2008, representantes da entidade estiveram no Brasil e visitaram o Museu da Língua Portuguesa. O órgão brasileiro também serviu de modelo para os espanhóis.
Do Diário Oficial
