Instituto de Botânica presta serviço de identificação de planta

Cerca de três pedidos diários, em média, são solicitados de todo o Brasil ao órgão paulista; reconhecimento pode ser feito gratuitamente

seg, 07/08/2017 - 15h47 | Do Portal do Governo
Pedro Calado/Divulgação
Diretora do Centro de Pesquisa em Plantas Vasculares, Rosângela Simão-Bianchini analisa planta no IBt

O Herbário do Instituto de Botânica (IBt) presta serviço de reconhecimento de plantas diariamente. Normalmente os pedidos são feitos por mera curiosidade, em razão de alguma intoxicação, pelo potencial paisagístico ou por questão medicinal.

Todos os dias, o IBt recebe uma média de três pedidos de identificação de todo o Brasil. As solicitações são enviadas por e-mail e correio, e ainda quem vá pessoalmente fazer o pedido, munido de fotografias ou amostras das plantas.

Doutora em Ciências Biológicas e diretora do Centro de Pesquisa em Plantas Vasculares, Rosângela Simão-Bianchini comentou que a maioria dos pedidos é de São Paulo, e quase sempre encaminhada por curiosos.

“O IBt sempre prestou esse serviço para a população, e isso continua até hoje”, informou Rosângela, explicando que o serviço é gratuito para curiosos que desejam conhecer o nome popular ou o científico da planta, além da sua origem.

Em alguns casos, no entanto, há cobrança pelo serviço. Quando é solicitada a identificação de plantas com fins comerciais, a empresa interessada precisa pagar uma taxa de R$ 150. Solicitações de laudos e descrições sobre a planta custam até R$ 300. A cobrança é maior quando há pedido de laudos em inglês, sendo necessário solicitar um orçamento.

“Há consultas de todos os tipos de interessados, desde indústrias farmacêuticas e de cosméticos, até consultorias e outros, e há sempre uma grande demanda por parte de editores de revistas especializadas em agricultura, e até mesmo de investigadores da polícia, que buscam indicações para desvendar algum crime”, disse a especialista, antes de explicar que a identificação é feita pelos taxonomistas do IBt, seguindo técnicas específicas.

As amostras devem ser de plantas em estado reprodutivo. Elas devem consistir de galhos com as folhas, flores ou frutos; se for uma erva o indicado é apresentar a planta toda. Com elas em mãos, características de pólen, pétalas, tricomas (que são as pilosidades das plantas) são analisadas em laboratório.

No caso das fotos, as imagens precisam mostrar vários ângulos das plantas, especialmente se forem flores ou frutos. “Quando obtemos alguns nomes possíveis fazemos a comparação com a coleção do Herbário SP, seguindo um procedimento básico. Como nosso acervo é muito rico, com mais de 490 mil amostras, é possível chegar a uma conclusão”, afirmou.

O herbário do IBt é a terceira maior coleção do país, atrás apenas da presente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que são, respectivamente, as maiores e mais antigas do Brasil.

“Apesar de a maioria das amostras ser de plantas comuns, já houve casos de analisarmos espécies raras, sob ameaça de extinção”, salientou a pesquisadora.

Quem quiser enviar amostras por carta, precisa colocar como destino o “Herbário – Serviço de Identificação – Instituto de Botânica, A/C Dra. Rosângela Simão-Bianchini. O endereço para enviar a correspondência é Av. Miguel Stéfano, 3.687 – Água Funda, CEP 04301-902 – São Paulo – SP.  Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 5067.6083 ou envie e-mail para bianchini@ibot.sp.gov.br.