Imunização contra sarampo e poliomielite em SP supera 55% do público-alvo

Campanha de vacinação segue até 31 de agosto; previsão é de que a ação proteja 2,2 milhões de crianças no Estado

qua, 22/08/2018 - 20h33 | Do Portal do Governo

Um balanço elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base em dados informados pelos municípios, indica que a cobertura vacinal no território paulista está em 57,14% para poliomielite e 56,34% no caso do sarampo, por meio da campanha em curso sobre imunização contra as duas doenças.

Vale destacar que a população-alvo prevista na ação é de 2,2 milhões de crianças do Estado, com a meta de vacinar pelo menos 95% delas com idade entre um ano e cinco anos incompletos. A imunização é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.

Pais ou responsáveis devem levar os pequenos que ainda não foram vacinados aos postos de vacinação até 31 de agosto, data prevista para o fim da iniciativa. A pasta também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos.

Além dessa substância, os municípios recebem a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem essa proteína. A vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, enfatiza a diretora de imunização da secretaria, Helena Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente.

Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico. “Contamos com os pais e responsáveis para que continuem mobilizados para levar as crianças aos postos de vacinação. A vacina é segura e é indispensável para a eliminação de riscos da circulação de pólio e sarampo no Estado de São Paulo”, acrescenta.

Reforços

Não existe registro de casos de paralisia infantil em São Paulo há 30 anos. Desde 2000, não foram identificados casos autóctones de sarampo no Estado. O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

É importante frisar que a imunização contra o sarampo ocorre por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal consiste em uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses, por meio da aplicação da tetraviral, que inclui a defesa contra varicela.