Etec de Suzano desenvolve pomada cicatrizante a partir do espinafre

Ideia é lançar no mercado um produto até 70% mais barato em comparação a outras pomadas; projeto será apresentado na Febrace

ter, 21/03/2017 - 14h22 | Do Portal do Governo

Empenhados em descobrir e aproveitar cada vez mais os inúmeros benefícios que a clorofila três alunos fizeram um novo produto. Os estudantes de química da Escola Técnica Estadual (Etec) de Suzano desenvolveram uma pomada cicatrizante, utilizando espinafre como matéria-prima. Foi dedicado um ano de pesquisa para desenvolver a “Chlorophyll Ointment” (pomada de clorofila, em inglês). Hoje os alunos são recém-formados em Química.

O aluno Victor de Sousa e as alunas Rafaela de Oliveira e Sabrina Gardiano foram orientados pelo professor Cesar Tatari. O orientador é formado em Química, com pós-graduação em Química Tecnológica Industrial. Juntos eles criaram uma fórmula que utiliza como princípio ativo a clorofila de espinafre que é um recurso abundante na natureza. Também desenvolveram processos bem menos complexos na produção do que os métodos utilizados nos outros fármacos com a mesma finalidade.

Esse trabalho será um dos 19 projetos de 17 Etecs do Estado que participam da 15ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A Feira começa nesta terça-feira (21) e vai até quinta (23), no campus Butantã da USP, na capital paulista.

A ideia do grupo é lançar no mercado um produto até 70% mais barato em comparação a outras pomadas cicatrizantes. “Estamos em contato com empresas e institutos de pesquisa para conseguir apoio e fazer o teste de eficácia da fórmula. Esse será o primeiro passo para tentar aprovação nos órgãos competentes”, ressalta o estudante.

Premiações

Projeto venceu a 7ª edição do Prêmio Eseg de Gestão, promovido pelo Etapa em parceria com o Centro Paula Souza. O grupo também foi premiado na Mostra de Trabalhos de Cursos Técnicos do Colégio Técnico da Unicamp. Na 4ª Mostra de Ciências e Tecnologia da 3M ficaram em primeiro lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra. Com o resultado, a equipe obteve o credenciamento para participar da Febrace.

O grupo ganhou uma mentoria de seis meses com técnicos do instituto que irão auxiliá-los a dar continuidade ao projeto.