Estado de São Paulo conta com mais de 57 bancos de leite

Para doar, basta ser saudável e não fazer uso de qualquer tipo de medicamento; veja como funciona o procedimento e ajude quem precisa

qua, 02/01/2019 - 20h07 | Do Portal do Governo

Todo mundo sabe que durante os primeiros meses de vida o alimento mais completo para o bebê é o leite materno. Além de fornecer todas as necessidades nutricionais, ele ainda ajuda na formação do sistema imunológico, a prevenir alergias e intolerâncias, entre outras vantagens que podem fazer toda a diferença no desenvolvimento da pessoa.

Pensando nas mulheres que por algum motivo não podem amamentar seus filhos, os bancos de leite foram criados. Atualmente, o Estado de São Paulo conta com mais de 57 bancos de leite e, destes, 30 estão espalhados pelo interior.

Mulheres interessadas em doar devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia dos últimos seis meses. Normalmente, os bancos de leite oferecem serviços de busca em domicílio e também costumam disponibilizar um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a qualidade do alimento doado.

Toda mulher que alimenta seu filho exclusivamente com leite materno e, mesmo assim, tem de sobra, pode ser uma doadora. Basta ser saudável e não fazer uso de qualquer tipo de medicamento.

De acordo com o diretor técnico de Saúde do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, o professor universitário e médico infectologista Ricardo Leite Hayden, o banco de leite do Hospital recebe de 30 até 40 litros de leite por mês. “A paciente tem que se dirigir a unidade para fazer o cadastro e retirar o kit. Após isso, a equipe retira o leite na residência da pessoa”, explica.

Para as mulheres, a doação de leite evita empedramento das mamas e ajuda na recuperação da forma física. “Um ato de amor inexplicável. Depois que doei meu leite pela primeira vez, percebi importância do ato”, disse a paciente do HGA, Andréa Santos.