Energia e Mineração quer reduzir consumo energético do TJ-SP

Pasta fará gestão das contas de eletricidade e pretende economizar até R$ 3 milhões por ano no consumo de energia dos prédios do TJ paulista

qui, 10/05/2018 - 19h48 | Do Portal do Governo

Nesta semana, a Secretaria de Energia e Mineração e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo firmaram acordo de cooperação técnica para a gestão de contratos de fornecimento de energia elétrica de alta e média tensão, buscando reduzir os gastos na conta de luz dos edifícios públicos ocupados pelo poder judiciário.

Por meio do Sistema Gesfat – Gestão e Análise de Faturas e Contratos de Energia Elétrica, fica a cargo da Secretaria de Energia e Mineração analisar as demandas de energia elétrica dos edifícios do TJ paulista. O acordo tem duração de cinco anos e não gera custo para o executivo e o judiciário paulista.

“É fundamental que o governo realize a gestão de seus contratos nos mais diversos setores para que não haja desperdício de dinheiro público. A energia elétrica requer uma atenção especial devido a variação da demanda que é sentida imediatamente como, por exemplo, a utilização de mais equipamentos eletrônicos ou a ampliação do quadro de funcionários”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

O Tribunal de Justiça de São Paulo possui mais de 800 unidades, que juntas consomem anualmente mais de R$ 30 milhões em energia elétrica. Com a gestão dos contratos realizada pela Secretaria de Energia e Mineração e ações de eficiência energética, o TJ-SP deve ter uma economia anual de até R$ 3 milhões.

“Temos colocado em prática ações para reduzir custos e despesas fazendo mais com menos e aplicando o dinheiro do povo paulista da melhor forma possível, atendendo os anseios da sociedade”, afirma o desembargador e presidente do TJ-SP, Manoel de Queiroz Pereira Calças.

Em operação há seis anos, o Gesfat já economizou para os cofres públicos mais de R$ 80 milhões. Atualmente, a Secretaria de Energia e Mineração realiza o monitoramento e a gestão de 1.648 unidades de alta e média tensão do governo estadual. Nesse período, mais de 700 contratos sofreram adequações de demanda.

O sistema otimiza as despesas com energia elétrica, por meio da eliminação de penalidades e da regulação dos contratos de fornecimento com as distribuidoras de energia.

O custo com energia elétrica de todas as unidades analisadas em 2017 pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo foi de R$ 372,8 milhões. Com a gestão dos contratos pelo Gesfat foi possível gerar uma economia no ano passado de aproximadamente R$ 38 milhões, redução de mais de 10%.

A Secretaria de Energia e Mineração irá capacitar as equipes administrativas regionais do Tribunal para operar o sistema com o objetivo de utilizar um consumo racional de energia elétrica. O Gesfat utiliza dados gerenciais de histórico de demanda, faturamento, leitura e informações de consumo “na ponta” e “fora da ponta”.

Os contratos de energia elétrica do Grupo A (alta e média tensão), onde se paga pela demanda e pelo consumo de energia elétrica, são diferentes dos contratos do Grupo B (baixa tensão), onde se paga apenas pelo consumo, como é caso das residências. No Grupo A, os contratos só podem ser alterados uma vez por ano e caso não sejam atualizados, são renovados automaticamente.

As empresas e instituições também podem fazer a gestão de suas contas de fornecimento de energia, analisando os gastos passados e, se for o caso, propor alterações nos contratos deste serviço.

O Estado de São Paulo é responsável por mais de 30% do consumo de energia elétrica do país. A soma de Iluminação Pública, Poder Público e Serviços Públicos consome anualmente 11.270 GWh, aproximadamente 8,9% do consumo de energia elétrica do Estado.

Participaram também da reunião para assinatura do acordo os juízes Airton Pinheiro de Castro, Ricardo Dal Pizzol e Renato Hasegawa Lousano, o secretário de Administrações do TJ-SP, Ariovaldo Tedeski, o chefe de gabinete da Secretaria, Marco Antonio Castello Branco, o subsecretário de Energia Elétrica, Herique Ferraz, e o assessor da subsecretaria, Marcos Paulo Silva.