Encontro discute oferta de educação em unidades prisionais

Servidores falam sobre desafios e apresentam propostas para melhorar qualidade do ensino prestado aos reeducandos

ter, 26/11/2019 - 12h29 | Do Portal do Governo
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2º Encontro Técnico, em Araraquara, discute oferta de educação em unidades prisionais

A Secretaria da Administração Penitenciária promoveu o 2º Encontro Técnico: “Desafios e Possibilidades da Educação Básica para Jovens e Adultos nas Unidades Prisionais do Estado de São Paulo”. Realizado no Instituto Federal de Araraquara, dia 7, o evento abordou a oferta educacional nas prisões e como aprimorar a qualidade do ensino prestado aos reeducandos.

A atividade foi realizada em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, Escola de Administração Penitenciária “Dr. Luiz Camargo Wolfmann” e Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap). Voltado para os diretores e servidores das coordenadorias de unidades prisionais das regiões Noroeste (CRN), Central (CRC) e Oeste (Croest), o encontro contou com palestras e debates.

Responsáveis pela área educacional das prisões, os participantes discutiram formas de otimizar o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), visando melhorias no atendimento escolar prestado nas escolas vinculadoras que funcionam dentro das unidades prisionais.

Além da oferta de educação relacionada aos ensinos Fundamental e Médio, foram discutidas, também, parcerias para execução de cursos profissionalizantes, em geral. Os presentes apresentaram propostas para embasar estratégias para aumentar a frequência de alunos nas aulas e proporcionar entrega de material didático diferenciado para as unidades.

Soluções

Coordenador das unidades prisionais da Região Noroeste, Carlos Alberto Ferreira de Souza ministrou palestra sobre a importância da educação no sistema prisional. Souza destacou que ofertar educação colabora com o processo de ressocialização dos detentos. “Muitos deles nunca tiveram a oportunidade de estudar e conhecem os bancos escolares dentro da prisão. Temos vários exemplos de presos que concluíram os estudos e não voltaram mais para o sistema prisional. A educação, portanto, pode transformar a vida deles”, afirmou.

Diretor do Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor da CRN, Nilson Dantas falou sobre relacionamentos interpessoais. “A abordagem buscou sensibilizar os diretores para uma questão importante: antes do profissional, há uma pessoa, que expressa seus pensamentos e sentimentos. Por isso, os processos de comunicação devem ser cada vez mais abordados, buscando minimizar os conflitos e melhorar as relações interpessoais”, disse.

Diretor Adjunto de Promoção Humana da Funap, Sebastião Carlos Romão da Silva destacou a necessidade de os funcionários estarem envolvidos no processo de ensino, considerando a experiência dos servidores com o público-alvo.

“Pensar em ofertas de ensino para a população privada de liberdade é uma premissa básica, considerando que a educação é um direito garantido para todas as pessoas e está direcionada para o pleno desenvolvimento da personalidade do ser humano”, aponta.

Além de palestras, os participantes reuniram-se em grupos e elencaram propostas que serão encaminhadas para a Secretaria de Estado da Educação.