Em Buenos Aires, Alckmin participa do 12º Fórum Econômico Mundial

Governador destacou crescimento positivo do Brasil e anunciou a realização da próxima edição do evento no ano que vem em São Paulo

sex, 07/04/2017 - 18h39 | Do Portal do Governo

Nesta sexta-feira (7) o governador de São Paulo Geraldo Alckmin participou do encerramento do 12º Fórum Econômico Mundial (FEM), em Buenos Aires, Argentina. O convite partiu do presidente do Fórum, Klaus Schwab, que esteve no Palácio dos Bandeirantes na última segunda-feira (3).

Alckmin fez parte do painel “Promovendo Desenvolvimento e Empreendedorismo na 4ª Revolução Industrial” e finalizou seu discurso anunciando que a capital paulista irá sediar o próximo FEM, em março de 2018.

“Participamos do Fórum Econômico Mundial Latino-Americano aqui em Buenos Aires e fizemos o convite para que todos participem, em março do ano que vem em São Paulo. Nós vamos sediar o Fórum Econômico Mundial debatendo temas importantes, como a quarta revolução industrial, os avanços da tecnologia, inovação, emprego, renda, comércio exterior, desenvolvimento para a América Latina”, disse o governador.

O painel contou ainda com a presença do presidente e diretor-executivo da JA Worldwide, Asheesh Advani, do diretor-executivo da Pan American Energy, Marcos Bulgheroni, do presidente da IRSA Inversiones y Representaciones, Eduardo S. Elsztain, que são também co-presidentes do evento.

Outros nomes de peso também estavam presentes, como o chefe de gabinete dos Ministérios da Argentina, Marcos Peña, do presidente do BT Group do Reino Unido, Michael Rake, da âncora da CNN Gabriela Frias, do membro do Conselho do FEM Philipp Rösler e de Klaus Schwab.

Para encerrar seu pronunciamento, Alckmin destacou a miscigenação característica da capital paulista. “São Paulo é uma cidade cosmopolita. Costumo dizer que é onde o japonês fala português com sotaque italiano”, concluiu, provocando risos da plateia e convidando a todos a virem a São Paulo na próxima edição do evento.

Crescimento da economia
Pela manhã, o governador concedeu entrevistas para importantes veículos da imprensa local, como o Clarin e a agência EFE, e falou sobre o atual cenário econômico paulista e brasileiro e da América Latina. “Acho que teremos crescimento positivo esse ano e crescimento mais forte ano que vem”, disse.

Sobre a economia brasileira, afirmou que “o Brasil terá recuperação lenta, mas consistente” e que é um “grande defensor da integração da América Latina”. Ressaltou também a importância do agronegócio e a necessidade das reformas trabalhista e previdenciária para o crescimento da economia nacional.

“Será uma recuperação lenta mas consistente, não é por igual. Então, a agropecuária, o agronegócio vive um ótimo momento. Foi o clima que ajudou e nós vamos ter uma safra recorde na questão do agronegócio. A indústria recupera de forma desigual, mas também já dá sinais de recuperação. Nós percebemos isso na arrecadação de tributos no Estado de São Paulo, que é um Estado muito industrial”, explicou o governador.

Alckmin falou ainda sobre o grande desafio mundial de gerar emprego e renda. “Os empregos desaparecem em uma velocidade impressionante e novos empregos surgem. Um exemplo no agronegócio, nós tínhamos em São Paulo o cortador de cana, hoje em dia é tudo mecanizado. Então, nós temos um curso de tecnólogo na Fatec e criamos outro curso, o Big Data. No agronegócio o número de informações é impressionante. Então é um mundo muito rápido”, comentou.

Durante a entrevista, o governador destacou a importância da tecnologia no atendimento à população. “Nós temos um programa chamado Poupatempo, que é um serviço público rápido e muito bem avaliado que utiliza inteligência artificial. Então, o Poupinha que é o robô, ele fez em 100 dias 8,5 milhões de atendimento. Eu diria que o nosso tempo é o tempo da mudança e da velocidade”, finalizou Alckmin.

A última vez que o governador de São Paulo esteve na Argentina foi em novembro do ano passado, quando reuniu-se com o presidente Mauricio Macri na Casa Rosada, sede do governo portenho. Durante o encontro, foram discutidas as relações comerciais, os investimentos e os cenários políticos do Brasil e Argentina.