Em Brasília, Alckmin defende políticas de infraestrutura no agronegócio

Governador teve três reuniões com entidades e grupos do setor, que atua forte na recuperação da economia e criação de empregos

ter, 12/09/2017 - 16h22 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin foi a Brasília nesta terça-feira (12) para discutir medidas de melhorias para o desenvolvimento do agronegócio que tragam benefícios para o Brasil e o Estado de São Paulo.

A agenda incluiu reunião com o Conselho do Instituto Pensar Agro (IPA), encontro com o comitê de Agroenergia da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e almoço-reunião promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne 43 entidades do setor.

Alckmin defendeu uma reforma da Previdência que acabe com privilégios, além de iniciativas para aperfeiçoar a infraestrutura e logística do agronegócio, permitindo o transporte seguro e de baixo custo para insumos e a produção agrícola.

“O Brasil é vocacionado, já é uma potência agrícola e isso vai crescer ainda mais e tem que ser uma potência agroindustrial, agregando valor para poder ter mais emprego e renda. Então é um setor estratégico para o desenvolvimento brasileiro”, avaliou Alckmin.

O Estado de São Paulo tem apostado no aperfeiçoamento dos programas de concessão para garantir investimentos em infraestrutura por meio da iniciativa privada. No caso da agricultura, os maiores benefícios têm vindo da concessão de estradas, que promovem o aprimoramento da malha viária sem onerar os cofres públicos.

O governador também ressaltou os investimentos que estão sendo feitos na hidrovia Tietê-Paraná. Com investimento de R$ 203 milhões, o Governo de São Paulo está ampliando e desassoreando do canal Nova Avanhandava, o que vai resolver um gargalo na passagem de embarcações e beneficiará todo o centro-sul do país, em especial Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

“Foi uma reunião muito proveitosa com o Instituto Pensar Agro, tratamos inclusive de temas do nosso Estado de São Paulo, na questão do PRA, as questões de infraestrutura e logística, fiz uma exposição sobre a hidrovia Tietê-Paraná, que está em obra de derrocamento para aprofundamento da hidrovia, Ferroanel, uma obra extremamente necessária, o acesso ao Porto de Santos, o Confaz, tem uma renovação de resolução do Confaz importante para a área também do agronegócio”, comentou o governador.

Reforma da Previdência

Alckmin ouviu dos participantes a necessidade de implantação do seguro de renda, que já existe em São Paulo; de um plano plurianual que auxilie no planejamento do setor no médio prazo; melhorias na logística de armazenamento; investimentos nas atividades de pesquisa e extensão; desburocratização dos processos de licenciamento ambiental. Além disso, declarou-se favorável à redução da alíquota interestadual para produtos agrícolas, para estimular a circulação interna.

“São Paulo votará favoravelmente, ouvi todo o setor, os desafios do presente e pra frente, a necessidade de termos planos plurianual, seguro de renda, investir em infraestrutura e logística num país continental como é o Brasil. Depois participei também de uma reunião do RenovaBio, energia limpa, renovável, energia verde, fortalecermos aí o etanol, biodiesel, bioeletrecidade. Hoje o Agro tem um papel fundamental, as regiões que mais cresceram do ponto de vista econômico, o PIB, foi exatamente onde tem a maior presença do agrobusiness, especialmente da agropecuária”, continuou.

Para o governador, a reforma da Previdência é urgente, bem como a redução do déficit dos gastos públicos da União, o que compromete a capacidade de investimento governamental na infraestrutura necessária ao crescimento. “O Brasil é pior do que ser desigual, é profundamente injusto. A reforma da Previdência que está proposta exclui várias categorias e deixa quem recebe salário mínimo pagar a conta. É claro que a população está contra”, afirmou.

Já na reunião da ABAG, o governador defendeu o RenovaBio, a fim de ampliar a participação de biocombustíveis na matriz energética brasileira.

O agronegócio tem sido essencial para a retomada do crescimento da economia brasileira e a recuperação do emprego. Dados do CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego, apontam que a agropecuária teve saldo positivo de 117 mil empregos gerados de janeiro a junho no país, contra saldo geral de 67 mil considerando todos os setores (alguns tiveram saldo negativo).

Em São Paulo, do saldo total positivo de 61 mil empregos gerados no mesmo período em 2017, 49 mil foram no setor da agropecuária. Segundo a FPA, o campo responde por 23% do Produto Interno Bruto Brasileiro.