DAEE planta 90 mil mudas em torno da barragem de Pedreira

Corredor ecológico ao longo das obras do reservatório já conta 126 espécies diferentes

qua, 08/01/2020 - 17h34 | Do Portal do Governo

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) já plantou 90 mil novas mudas de 126 espécies diferentes no entorno da Barragem Pedreira, que está em construção desde janeiro do ano passado. A área beneficiada tem 214 hectares, o que equivale a 231 campos de futebol.

No total, 405 hectares receberão novas mudas, o equivalente a 437 campos de futebol. O DAEE já está preparando o plantio dos 191 hectares restantes.

O total a ser plantado é mais de três vezes superior à quantidade de área utilizada para construção da barragem. Além da reposição de vegetação, obrigação legal prevista no licenciamento ambiental, o reflorestamento vai promover o enriquecimento de uma região já bastante degradada pela ação do homem.

O corredor ecológico ao redor da barragem tem a função ambiental de preservar recursos hídricos, paisagens, estabilidade geológica, biodiversidade, favorecendo a transferência de genes de uma população para outra, a colonização ou recolonização de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar da população local.

Os exemplares utilizados pelo DAEE atendem às características da Floresta Estacional Semidecidual, um dos biomas da Mata Atlântica em pior estado de conservação no país, mescladas com exemplares do Cerrado.

Enriquecimento florestal

Os estudos para a construção da Barragem Pedreira obedeceram a uma busca rigorosa pelas plantas existentes na região do reservatório, algumas ameaçadas de extinção. Desde meados de 2018, é mantido um viveiro no próprio canteiro de obras, onde se cultivam as sementes da vegetação. Mudas de outros viveiros também serão utilizadas. Um banco de germoplasma (unidades que conservam material genético) foi montado a partir da identificação, da caracterização e da preservação de células germinativas dessas espécies resgatadas.

Ao longo dos últimos anos, o DAEE vem reunindo experiências bem sucedidas em projetos como o Parque Ecológico do Tietê (PET) e o Parque Várzeas do Tietê (PVT), onde os projetos de resgate da flora também impactam diretamente na riqueza da fauna com o reaparecimento de pássaros e bichos voltando a frequentar seus limites.