#DestinodaSemana: Conheça Cunha, seus encantos, arte e cultura popular

Trilhas ecológicas, banhos de cachoeira, arte em cerâmica e festas o ano todo estão entre as atrações da charmosa Estância Climática

sex, 27/10/2017 - 19h18 | Do Portal do Governo

Quem ama natureza, arte e tradições culturais populares não tem como não se encantar por Cunha, pelas paisagens e a vegetação da Serra do Mar e da Serra da Bocaina, que envolvem essa bela Estância Climática.

O Núcleo de Cunha do Parque Estadual da Serra do Mar tem 10 mil km de preservada Mata Atlântica, rica em espécies de plantas e fauna. É possível percorrer trilhas no parque de três níveis, da menor à maior intensidade.

A trilha do Rio Paraibuna é a mais fácil e tem 1,7 quilômetros na margem esquerda do rio. A trilha do Rio Bonito é a segunda em termos de dificuldade com 7,6 quilômetros. A trilha mais longa, de 14,4 quilômetros, percorre as margens do Rio Paraibuna e Rio Ipiranga.

Na Serra da Bocaina, a trilha em direção à Pedra da Macela tem dois quilômetros de aclive e o prêmio para quem a faz é a bela vista que proporciona. Dela, é possível avistar, em dia de céu aberto, a Baia de Paraty e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e a Ilha Grande, cujo acesso é feito por Ubatuba, em São Paulo.

O contato com a natureza também está presente nas cachoeiras da região. Entre as mais belas está a Cachoeira do Pimenta e a Cachoeira do Desterro. Próximas uma da outra, elas contam com boa infraestrutura para receber o turista.

Outra atração de Cunha são as árvores de Araucária que fazem da cidade uma grande produtora de pinhões.

Origens
Cunha tem as suas origens no Século XVII quando era rota para os aventureiros que saíam de Parati, no Rio de Janeiro, rumo às minas de ouro e pedras preciosas de Ouro Preto, Minas Gerais.

Com o passar do tempo, o ouro foi escasseando e as trilhas foram calçadas para transportar outro tipo de tesouro: os grãos de café cultivados nas fazendas.

Por isso, visitar Cunha é como voltar um pouco no tempo. É como estar em uma cidade dos tempos coloniais, de amplos casarões e igrejas centenárias.

Como chegar
O Caminho do Ouro fazia a ligação entre Cunha e a cidade litorânea de Paraty (RJ). Ainda é possível fazer o trajeto, mas os aventureiros são aconselhados a enfrentar as  dificuldades do trecho pelo Parque da Serra do Mar de jipe ou veículo 4×4.

A Dutra é a melhor rodovia para chegar à Cunha, seja pelo Rio de Janeiro quanto por São Paulo, ou pelas rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, até o acesso por meio da rodovia SP-171.

Cunha conserva as tradições com a realização de festas o ano todo. No feriado de Corpus Christi, por exemplo, as ruas são decoradas pelos moradores com tapetes feitos de serragem e pó de café.

Na Festa do Divino, em julho, a população se veste de branco, com fitas coloridas e bastões. Missas, novenas e danças folclóricas como a Congada, Moçambique e o Jongo caracterizam os festejos.

Cerâmica
O município também vem consolidando sua imagem pelo artesanato em cerâmica, com peças de diferentes influências, da indígena à contemporânea.

Esta arte atrai a cidade novos ceramistas. No momento está acontecendo o Festival da Cerâmica. Iniciado em 7 de outubro o evento termina no próximo dia 5 de novembro.

Nos dias 9 e 10 de novembro, acontece o Festival de Música Caipira de Cunha.