Obras no Canal de Avanhandava vão beneficiar Hidrovia Tietê-Paraná

Escavação vai trazer benefícios para a navegação no trecho paulista da Hidrovia Tietê e na geração de energia da Usina de Três Irmãos

qui, 23/02/2017 - 14h26 | Do Portal do Governo

Com investimentos de R$ 203 milhões e conclusão prevista para julho de 2019, as obras de ampliação e assoreamento do Canal de Avanhandava, no município de Buritama, interior de São Paulo, foram iniciadas nesta quinta-feira (23), com presença do governador Geraldo Alckmin. O canal vai ganhar mais 2,4 metros de profundidade em um trecho de aproximadamente 10 quilômetros da Hidrovia Tietê-Paraná até a jusante da Usina de Três Irmãos.

Alckmin disse que as obras são de caráter estruturante e que serão muito importantes para o desenvolvimento da região e do País. “Havia um gargalo aqui em Nova Avanhandava que será resolvido com o rebaixamento do pedral”, afirmou. “O ano passado, batemos o recorde de transporte pelas hidrovias, 8,7 milhões de toneladas, e acho que poderemos ir rapidamente a dois dígitos e transportar mais de dez milhões de toneladas”, disse o governador sobre o movimento de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná.

O alcance dos benefícios trará reflexos positivos para a população dos diversos estados que utilizam a hidrovia para o transporte de cargas e passageiros. Serão beneficiadas as populações de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Goiás. De quebra, a obra irá ampliar a capacidade de energia gerada pela Usina de Três Irmãos.

Os benefícios também virão na forma de novos postos de trabalho. A estimativa é de que podem ser gerados até 1.400 empregos, dos quais 350 diretos e 1.050 indiretos.

Alckmin também comentou os outros aspectos que envolvem a obra: “Nós vamos tirar daqui 700 mil m3. de pedras, 500 mil m3. de terra, ou seja, 1,3 mil m3., e rebaixaremos 2,4 metros em 10 quilômetros. Aí, mesmo com uma seca forte, a hidrovia não para. É uma segurança para quem precisa da hidrovia”, completou.

Trecho paulista
O trecho da Hidrovia Tietê-Paraná no Estado de São Paulo é administrado pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), vinculado à Secretaria de Logística e Transporte.

Em 2014, o trecho entre o km 95,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava estiveram interrompidos devido à crise hídrica que afetou o Estado e prejudicou o transporte de mercadorias.

Com o retorno das operações, a capacidade de transporte de cargas foi recuperada em 20 meses. Em 2016, foram transportadas 3,2 milhões de toneladas de produtos pelo trecho paulista. Os principais produtos transportados foram areia, cana-de-açúcar, soja e farelo de soja.

Dos R$ 203 milhões que serão investidos na obra do Canal de Avanhandava, R$ 181,5 milhões são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e R$ 21,5 milhões do governo estadual.