A hora do planejamento familiar

Publimetro

sex, 03/08/2007 - 12h49 | Do Portal do Governo

A hora do planejamento familiar

JOSÉ SERRA

Publimetro (1/8/2007)

Ao distribuir pílulas anticoncepcionais para todas as mulheres interessadas, inclusive em quiosques no metrô e trens, o governo de São Paulo cumpre um dever previsto na Constituição e atende à vontade da população. Segundo pesquisas de opinião, mais de 90% dos brasileiros apóiam o planejamento familiar.

O planejamento é uma opção democrática e permite que cada casal resolva quantos filhos quer ter e se irá (ou não) usar métodos anticoncepcionais. O governo só oferece anticoncepcionais a quem quiser utilizá-los – sempre de forma gratuita. Também exige uma receita médica para a entrega do medicamento, o que garante a saúde das mulheres.

O aumento de recursos para vasectomia e laqueadura em hospitais do SUS vai permitir dobrar o número de pacientes atendidos em cirurgias de vasectomia e laqueadura.Usada pelas famílias de classe média desde os anos 60, a pílula anticoncepcional chegou muito mais tarde na casa de quem tem menor renda e menos oportunidades. Em muitas casos, nem chegou.

Por causa disso, centenas de milhares de mulheres convivem com um drama conhecido e perfeitamente evitável pela medicina – a gravidez indesejada.

A gravidez precoce prejudica especialmente adolescentes, que ficam impossibilitadas de seguir nos estudos e conquistar postos melhores no mercado de trabalho. Muitas não têm condições de dar uma educação adequada aos filhos. Um em cada cinco brasileiros favoráveis ao planejamento familiar está convencido de que o uso de métodos anticoncepcionais pode ajudar a combater a violência e os estudos internacionais confirmam isso.

A oferta de anticoncepcionais faz parte do compromisso do governo de São Paulo com a defesa da saúde da mulher. O avanço no planejamento familiar será acompanhado por medidas de apoio às mães interessadas em ter seus filhos, como a realização de mutirões contra o câncer de útero e de mama, além de ações para enfrentar a mortalidade materna pós-parto.

JOSÉ SERRA

Governador do Estado de São Paulo