Alckmin propõe Agência de Inteligência em reunião com Temer

Órgão atuaria no reforço de fronteiras e combate ao tráfico de drogas e armas; governador também pediu verba federal para concluir Rodoanel

seg, 02/10/2017 - 15h01 | Do Portal do Governo

Uma Agência Integrada de Inteligência com o objetivo de reforçar a segurança das fronteiras do Brasil e combater o tráfico de drogas e armas. Essa foi a proposta que o governador Geraldo Alckmin apresentou ao presidente Michel Temer em audiência realizada na manhã desta segunda-feira (2), em Brasília.

“A ideia é ter uma agência de inteligência em que o Governo Federal trabalhe de forma integrada com os Estados. A questão da segurança pública preocupa a população e ela está ligada ao tráfico de armas e drogas”, justifica Alckmin, que discutiu assuntos de interesse do Estado de São Paulo e não chegou a oficializar a proposta.

Para Alckmin, o ideal seria a agência ser formada por agentes das Polícias Federal e Rodoviária Federal, das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os Estados também participariam disponibilizando efetivo de agentes de inteligência e a integração de suas bases de dados.

“Temos que agir de forma rápida e não há como o governo federal não liderar esse trabalho”, concluiu. A Agência Integrada de Inteligência seria ligada diretamente à Presidência da República e coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional.

Além da proposta referente à segurança, Alckmin também discutiu com o presidente Michel Temer a liberação de R$ 620 milhões prometidos pelo Governo Federal para a conclusão das obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas.

“Já fizemos os trechos Sul, Leste e Oeste. Está faltando apenas o trecho Norte para concluir os 180 quilômetros do Rodoanel. Essa é uma obra estratégica porque vai ligar o maior aeroporto do país, que é Cumbica, em Guarulhos, ao maior porto, de Santos. Também está prevista, no mesmo projeto, área para a construção do Ferroanel”, explicou o governador, lembrando que o Governo Federal já repassou R$ 87.333.333,00, mais ainda restam R$ 532.666.667,00.

“O acordo, feito ainda na gestão Mário Covas e Fernando Henrique, era que dois terços do custo da obra seriam pagos pelo Estado e um terço pago pelo Governo Federal. O presidente me disse que vai verificar e nós insistimos para que essa verba seja liberada o quanto antes”, detalhou Alckmin.

O governador argumentou que até o final deste ano, o empreendimento, que conta hoje com 6.177 trabalhadores, exigirá recursos totais da ordem de R$ 1.980.000.000,00. Entretanto, o Estado de São Paulo somente poderá dar sequência aos compromissos econômicos decorrentes dessa obra se puder contar com o repasse total da verba prometida pelo Governo Federal, ainda no exercício 2017.