AcessaSP: pesquisa mostra que 50% dos usuários têm mais de 30 anos

Serviço é utilizado por público mais velho, ao contrário da primeira década do programa, quando os usuários eram principalmente jovens

ter, 01/01/2019 - 20h27 | Do Portal do Governo

Levantamento realizado para traçar o perfil dos frequentadores do programa de inclusão digital AcessaSP mostra que em 2018, mais de 50% dos usuários têm acima de 30 anos de idade e que 43% foram a um posto para procurar emprego pela internet e outros 13% para trabalhar.

A tendência já tinha sido verificada em 2017. O serviço é utilizado por um público mais velho, ao contrário do que ocorria na primeira década do programa, quando os usuários eram majoritariamente jovens.

Os usuários na faixa de 15 a 19 anos de idade somam 14,85% e os que têm entre 20 e 24 anos, 11,23%. Há postos do AcessaSP que atendem pessoas com mais de 60 anos – elas vão ao AcessaSP para aprender a usar a internet.

Para o aposentado João Herculano, foi uma porta que se abriu. “No geral, estou gostando muito. Desde o primeiro minuto eu aprendi alguma coisa e estou chegando lá. Saber usar o computador significa muita coisa pra mim”, diz.

O programa atende a capital e o interior do Estado, cobrindo mais de 300 municípios. Os 465 postos em operação foram convidados para participar do levantamento, realizado durante três dias no mês de novembro. Nesse período, foram atendidos 8.620 usuários nos postos e 13,2% deles responderam ao questionário com 31 questões de múltipla escolha.

A pesquisa mostrou também que 69% são do sexo masculino e 31% do feminino, 59% não estudam atualmente e 30% frequentam a escola (Ensino Fundamental, Médio, Técnico, Superior ou Supletivo) e 11% frequenta outro tipo de curso.

O resultado da pesquisa também indicou que o público que usa o AcessaSP é de baixa renda: 62% têm renda familiar de até dois salários mínimos. Esse dado está em linha com as pesquisas nacionais sobre inclusão digital no país.

Para o monitor do Acessa SP do CRI Norte, Vinicius Santos Faro, é muito importante assistir a essa parte da evolução digital. “Às vezes eles chegam aqui com um pouco de medo de usar o computador e ver essa evolução do dia a dia é muito bacana”, finaliza.