Pensando na criação de um espaço de debate entre os alunos, os Grêmios Estudantis estão cada vez mais conquistando espaço na rede de ensino pública de todo o Estado. Hoje, com cerca de 5 mil entidades, os jovens são estimulados a participarem da vida escolar e da rotina de sua comunidade.
Desde fevereiro, os estudantes são incentivados a criar comissões eleitorais sobre o pleito deste ano ligado à escolha do Grêmio que acontecerá no próximo dia 10 de abril. O grupo eleito, dessa forma, terá como responsabilidade promover atividades voltadas para as áreas de comunicação, esporte, cultura, social e política.
“Nós vamos ver o Estado de São Paulo chegar ao seu 100% de escolas com Grêmios Estudantis, não só implantados, mas também implementados”, comenta Sonia Brancaglion, assessora da chefia de gabinete da Secretaria da Educação.
Pelo terceiro ano consecutivo, esses números vêm crescendo e, atualmente, estão presente em 92% das escolas estaduais. Isso porque a Secretaria de Estado da Educação esteve empenhada em incentivar a formação dos grupos e ampliar o debate entre os alunos e o projeto Gestão Democrática.
“Uma escola verdadeiramente democrática começa a ser construída a partir do Grêmio Estudantil”, explica Wilson Levy, chefe de gabinete da Secretaria da Educação.
A aluna Amanda Gouveia, da Escola Estadual Alberto Salotti, em São Paulo, é gremista e inscreveu a chapa do seu grupo para a próxima eleição, e contou sobre a importância de fazer parte do grupo. “Nós como grêmio não deixamos nossa função aluno de lado. Agregamos meios de descontração dentro da escola que não fujam muito do hábito escolar. Além disso, passamos matérias voltadas à área de cidadania e convívio social”, disse.
Até o dia 11 de abril, a Comissão Eleitoral e a equipe gestora serão responsáveis pela guarda dos votos. A partir desta data, será conhecida a chapa vencedora, empossada a diretoria e feito registro em ata. As unidades que possuem grêmio em atividade também precisam realizar anualmente o pleito para garantir que os novos alunos participem da composição das chapas e da escolha. A ideia, portanto, é fazer com que esses jovens estabeleçam o protagonismo estudantil, bem como criem meios de discussão para avaliar a própria realidade e propor soluções em conjunto.
“Estamos esperando as eleições do grêmio para sabermos se seremos a chapa eleita. Mesmo não conseguindo ser eleitos com o nome de grêmio estudantil, vamos agregar nossos projetos à chapa vencedora, explica o aluno José Erick.
