Terceiro Tatuzão das obras do Metrô chega à estação Brooklin da Linha 5-Lilás

Shield é uma das três máquinas empregadas na construção do prolongamento da linha; ao mesmo tempo em que perfura o solo, também instala o revestimento estrutural do túnel

qui, 07/05/2015 - 14h58 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin acompanhou nesta quinta-feira, 7, a chegada da tuneladora Shield, também conhecida como “Tatuzão”, na futura estação Brooklin da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Por volta das 10h30, a roda de corte da máquina, com 6,9 metros de diâmetro, rompeu a parede de concreto, a última barreira que separa o túnel do corpo da estação. Desde janeiro de 2014, quando essa máquina iniciou a operação, mais de 2.500 metros de túneis foram construídos.

“As obras da Linha 5-Lilás estão caminhando bem, com três Shields trabalhando simultaneamente. Ela é fundamental para a mobilidade porque é integrada com outras linhas do Metrô e da CPTM, além das integrações com os ônibus da EMTU”, explicou Alckmin.

Antes de chegar à estação Brooklin, o Shield partiu, em 17 de dezembro, do canteiro de obras da estação Borba Gato, em Santo Amaro, e perfurou 746 metros, instalando cerca de 500 anéis de concreto com fibras de aço, que fazem o revestimento dos túneis. Após a chegada a Brooklin, a máquina passará por um período necessário de manutenção. Em seguida, será arrastada sobre a laje de fundo para ser posicionada no extremo oposto da estação e iniciar a próxima etapa de escavação, com destino à estação Campo Belo.

Essa máquina Shield é uma das três em operação nas obras de prolongamento da Linha 5. Desde que começou a operar, já instalou 1.563 anéis de concreto. Foi apelidada de “Lina” pelos engenheiros do Metrô, em homenagem à arquiteta Lina Bo Bardi. O equipamento está construindo um dos dois túneis que serão usados entre as estações Adolfo Pinheiro e Campo Belo.

Paralelamente, um Shield igual constrói o outro túnel. Cada um dos túneis será utilizado como via única para cada sentido da via. Os dois tatuzões vão percorrer 4,9 km e construirão 4,1 km de túneis entre os poços Conde de Itu (entre as estações Adolfo Pinheiro e Alto da Boa Vista) e Bandeirantes (entre as estações Campo Belo e Eucaliptos). Nesse trecho ficarão as estações Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin e Campo Belo.

O outro Tatuzão em funcionamento tem roda de corte com 10,5 metros de diâmetro e constrói um túnel maior entre as estações Campo Belo e Chácara Klabin. Atualmente, ele está na estação AACD-Servidor e já construiu 2,4 km de túneis com 1.613 anéis instalados. É a primeira vez na história do Metrô em que três tuneladoras trabalham simultaneamente em uma mesma linha.

Características da estação Brooklin

A estação Brooklin ficará no cruzamento das avenidas Roque Petroni Júnior e Santo Amaro. Estima-se que 30 mil pessoas devam entrar nesta estação todos os dias. Serão 24 metros de profundidade e 8.100 metros quadrados de área construída. Contará com dois acessos, duas plataformas laterais, 24 escadas rolantes, cinco elevadores e seis pavimentos.

Também terá banheiros masculino, feminino e para pessoas com deficiência. Ao todo, 67% das obras civis desta estação foram concluídas. Seu método construtivo é por VCA (Vala a Céu Aberto) e, atualmente, está em execução a construção das estruturas internas da estação.

A tuneladora

A máquina, que chega à futura estação Brooklin é do tipo Shield EPB (escavadeira de terra de pressão balanceada), fabricada na Alemanha, pela Herrenknecht AG. Tem 108 metros de comprimento, pesando 720 toneladas. Conta com vários compartimentos ao longo da sua extensão: câmara de compressão; motores hidráulicos; parafuso sem fim (que faz a retirada do material escavado); esteira para o transporte do solo; eretor (equipamento que faz a montagem dos anéis de concreto) e o backup. O backup contém: cabine de comando, painéis de controle, transformador de energia, tanque hidráulico, sanitários, refeitório, além de trailers para o movimento de materiais.

A tuneladora que faz o túnel paralelo tem as mesmas características da Lina e foi apelidada de “Tarsila”, em homenagem à pintora Tarsila do Amaral. Para o funcionamento das duas máquinas, 108 pessoas trabalham na operação, sendo 54 para cada uma.

Prolongamento da Linha 5-Lilás gera 5.500 empregos

Para a expansão da Linha 5-Lilás, o Governo faz um investimento de R$ 8,7 bilhões, incluindo a compra de 26 novos trens. Esse empreendimento gera 5.500 empregos diretos. Após a estação Adolfo Pinheiro, entregue em 2014, serão mais 10 km de extensão e outras 10 estações: Alto da Boa Vista; Borba Gato; Brooklin; Campo Belo; Eucaliptos; Moema; AACD-Servidor; Hospital São Paulo; Santa Cruz e Chácara Klabin. A previsão é que 781 mil passageiros sejam transportados diariamente nessa linha quando a operação for plena.

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