Programa de inclusão digital do Governo atrai mais adultos, indica pesquisa

O AcessaSP, agora, é mais procurado pelos cidadãos na faixa de 30 a 39 anos de idade; número de jovens caiu em relação aos anos anteriores

qua, 07/02/2018 - 16h34 | Do Portal do Governo

Pesquisa Online (POnline) realizada com usuários do programa de inclusão digital AcessaSP mostra que houve uma inversão na faixa etária do público que frequenta os postos. Tem aumentado o número de pessoas mais velhas e reduzido o número de jovens.

Em 2011, no auge do programa, os jovens entre 15 e 24 anos de idade representavam 38% dos usuários, percentual que caiu 16 pontos percentuais, para 22% em 2017. O público mais velho, ao contrário, cresceu ano a ano. Em 2011, os usuários na faixa etária de 30 a 49 anos não passavam de 23%, percentual que subiu para 38% em 2017.

A pesquisa registra também aumento na frequência dos usuários acima de 50 anos de idade. Em 2011, apenas 4% dos que frequentavam um posto do AcessaSP estavam na faixa de 50 a 59 anos; em 2017, esse percentual subiu para 12%. Na faixa etária entre 25 e 29 anos, o percentual se manteve em 10%, na média.

A POnline 2017 foi realizada entre o final de novembro e início de dezembro, com 2.066 usuários do programa em mais de 500 postos da capital e do interior. Cerca de 10,5% dos usuários que foram aos postos nos dias da aplicação da pesquisa responderam à enquete.

A mudança do público usuário para uma faixa etária mais adulta indica que os postos do AcessaSP são bastante utilizados para trabalhar ou procurar trabalho. O levantamento mostrou que 60% dos usuários foram a um posto, nos últimos 12 meses, para realizar atividades profissionais. Cerca de 15% dos frequentadores declararam que gostariam de abrir o próprio negócio, mas não sabem como, e 41% estavam sem trabalho e procurando emprego na ocasião. Apenas 16,60% disseram que estavam empregados; outros 12,10% disseram trabalhar por conta, como autônomo.

Principal meio de acesso à internet

Ao todo, foram aplicadas 35 perguntas de múltipla escolha. Uma delas indagava: “onde você acessou a internet nos últimos três meses”. Nada menos que 83,06% responderam que foi em um posto do AcessaSP. Apenas 34,17% informaram que acessaram a rede de um celular com 3G ou 4G e apenas 29,53% declararam ter acessado à internet de casa.

O objetivo do levantamento é identificar o perfil do usuário, suas expectativas e avaliar o programa. Os dados são usados pela Coordenação do AcessaSP para elaborar políticas públicas e aperfeiçoar o serviço de internet grátis no Estado de São Paulo.

Embora 52,86% dos entrevistados tenham declarado ter computador (desktop, laptop ou netbook) em casa, apenas 22,46% disseram que têm internet em casa. Dos entrevistados, a maioria tem celular pré-pago (64,62%) e apenas 13,60% tem celular na modalidade pré-paga.

“O perfil dos usuários mostra que o programa de inclusão digital criado pelo Governo do Estado permanece um serviço relevante, principalmente para a população de baixa renda e para os desempregados”, comenta José Valter da Silva Jr., coordenador de Serviços ao Cidadão, da Secretaria de Governo.

A POnline 2017 mostra ainda que:

  • 58,67% dos usuários do AcessaSP têm renda familiar até dois salários mínimos
  • 59,2% não estudam
  • 28,2% estão cursando Ensino Fundamental, Médio, Técnico ou Superior
  • 12,44% fazem outros cursos
  • 11,13% têm ensino superior completo

O resultado da POnline retrata exatamente o perfil do usuário de internet no Brasil verificado em pesquisas nacionais relacionadas à inclusão digital. É o caso, por exemplo, do último levantamento da TIC Domicílios (de 2016), pesquisa nacional realizada pelo Comitê Gestor da Internet. A pesquisa indica que persistem os padrões de desigualdade revelados pela série histórica: apenas 23% dos domicílios das classes D/E estão conectados à Internet, enquanto nas classes A e B estes são praticamente 100%. Já nas áreas rurais apenas 26% dos domicílios têm internet, frente a 59% dos domicílios das áreas urbanas.Sobre o Programa do AcessaSP

O programa AcessaSP foi instituído pelo Governo do Estado no ano 2000 para prover o serviço de internet grátis para a população que não têm acesso à rede e é executado pela Prodesp (empresa de tecnologia do Estado). Os postos têm computadores e impressora e o serviço funciona com parceiros. Nos municípios, a maior parte dos postos tem parceria com as prefeituras. Outras unidades funcionam com outros órgãos estaduais como Itesp, CIC, CPTM, EMTU e algumas secretarias estaduais.

Assessoria de Comunicação
Diretoria de Serviços ao Cidadão – Prodesp
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