Produtor tem até dia 30 para vacinar rebanho de até 24 meses contra febre aftosa

Estimativa é que sejam vacinados 4,6 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos)

seg, 26/11/2018 - 15h32 | Do Portal do Governo

Termina na sexta-feira, 30, a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa no Estado de São Paulo. A estimativa da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, é que sejam vacinados 4,6 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade de zero a 24 meses, sendo que é proibida a vacinação de outras espécies animais.

Este ano, o Estado adotou uma nova estratégia de imunização contra a doença, para uniformizar o sistema com o calendário dos demais estados da Federação, com vistas à retirada da vacinação em 2021. O calendário ficou definido com a primeira etapa sendo realizada no mês de maio, com a vacinação de todos os bovídeos, independente da idade, e a segunda etapa sendo realizada no mês de novembro, com a vacinação de bovídeos de zero a 24 meses de idade.

O ajuste foi realizado a partir de solicitação da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), considerando o pleito do setor produtivo e consolidado pela publicação da Resolução SAA – 55 em 1º de novembro de 2017.

“O índice estadual da vacinação na primeira etapa da campanha, que foi excepcionalmente prorrogada até 15 de junho em função da paralisação dos caminhoneiros, foi de 99,41% do rebanho bovídeo paulista de 10,8 milhões de cabeças. A expectativa é que 100% dos bovídeos com até 24 meses sejam vacinados em novembro”, disse Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária.

Como vacinar

A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, pois todo o estoque de vacina disponível para comércio durante a etapa da campanha no Estado é cadastrado pela revenda no sistema informatizado Gedave. No momento da compra, o volume adquirido é transferido para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.

É importante que a vacina seja mantida na temperatura entre 2ºC e 8ºC e nunca pode ser congelada. Tanto no transporte como no armazenamento deve ser usada uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo, para que a vacina não perca sua eficácia.

A vacinação deve ser realizada no horário mais fresco do dia e os animais devem ser classificados por idade (era) e sexo, para evitar acidentes.

Usar sempre seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais) para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.

A vacinação deve ser feita dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1º a 30 de novembro, e o criador tem até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema Gedave. É preciso declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação é obrigatória. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (128,50 reais) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (77,10 reais) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 25,70 reais.

Retirada da vacinação

A retirada da vacinação contra a febre aftosa está prevista no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Mapa. Para São Paulo, que pertence ao grupo IV, juntamente com os Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, a previsão é em 2021.

  • Palavra do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Sergio Ferreira Jardim, e do coordenador da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala, disponível aqui.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento