Preços agrícolas têm alta de 1,32% na segunda quadrissemana de agosto

Os produtos que registraram as maiores altas foram o tomate para mesa, a carne suína, o milho, a soja, o trigo e o café

qui, 23/08/2012 - 9h11 | Do Portal do Governo

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, que mede os preços pagos aos produtores, registrou alta de 1,32% na segunda quadrissemana de agosto, afirmam os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Separados em grupos de produtos, tanto o IqPR-V (produtos de origem vegetal) quanto o IqPR-A (produtos de origem animal) apresentaram variações positivas respectivas de 1,07% e 0,74%. Em comparação com a primeira quadrissemana de agosto, o IqPR subiu 0,46 ponto percentual.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice devido a sua importância na ponderação dos produtos, tanto o IqPR como o IqPR-V continuam positivos e fecham em 3,77% e 5,67%, respectivamente.

De acordo com Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e Luis Henrique Perez, autores da pesquisa, os produtos do IqPR que registraram as maiores altas na segunda quadrissemana de agosto foram: tomate para mesa (45,39%), carne suína (28,87%), milho (19,49%), soja (13,20%), trigo (8,90%) e café (8,55%).

No tomate para mesa, a alta pode ser explicada pelas variações no clima (chuvas em determinados períodos e baixas temperaturas seguidas de estiagem) que reduziram a oferta nas regiões produtoras, provocando a acentuada elevação de preços.

Para a carne suína, reajustes nos preços da ração animal (principalmente milho e farelo de soja) foram repassados pelos produtores, elevando os preços por eles recebidos. Especulações relacionadas a uma reduzida oferta de animais e à abertura do mercado russo também justificam a elevação das cotações no mercado de cevados.

As altas das cotações do milho são reflexos da seca que ocorre nos Estados Unidos, com previsão de queda naquela que seria a maior produção americana, segundo o USDA/EUA. Isso vem permitindo o aumento dos preços internos com expectativa de incremento nas exportações.

Já os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços nesta quadrissemana foram: batata (19,42%), feijão (14,71%), banana nanica (3,03%) e laranja para mesa (1,86%).

O excesso de oferta (devido à coincidência de safra paulista e mineira) fez o preço da batata despencar, levando produtores a reduzirem o ritmo da colheita para tentar segurar as cotações.

A entrada dos últimos lotes da safra da seca do feijão com qualidade prejudicada pelas chuvas e o início da safra de inverno (irrigada) provocou a redução de seus preços, que mesmo assim continuam elevados aos consumidores, inibindo a demanda.

Os preços da banana nanica podem estar apresentando redução em função da grande oferta de laranja a baixos preços (a gradativa elevação das temperaturas voltam a estimular o consumo de ambas as frutas).

Mesmo com as exportações paulistas de sucos de laranja (concentrado e não concentrado) terem crescido 9,7% no período de janeiro a julho de 2012, em relação a igual período do ano anterior, somando US$ 640 milhões, e o volume exportado praticamente estável (716 mil toneladas), não aliviou a situação dos produtores de laranja, devido ao atraso na compra e processamento do suco pelas indústrias (operando com estoque alto), deixou poucas alternativas para o citricultor, enviando esta fruta para o mercado in natura, causando diminuição do preço da laranja para mesa.

Para ler o artigo na íntegra, acesse o site www.iea@sp.gov.br.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento