A construtora ARG, que desenvolve diversos projetos sociais na Guiné Equatorial, no continente africano, vai receber cinco laboratórios móveis de sanidade animal montados em contêineres por pesquisadores do Instituto Biológico (IB-APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. As unidades serão enviadas para o continente africano como uma contribuição brasileira para alavancar a criação de bovinos e caprinos, que até hoje é feita pelo modo de subsistência. Os laboratórios contêineres serão embarcados rumo à Guiné Equatorial no dia 23 de agosto. Posteriormente, técnicos e veterinários paulistas também seguirão para o país para capacitar técnicos locais.
No dia 7 de agosto, representantes do governo da Guiné Equatorial, entre eles o ministro da Agricultura, Miguel Oyono Ndong Mifumu, o diretor geral do gabinete do Ministério da Agricultura, Lorenzo Oyono Mba Obama e o diretor geral de Pecuária, Gabriel Martin Esono Ndong, reuniram-se com o diretor do Instituto de Biologia de São Paulo, Ricardo Spacagna Jordão. Na ocasião, eles ratificaram a cooperação e comprometeram-se com a manutenção do programa.
Esse é um dos vários casos de exportação de tecnologia e expertise paulista para outros países e governos subnacionais que acontece em diversas áreas: meio ambiente, saúde, agricultura, saneamento e habitação. Tais ações de cooperação internacional refletem a pujança do Estado de São Paulo, a 19ª economia mundial.
Laboratórios em contêineres
Os laboratórios são móveis e independentes, podendo ser transportados como carga convencional em navios ou caminhões. Neles é possível detectar as principais enfermidades que comprometem os sistemas de produção, bem como capacitar técnicos locais. O projeto uniu a experiência em sanidade animal do Instituto Biológico e o interesse da ARG em promover a pecuária em regiões com alto potencial e baixos recursos.
Eles poderão ser usados para promover a sanidade animal em regiões distantes, inacessíveis e/ou com poucos recursos, com o objetivo de difundir o conhecimento, reconhecimento de enfermidades e suporte para aumentar a oferta de proteína à população.
Mais transferência de conhecimento
América Latina
Na área ambiental relacionada ao clima, São Paulo também transfere conhecimento e tecnologia. Em reconhecimento à especialização da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) na prevenção e resposta aos casos de acidentes ambientais com produtos químicos, a OPAS (Organização Panamericana da Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) designaram a Companhia como “Centro Colaborador na Preparação de Emergências em Casos de Desastres”. O objetivo é que a experiência adquirida ao longo dos anos pela CETESB possa ser partilhada com outros países e, desta maneira, se cumpra uma das missões da OPAS e OMS no que se refere à transferência de tecnologia na área de controle ambiental.
Desde a sua designação como Centro Colaborador, em 1992, a CETESB realiza uma série de atividades, em conjunto com o Programa de Preparativos para Casos de Desastres (PED) da OPAS/OMS, com a finalidade de transmitir a experiência a outras instituições dos países da América Latina.
México
Com o México, a transferência de conhecimento acontece na área de recursos renováveis. Técnicos do Instituto Agronômico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, introduziram um grupo de cem clones/variedades de cana nos Estados de Vera Cruz e Oaxaca e realizaram um estudo de aptidão climática e outro de caracterização de solos dos dois Estados do México. Eles ainda treinaram 10 técnicos do setor de cana do Estado de Vera Cruz. Esses técnicos participam, anualmente, de palestras e visitas técnicas às áreas experimentais do Programa Cana IAC com a finalidade de se tornarem uma extensão da nossa equipe em terras mexicanas.
Macedônia
O Governo de São Paulo vai partilhar com a República da Macedônia a experiência e conhecimento de um dos principais programas latino-americanos de inclusão digital, o Acessa SP, por meio de um acordo de cooperação entre os dois governos assinado em abril/2013.
Em termos práticos, a cooperação prevê que São Paulo transfira conhecimento à Macedônia para que seja reproduzido no país o Acessa SP. Sendo um dos países europeus que mais investe em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e o primeiro país do mundo a atingir cobertura integral de wireless, a instalação do Acessa São Paulo irá promover a erradicação da exclusão digital, com a promoção do acesso democrático e gratuito às tecnologias de informação e comunicação.
Uma característica do Acessa SP que gerou interesse é a produção de conteúdo digital e não digital para a capacitação e informação da população, como os minicursos que tratam dos mais variados assuntos, entre eles: Dicas para uma Vida Sustentável, Como Preparar um Currículo e Controle suas Finanças Pessoais. Os minicursos são gratuitos e divididos em três a cinco aulas, sendo que nenhuma leva mais do que 15 minutos.
Angola
Em março deste ano, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Habitação, assinou Protocolo de Cooperação Técnica com a República de Angola, com objetivo de estabelecer intercâmbio de experiências na formulação e execução de programas habitacionais.
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da CDHU, tem sido referência internacional em projetos de urbanização com soluções construtivas sustentáveis e trabalho social integrado nas comunidades atendidas. A CDHU vai auxiliar o país africano na busca de soluções habitacionais para as áreas de intervenção do Gabinete Técnico de Reconversão Urbana do Cazenga, Sambizanga e Rangel (GTRU-CSR).
Comunicação Internacional do Governo de São Paulo
(11) 2193-8840
