Amamentação contribui para redução de doenças e da mortalidade infantil

Estado de São Paulo conta, hoje, com 59 bancos de leite e 38 postos de coleta

seg, 19/08/2019 - 20h16 | Do Portal do Governo

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da amamentação, foi criada no mês de agosto a campanha “Agosto Dourado”. O ato de amamentar é fundamental para proteger as crianças de doenças e reduzir a mortalidade infantil.

O Estado de São Paulo possui a maior rede de bancos de leite do país. Conta, hoje, com 59 bancos de leite e 38 postos de coleta. Neste ano, comemora-se também o aniversário de 50 anos do primeiro banco de leite inaugurado no Estado, que está localizado no Hospital do Servidor Público Estadual – Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

A rede paulista de BLHs possui duas unidades coordenadoras, que são o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, responsável pelas unidades da capital e Grande São Paulo, e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, responsável pelas unidades do interior e litoral.

“Neste inverno, contamos com a colaboração das mães em fase de amamentação e aptas para doarem leite excedente, pois, apesar do aumento nos índices de coleta e doadoras no último ano, o clima frio e as férias interferem na ida das pacientes aos bancos, o que consequentemente pode diminuir nossos estoques”, afirma a coordenadora do banco de leite da maternidade Leonor Mendes de Barros, que é uma das principais referências estaduais, Andrea Spínola.

Toda mulher que alimenta seu filho exclusivamente com leite materno e, mesmo assim, tem sobra, pode ser uma doadora. Basta ser saudável e não fazer uso de qualquer tipo de medicamento. Amamentar é um ato de amor, e doar o leite que sobra é uma forma de compartilhar e multiplicar esse sentimento. O melhor é que essa atitude solidária pode ser mais simples do que se imagina.

“O período de internação de um prematuro é longo, para que ele ganhe peso e maturidade pulmonar, e geralmente não há condições dele mamar em suas próprias mães. O Banco de Leite é essencial para essa recuperação e fortalecimento do recém-nascido”, afirma Tereza Maria Isaac Nishimoto, pediatra responsável pelo Banco de Leite do HGA.

Como funciona a doação

O principal critério para ser doadora é a mãe estar amamentando, saudável, produzindo volume excedente de leite e não utilizar nenhum medicamento que impeça a doação.

“Aqui no banco de leite do Hospital Guilherme Álvaro nós recebemos de 30 até 40 litros de leite por mês. A paciente tem que se dirigir a unidade para fazer o cadastro e retirar o kit. Após isso, a equipe retira o leite na residência da pessoa”,  relata o diretor técnico de Saúde do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, o professor universitário e médico infectologista Ricardo Leite Hayden.

O procedimento é simples: basta comparecer a um banco de leite, onde recebe as orientações necessárias. As interessadas devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia realizados nos últimos seis meses. Normalmente, os bancos oferecem serviços de busca em domicílio e também disponibilizam um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a alta qualidade do alimento doado.

“Meu filho recebeu o leite aqui do Hospital Guilherme Álvaro. Aqui é referência para todas as mães que não conseguem amamentar seus filhos, espero que o Hospital continue sempre nos ajudando”, disse Priscila Gomes Ribeiro, paciente do Hospital.

Para as mulheres, a doação de leite evita empedramento das mamas e ajuda na recuperação da forma física. Existem mais de 50 bancos de leite em todo o Estado de São Paulo. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.

Da Secretaria da Saúde