Alckmin inicia instalação de membranas para ampliar a produção de água no Sistema Guarapiranga

Sistema terá sua capacidade aumentada em mil litros por segundo, abastecendo entre 300 mil e 400 mil pessoas a mais, aliviando retirada de água do Sistema Cantareira

seg, 08/06/2015 - 14h32 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin deu início nesta segunda-feira, 8, à instalação de membranas ultrafiltrantes na obra de ampliação da Estação de Tratamento de Água do Alto da Boa Vista (ETA ABV), do Sistema Guarapiranga. Essa obra faz parte do pacote de intervenções essenciais para o enfrentamento da crise hídrica.

A ampliação está sendo feita com a instalação de membranas ultrafiltrantes, uma tecnologia de ponta já empregada em países como Estados Unidos, Israel e Cingapura. “Esse é um modelo inédito no Brasil, é um processo físico de filtração que diminui o tratamento químico da água” explicou o governador.

“Nós já produzimos aqui, na ETA Boa Vista, 1 m³/s com essas membranas. Hoje estão começando os testes para mais 0,5 m³/s e em julho serão mais 0,5 m³/s, totalizando 1m³/s, suficiente para atender entre 300 mil e 400 mil pessoas”, afirmou Alckmin. O aumento de produção de água tratada ajudará a reduzir a retirada do Sistema Cantareira, permitindo ao Guarapiranga avançar em novas áreas, principalmente na região da avenida Paulista.

Ampliação

No final de 2014, o Sistema Guarapiranga já teve a sua capacidade de produção aumentada em mil litros/s, passando de 14 mil litros/s para 15 mil litros/s, graças à utilização das membranas na ETA ABV. A tecnologia também é utilizada pela Sabesp na ETA Rio Grande, produzindo 500 litros de água potável por segundo, além do Aquapolo, onde é usada para gerar água de reúso com alto teor de refinamento.

O uso de membranas tem uma série de vantagens: o tratamento da água, que levaria pelo menos duas horas, em média, é realizado num período de 20 e 30 minutos, com funcionamento automatizado e utilização muito menor de produtos químicos. Outra vantagem dessa tecnologia é a de ocupar um espaço físico muito menor. As membranas são importadas da Alemanha e o investimento realizado pela Sabesp é de R$ 42 milhões, com recursos próprios.

Funcionamento

Os equipamentos utilizados contam com reatores biológicos em forma de membranas, que fazem a ultrafiltração e têm capacidade para remover partículas sólidas com tamanho correspondente a um diâmetro mil vezes menor que um fio de cabelo. Depois das membranas, é empregado o processo de osmose por foto-oxidação, que elimina pequenas partículas, como bactérias e vírus. Como última etapa, a água é submetida a um processo de desinfecção final, com emprego de radiação ultravioleta associada ao peróxido de hidrogênio. O resultado é uma água absolutamente limpa, cristalina, sem nenhuma impureza, no padrão fornecido pela Sabesp aos seus clientes.

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