Alckmin anuncia licitação do Museu da Agricultura e investimentos para o setor na Agrishow 2014

Na abertura do evento, ocorreu ainda o lançamento da PTV Eletrônica e o anúncio oficial da campanha de vacinação contra a febre aftosa

seg, 28/04/2014 - 18h08 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta segunda-feira, 28, em Ribeirão Preto, a licitação do Museu da Agricultura, que será instalado entre a Agrishow e a Estação Experimental da Agricultura, do Governo do Estado. Com projeto de R$ 16 milhões, o museu terá edital publicado em 30 dias.

O futuro espaço será interativo, abrigará exposições e contará com acervo composto por máquinas, implementos e equipamentos, além de material histórico, numa parceria com a Secretaria da Cultura. “O museu mostrará toda a história da evolução tecnológica do setor. E será também virtual, possibilitando às pessoas do país inteiro e do exterior acessarem”, informou Alckmin.

“Não é um museu na acepção da palavra, que dá uma sensação de coisa estática e passada. Ele tem características diferentes, por ser essencialmente interativo, dinâmico e de olhar para o futuro. Cada instalação tem de dar um ensinamento ou criar uma perplexidade”, descreveu Sérgio Silva de Freitas, presidente do Catavento e responsável pelo Museu da Agricultura. O projeto é assinado pela arquiteta Lara Grimaldi Pereira Rojas.

Segundo Freitas, a ideia é abranger a agricultura em todos seus aspectos, além do econômico, como o social, o de sustentabilidade e o tecnológico. Também haverá exibição de maquinário antigo. “Queremos mostrar a evolução desse setor, o que foi feito no passado e o quanto está crescendo. Mas não é para agrônomos, é para não-agrônomos! Imagino dois tipos de público: nos fins de semana, famílias; durante a semana, estudantes.”

A próxima etapa é a construção do prédio, que ocorre em paralelo com o “recheio”, ou seja, a criação das instalações por uma equipe composta por cenógrafos, decoradores e os executores.

O projeto executivo do prédio está pronto, deve ser licitado em 30 dias e a obra concluída em um ano e meio, salvo dificuldades extraordinárias. Nesse período, as instalações também ficarão prontas.

O sucesso do Catavento, com cinco anos de existência e público entre dois e três mil visitantes por dia, foi o que motivou o governador a convidar Freitas para encabeçar o novo projeto. “É essa experiência e as parcerias de sucesso que vamos trazer ao Museu da Agricultura”, disse o responsável pelo Museu.

Detalhes técnicos

O terreno onde será construído o Museu – entre a Agrishow e a Estação Experimental da Agricultura, do Governo do Estado – tem cerca de 7.500 metros quadrados. São duas faces: uma está voltada para um extenso cafezal, separado por uma alameda, e outra voltada para a Agrishow, com visão que vai até a cidade no horizonte. A profundidade do terreno é de 90 metros. O prédio terá cerca de 4.000 metros quadrados, pé direito de cinco metros, um vazio (sem laje de teto) na metade do térreo. Assim, da entrada tem-se a vista do térreo, com acesso por uma longa escadaria.

Recursos para a agricultura estadual

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, vai liberar mais R$ 100 milhões para o programas Pró-Trator II e R$ 50 milhões para o programa Pró-Implemento. Com essa medida, o Pró-Trator atinge a marca de meio bilhão, e R$ 100 milhões para a aquisição de implementos. São Paulo é o único Estado do país que oferece aos seus produtores rurais linhas de financiamento de tratores e implementos com juros zero, ou seja, totalmente subvencionados. Esses recursos são viabilizados por meio do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista).

Durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow, também ocorreu o lançamento da PTV eletrônica (Permissão de Trânsito Vegetal), que integra o sistema Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal). A PTV, antes emitida apenas manualmente, é necessária para viabilizar o trânsito de vegetais dentro e fora do estado. A emissão da guia é feita após avaliação documental e verificação da certificação fitossanitária de origem. A novidade traz mais agilidade para o produtor rural, maior eficiência para o monitoramento e controle de pragas, melhor gestão da rastreabilidade do trânsito de vegetais e maior confiabilidade aos produtos paulistas.

Houve também o lançamento da 30ª linha de financiamento do Feap, a linha Agricultura Irrigada. Foi criada em atendimento a uma antiga demanda do setor produtivo e financiará a introdução ou ampliação de sistemas de irrigação que minimizam os efeitos das estiagens, permitindo a diversificação de culturas e o incentivo à adoção de sistemas integrados de produção.

O teto de financiamento é de R$ 500 mil por produtor, cooperativa ou associação e, a exemplo das demais linhas, possui juros de 3% ao ano e bônus de adimplência de 25% sobre a taxa de encargos da operação. Além dos equipamentos de irrigação e todos os acessórios necessários à implantação do projeto técnico, o produtor poderá incluir no financiamento as despesas com os procedimentos necessários para a obtenção de outorga d´água, georreferenciamento e processo de licenciamento ambiental.

Estão liberados R$ 73 milhões para as 30 linhas disponíveis. E para as modalidades de Contrato de Opção e Projeto Integra SP, que subvenciona a correção de grandes erosões, ambas não reembolsáveis, são mais R$ 12 milhões, à disposição dos produtores rurais.

Pró-Trator II e Pró-Implemento

Merecem destaque os já consagrados Pró-Trator II e Pró-Implemento. A versão 2014 traz novidades, inclusive em relação ao seguro das máquinas adquiridas. Antes, o produtor tinha que pagar o seguro dos tratores e/ou implementos à vista e agora o valor do prêmio poderá ser incluído no financiamento.

No programa Pró-Trator II foram colocados mais R$ 100 milhões este ano, e mais R$ 50 milhões para o Pró-Implemento. Nos últimos dois anos, o Governo de São Paulo destinou mais de R$ 111 milhões em subvenções de juros, relativos aos R$ 400 milhões liberados nos financiamentos (Pró-Trator II e Pró-Implemento).

Compras Conjuntas de Máquinas e Equipamentos

Outra novidade é a disponibilidade para a aquisição de máquinas e equipamentos comunitários, com uma linha que permite a compra de caminhões e colhedoras por grupos de produtores. O teto para colhedora de cana é de R$ 1 milhão, e para as outras colhedoras (grãos, café, forrageiras e frutas) é de R$ 600 mil.

Seguro Rural

O Projeto Estadual de Subvenção do Prêmio de Seguro Rural conta com aporte de mais R$ 25 milhões em 2014. Desde o início do projeto, há 10 anos, já foram concedidos R$ 106,9 milhões em subvenções para seguro contra riscos climáticos e sanitários. Deste total, R$ 65 milhões somente nos últimos 3 anos safra (2011-2012-2013).

O Governo de SP encaminhou à Alesp Projeto de Lei de Renegociação de Dívidas do Feap, que foi aprovada, beneficiando mais de 4.500 produtores rurais, a maioria composta por assentados.

Quadro resumo dos recursos do setor para 2014: R$ 260 milhões

R$ 100 milhões – Pró-Trator II

R$ 50 milhões – Pró-Implemento

R$ 25 milhões – Subvenção Seguro Rural

R$ 73 milhões – Novos financiamentos para custeio e investimento

R$ 12 milhões – Não reembolsáveis – a linha Integra São Paulo e o Contrato de Opção

– Recursos tomados:

O Feap possui, hoje, junto aos produtores rurais paulistas uma carteira de financiamentos que soma R$ 247 milhões. Recursos tomados + anunciados /disponíveis: R$ 507 milhões

Secretaria de Agricultura e Abastecimento
(11) 5067-0069