A Secretaria dos Transportes Metropolitanos e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos realizaram, hoje, dia 28/02, encontro com os prefeitos de Nova Odessa, Manoel Samartin, de Santa Bárbara D´Oeste, José Maria de Araújo Junior, presidentes das Câmaras Municipais e vereadores desses municípios, incluindo os de Americana, onde ocorreu a reunião com o objetivo de divulgar as instituições, suas atribuições, programas e projetos para a Região Metropolitana de Campinas. Este evento faz parte de uma série de reuniões que serão realizadas com os prefeitos e vereadores das cidades que compõem a RMC. O tema mais discutido hoje foi o projeto do Corredor Noroeste, sobre o qual os parlamentares fizeram sugestões e esclareceram suas dúvidas sobre o traçado deste sistema de transporte de média capacidade projetado para a região.
Trem rápido São Paulo-Campinas
A idéia é implantar uma ligação ferroviária, com cerca de 90 km a 100 km, a partir de Campinas, passando por Jundiaí e chegando até a estação Barra Funda em São Paulo, onde o usuário poderá acessar todo o sistema metro-ferroviário e o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, por meio do Expresso Aeroporto, cujo projeto está em andamento pela Cia. Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM. O custo da implantação do projeto está estimado entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões.
O processo licitatório, visando realizar o estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira para colocar o projeto em prática, foi concluído em 2004. Cinco empresas participaram da licitação, que teve como vencedora a empresa Ineco. O estudo conta com o financiamento do Governo Espanhol, que doou, a fundo perdido, 300 mil euros, o equivalente a R$ 1 milhão. O contrato com a Ineco foi assinado em maio de 2004 e o estudo deverá ficar pronto até maio de 2005.
Corredor Noroeste na Região Metropolitana de Campinas
O objetivo é estabelecer uma ligação viária metropolitana entre os municípios Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Americana, integrando também Santa Bárbara D´Oeste e Monte Mor. Esta área concentra cerca de 70% da demanda intermunicipal da região. O Corredor Noroeste promoverá a reestruturação do sistema de transporte coletivo regional, com a retirada do transporte de passageiros da Via Anhanguera e estimulará o desenvolvimento urbano planejado.
O corredor terá 37 km de extensão, com trechos de três e quatros faixas por sentido (1 para ônibus e duas ou três para o tráfego geral). Pela faixa exclusiva circularão linhas expressas e semi-expressas, operadas por cerca de 200 ônibus que transportarão em média 2,5 milhões de passageiros por mês. Está prevista a construção de seis terminais de integração e sete estações de transferência neste sistema.
Modificações
A implantação do projeto foi modificada estrategicamente em julho do ano passado em função dos recursos disponíveis para a obra e foi dividido em três trechos: entre Campinas e Hortolândia; entre Americana e Nova Odessa; e entre Nova Odessa e Sumaré.
O projeto funcional do Corredor Noroeste foi concluído e estão em desenvolvimento os estudos de impacto ambiental para obtenção de licença para o primeiro trecho (Campinas /Hortolândia). Neste ano será elaborado o projeto básico (infra-estrutura – terminais, viadutos, pavimento etc) para esta mesma região.
A escolha do primeiro trecho para início das obras se deu em função do número de passageiros a serem atendidos e por se tratar de traçado consolidado (avenidas e vias já existentes).
Financiamentos ou parcerias
Há conversações com o BIRD para financiar parte do investimento em parceria com o Governo do Estado de São Paulo ou por meio de parcerias com a iniciativa privada. A EMTU/SP ainda estuda os modelos de viabilidade econômica do projeto (concessão ou Parceria Público-Privada) que serão apresentados ao Conselho do PED – Programa Estadual de Desestatização.
A EMTU/SP tem mantido conversas com as prefeituras dos municípios envolvidos para discutir o traçado do Corredor e posteriormente firmar o Convênio com cada município para a execução das obras. A conclusão do primeiro trecho está prevista para 2006.
Pro-Pólos
Em outubro, foi publicado o Decreto nº 49.052 que institui o Programa de Revitalização dos Pólos de Articulação Metropolitana, o Pro-Pólos, um projeto concebido e desenvolvido pelos técnicos da EMTU/SP, que visa melhorar a acessibilidade da população aos modos de transporte nos principais centros dos 67 municípios que compõem as três regiões metropolitanas do Estado (São Paulo, Baixada Santista e Campinas).
O programa está em sintonia com a missão da EMTU/SP de “assegurar facilidades de deslocamento das pessoas nas Regiões Metropolitanas”. No caso da RMC, já está em andamento a elaboração de estudo para implantar o Pro-Pólos na região. A previsão é que o estudo esteja pronto em março deste ano.
As ações incluem recuperação de calçadas, construção e reforma de rampas para favorecer os deslocamentos dos pedestres; sinalização para o tráfego geral; construção de terminais de ônibus de concepção mais simples, de baixo custo, entre outras. As medidas promoverão a integração entre os vários modos de transporte como ônibus, trens e bicicletas em algumas cidades.
Das Assessorias de Imprensa:
Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos
Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU
