O Conselho Supremo da Sociedade Veteranos de 32 homenageará, neste domingo, dia 2, dois policiais civis com a entrega da medalha Governador Pedro de Toledo . A cerimônia começa às 9 horas, no Parque Ibirapuera, em frente ao Monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista. O evento faz parte das comemorações do 73º Aniversário de Cessação das Hostilidades do Movimento Constitucionalista.
A medalha Governador Pedro de Toledo foi criada com o intuito de premiar pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que por relevantes serviços prestados ao Estado de São Paulo e ao culto da Revolução Constitucionalista de 1932, tornaram-se dignas de distinção e merecedoras de reconhecimento. O prêmio perpetuará a gratidão àqueles que contribuíram com os ideais de democracia, liberdade e amor à legalidade, assim como desejaram os veteranos de 32.
Homenageados
Serão agraciados com a medalha Governador Pedro de Toledo o diretor do Deinter de Sorocaba, Aldo Galeano Júnior, e o delegado titular da 2ª Seccional (sul), Naief Saad Neto.
Revolução Constitucionalista
As camadas médias, as oligarquias do PRP, o Partido Democrático e setores intelectuais do Estado de São Paulo uniram-se contra a política getulista, na qual vigorava a centralização e o autoritarismo com a finalidade de fortalecimento do Estado. Sob esta mentalidade, o Congresso foi fechado, assim como os legislativos estaduais e os partidos políticos; além disso, os governadores foram depostos e substituídos por interventores.
Neste contexto, o conflito iniciou-se no dia 9 de julho e contou com 40 mil combatentes, na sua maioria voluntários civis, cujo objetivo era a exigência da formação de uma Constituinte. Apesar da promessa de apoio de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, apenas o Estado do Mato Grosso colaborou com a revolta. O movimento foi reprimido por tropas federais, culminando no seu término em outubro.
Pedro de Toledo
A convite dos líderes da Revolução Constitucionalista, Pedro de Toledo assumiu a chefia civil do movimento sendo então declarado governador de São Paulo. Com a rendição dos paulistas, em outubro de 1932, ele foi afastado do governo e encarcerado junto a outros líderes constitucionalistas. Em seguida, exilou-se em Portugal, retornando ao Brasil somente após a promulgação da nova Constituição, em julho de 1934.
Thaís Camargo
