Saúde: Exposição e fórum itinerante são realizados na semana do Dia Mundial Sem Tabaco

Secretaria da Saúde organizou eventos para alertar população sobre malefícios do tabaco

qua, 28/05/2003 - 10h21 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde realiza na semana do Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) uma exposição na Faculdade de Saúde Pública e um fórum itinerante sobre os malefícios que o tabaco causa. Os dois eventos serão realizados entre 26 e 31 de maio.

O fórum percorrerá o quadrilátero da saúde na Capital, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, Hospital Emílio Ribas e Instituto do Coração (Incor), levando a usuários e profissionais de saúde informações sobre os riscos do tabagismo e formas de tratamento.

Já a exposição será realizada das 8 às 22 horas, na sede da Faculdade, na avenida Doutor Arnaldo, 715 – Cerqueira César.

‘Queremos que cada profissional de saúde repasse informações sobre os problemas causados pelo tabaco, reforçando medidas de prevenção e controle’, afirma Marco Antonio de Moraes, assessor técnico da Divisão de Doenças Crônicas do Centro de Vigilância Epidemiológica.

Ações como essas serão realizadas em diversos municípios do Estado, organizadas pelas Direções Regionais de Saúde (DIRs) da Secretaria.

Nesta ano, o Dia Mundial Sem Tabaco terá o tema ‘Cinema e Moda Livre do Tabaco’, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A intenção da instituição é alertar para que a indústria de entretenimento pare de promover o produto.

A Divisão de Doenças Crônicas não Transmissíveis da Secretaria atua constantemente na prevenção do tabagismo promovendo cursos, palestras e capacitação de profissionais em escolas, serviços de saúde e entidades não governamentais. Já foram atendidos 445 municípios e treinados mais de mil profissionais de saúde. Dentro do Projeto Saber Saúde, o serviço capacitou cerca de 26 mil professores que repassaram as informações para cerca de 600 mil alunos.

O tabagismo é considerado pela OMS uma pandemia. Mais de 60 mil pesquisas publicadas por entidades de renome mundial ligam cientificamente o uso do tabaco a diversas doenças. O câncer do pulmão é um exemplo. Em 90% dos casos, segundo a OMS, as vítimas da doença fumam. Nos casos registrados de enfisema, 80% são fumantes. Cerca de 40% dos derrames cerebrais aconteceram com fumantes.

No Estado de São Paulo a Secretaria estima que haja oito milhões de fumantes e três milhões de crianças menores de 10 fumantes passivas. Estudos demonstraram que os fumantes passivos têm, em média, 35% mais risco de contrair câncer no pulmão.

‘O tabagismo deve ser abordado sempre como um grave problema de saúde pública. Além da participação do Estado, é preciso ajuda da família e do fumante, que precisa se conscientizar que o tabaco faz muito mal’, afirma Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Estado da Saúde.

O tratamento da dependência do tabaco está entre as intervenções de saúde que apresentam as melhores relações custo-benefício. A cada ano de vida, por pessoa salva, seriam economizados de U$ 748,00 a U$ 2.020,00, segundo a OMS. Já o custo do tratamento do infarto, por exemplo, é de cerca de U$ 55.000,00 por ano. Além disso, pesquisas indicam que os fumantes adoecem duas vezes mais de inúmeros tipos de doenças e têm a mortalidade geralmente elevada de 30 a 80%.

O percentual do gasto mensal com internações hospitalares por doenças relacionadas com o tabaco na rede SUS do Estado de São Paulo foi estimado em 69% do total dos custos. A economia nos gastos com o tabagismo poderia reverter em investimento em outros setores da saúde, como prevenção de diversos tipos de câncer.

Alguns motivos para parar de fumar hoje mesmo:

  • Após 20 minutos: pressão sangüínea e pulsação voltam ao normal
  • Após 2 horas: não há mais nicotina circulando no sangue
  • Após 8 horas: o nível de oxigênio se normaliza
  • Após 12 a 24 horas: os pulmões já funcionam melhor
  • Após 2 dias: o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar degusta melhor a comida
  • Após 3 semanas: a pessoa nota que respira mais fácil e tem a pressão sangüínea mais controlada
  • Após 1 ano: risco de morte por infarto do miocárdio está reduzido à metade

    (AM)

  • Após 5 a 10 anos: o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram

    Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde